escultura em aço inox, assinada por
Ângela Geo,
será inaugurada no Aeroporto da
Pampulha – obra contempla
acessibilidade para pessoas com
deficiência visual
Fotos: Nélio Rodrigues
Acontece no
dia 19 de setembro, segunda-feira, às 17h, nos
Jardins do Aeroporto da Pampulha
(Praça Bagatelle, 204 – Aeroporto – BH – MG), para convidados, a inauguração da escultura “Minas e o Mundo”,
da artista plástica Ângela Geo.
Executada em aço inox, a obra que será
doada a Infraero, integra projeto sob curadoria de Haydée Muglia.
MINAS
E O MUNDO
“O Projeto “Minas e o Mundo” consistiu na execução de uma escultura em aço
inox, com uma esfera perolada, nas dimensões de 4,05 m X 2,90 m X 2,75m,
através da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, pela artista plástica e
designer de jóias, premiada internacionalmente, Ângela Abdala Geo. De um brinco
(objeto de adorno), a artista ampliou nas dimensões acima citadas um Objeto
Escultórico, incluindo na montagem outro de menor proporção, para ser tateado
pelo deficiente visual, quando poderá ler em braile todas as informações do
Projeto. Ela consegue agora chegar a um grande público: os passageiros do
Aeroporto “Carlos Drummond de Andrade”, os visitantes e moradores do bairro
Pampulha. A obra encontra-se exposta na Praça Bagatelle, nº 204, e doada à
Infraero”
Haydée
Muglia
Curadora
do Projeto
OLHAR INCLUSIVO
A concepção da escultura, sob o
olhar de Ângela Geo, contemplou a acessibilidade.
Disléxica, a artista lembra que, através desta experiência, contou até mesmo
com exclusão no ambiente escolar, quando criança. Ela não abre mão de utilizar
aspectos que envolvam os sentidos, sempre acessíveis, em forma, material,
texturas, experiências inusitadas ou não.
Desta vez, Ângela Geo refletiu
sobre o fato de que um cego não
consegue fazer a leitura
de uma obra de arte, que tenha grandes proporções. A artista fez, então, uma réplica miniatura da escultura para contemplar o público com
Deficiência Visual, objetivando a leitura real da obra. Nesta
versão, há uma placa, com inscrição em Braille, onde consta a ficha técnica do
Projeto “Minas e o Mundo”. A placa traz, também, em Braille a frase “Imagens,
ritos, mitos, símbolos, tudo origem de um ponto”
Ângela defende que toda
escultura deve ter uma replica acessível à pessoa com deficiência visual
ATELIER FAZENDA
Vivendo há quase dois anos em Esmeraldas/MG, em sua Fazenda
Atelier, se diverte, seriamente, imprimindo inúmeras cores, formas e
plataformas variadas, em suas atuais
vivências artísticas que já estão envolvendo a comunidade local. “Este atelier é uma caixa de lápis de cor”,
brinca. Mergulhada e entregue ao universo artístico em profusão de
possibilidades, cria sua maneira leve e irreverente de fazer arte.
PAMPULHA
CONTEMPORÂNEA
“A
instalação da escultura “Minas e o Mundo”, de autoria de Ângela Geo, no
Espaço/Jardim do Aeroporto, Praça Bagatelle, ocorre no momento histórico em que
é concedido pela UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade ao
Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Ontem, como hoje, sejam pelas mãos mestras
de Portinari, Ceschiatti, Burle Marx e Niemeyer, ou pelas criações
contemporâneas, a arte urbana cada vez mais se impõe, necessária e útil, à
formação cultural do povo. “Minas e o Mundo” se atrela a este saudável
movimento, sendo fruto do trabalho de Ângela Geo em vários campos, da criação,
seja no desenho, na pintura ou no exercício de designer de jóias. Mas, nesta
concentração de esforços múltiplos, o que realmente ascendeu o ímpeto de uma
atividade escultórica foi a militância na idealização de jóias. Do micro ao
macro, da leveza ao peso e ao volume, a travessia foi suave. E, ao final,
venceram a sensibilidade e o lirismo: arcos como asas que se abraçam sobre a
esfera-mundo. Abordagem delicada ao finito e ao infinito, ao micro e ao macro,
a Minas e ao mundo.”
Celma
Alvim
Crítica
de arte, membro da Associação Brasileira de
Críticos de Arte (ABCA) e da Associação Internacional de Críticos de
Arte (AICA)
ÂNGELA GEO
Mineira, da cidade de
Belo Horizonte (MG), Ângela Geo (1966) se destaca pela sua sensibilidade
múltipla. Com estilo experimentalista, navegou por diversas
técnicas artísticas, entre o desenho, pintura, escultura e o design de
jóias e utilitários. Na arte dos registros literários, produziu, até a
presente data, mais de 300 livros. Suas obras já percorreram diversas
galerias do país, e sua fama atingiu o hall internacional quando realizou uma exposição no famoso World Trade Center
Toronto, no Canadá. Entre suas mais recentes performances artísticas, está
a exposição MEME, realizada em 2014, no Museu Inimá de Paula, em Belo
Horizonte.
“Desde jovem, tenho fixação pela
arte, que me acompanha e vasculho o mundo da arte. Aos 15 anos,
já tinha meu home atelier. Passei por vários conflitos internos acerca
da minha condição de ser ou não, uma artista. Até entender que a arte nascem em
nós e vive conosco 24 horas por dia.”
Ângela Geo
MINAS E O MUNDO
Escultura de Ângela Geo
Inauguração
19 de setembro, segunda-feira, às 19h
Jardins do Aeroporto
da Pampulha
Praça Bagatelle, 204 – Aeroporto – BH – MG
PARA CONVIDADOS
Patrocínios: CEMIG, Hospital MaterDei e COPASA
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