30 de dez. de 2023

Segunda Virada da Liberdade espera 30 mil pessoas em BH

 








Foto: Secult divulgação

O Circuito da Liberdade abraça a segunda Virada da Liberdade. Quem passar o Réveillon em BH terá à disposição atrações em vários espaços do entorno, atendendo a todos os públicos, a partir das 18h do dia 31 de dezembro. 

A programação é gratuita e inclusiva e contará com diversas referências musicais, dança, gastronomia e artes visuais, em manifestações populares em vários estilos. 

Um espetáculo  tecnológico de luzes apresentará o maior show de drones já experimentado no Brasil. A expectativa é que 30 mil pessoas curtam a festa.


Ingrid Guimarães e Tatá Werneck: "Minha irmã e eu"

 











Há  quanto tempo você não vai ao cinema? 

Que tal começar o ano com uma boa comédia brasileira? 

Em cartaz, "Minha Irmã e Eu",  com direção de Susana Garcia. 

As protagonistas são Ingrid Guimarães e Tatá Werneck.

e interpretam duas irmãs,  nascidas em Rio Verde, no interior de Goiás e cujas vidas tomaram rumos diferentes. Na trama, se unem em busca da mãe desaparecida. As manas vivem momentos inusitados, juntas, com humor, amor e cumplicidade. 

No elenco, surpresas deliciosas e até uma homenagem especial! A mãe é a super Arlete Salles. 

O @arcoirisgerais conferiu a película com direito à muitas gargalhadas. 

Quer começar o ano se divertindo? Sai um pouco do sofá e reviva as emoções de uma boa sala de cinema. Não se esqueça da pipoca!

29 de dez. de 2023

Vera Holtz de volta a BH


Foto: Ale Catan 

De volta à BH, o espetáculo sucesso de público: Ficções. A peça, que marcou o retorno de Vera Holtz aos palcos depois de três anos, teve seu roteiro criado a partir do best-seller Sapiens – uma breve história da humanidade, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, que vendeu mais de 23 milhões de cópias em todo o mundo, e que fala da capacidade humana de criar e acreditar em ficções: deuses, dinheiro, nações...o que foi ou não inventado? Mas, apesar dessa habilidade inédita e revolucionária que alçou nossa espécie à condição de "donos" do planeta, seguimos inseguros e sem saber para onde ir. 

Idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella,  o monólogo, que teve uma bem sucedida estreia de crítica e público por onde passou e cumpre nova temporada em BH dias 24, 25 e 26 de janeiro, no grande teatro do Sesc Palladium, sempre às 20h. Os ingressos estarão à venda aqui   e na bilheteria do teatro.

O Espetáculo

Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo. Canta, improvisa, “conversa” com Harari, brinca, instiga a plateia e interage com o músico Federico Puppi – autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o palco. Em outros momentos, encarna a narradora, e às vezes é a própria atriz falando. “Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera.

“O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada”, completa. Rodrigo concorda: “É um espetáculo íntimo, quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”.

Em BH, o espetáculo abre a programação 2024 do Festival Teatro em Movimento, que tem curadoria e coordenação geral de Tatyana Rubim. 

 


Oficcina Multimédia traz "Vestido de Noiva" ao CCBBBH - em celebração aos 80 anos da obra de Nelson Rodrigues


Foto: Netun Lima 


Em 28 de dezembro de 1943, o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues revolucionava a forma de fazer dramaturgia no Brasil ao estrear, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o espetáculo "Vestido de Noiva", sob a direção do polonês Zbigniew Ziembinski, com o grupo amador "Os Comediantes". 

Agora, com Direção, Concepção Cenográfica e Figurino de Ione de Medeiros,  o Grupo Oficcina Multimédia (GOM) retorna ao CCBBBH com o espetáculo, após itinerar com sucesso de público e crítica pelos CCBBs São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, em celebração aos 80 anos da obra. 

As apresentações têm uma pausa com última apresentação no dia 30 dezembro de 2023 e retorna no ano novo, de 05 de janeiro a 05 de fevereiro de 2024, sempre às 20h, de sexta a segunda, no Teatro I.

Na temporada do GOM, os artistas mesclam realidade, memória e alucinação para contar a triste história de Alaíde, que, após ser atropelada por um carro em alta velocidade, é hospitalizada em estado de choque. Na mesa de cirurgia, oscilando entre a vida e a morte, a mente de Alaíde busca reconstruir sua própria história e, aos poucos, seus sonhos inconscientes e desejos mais inconfessáveis vêm à tona.  

Quem vai ajudá-la nesta reconstrução é a enigmática Madame Clessi que, juntando as peças desse quebra-cabeça, conduz Alaíde na busca pela reconfiguração de sua própria identidade. A montagem preserva a dramaturgia original da obra de Nelson Rodrigues e incorpora soluções cênicas que são marcas da identidade do GOM, colocando em diálogo o teatro, o vídeo, o cenário e o movimento coreográfico. 

Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia), e estão disponíveis na bilheteria do CCBB BH ou aqui. Clientes Banco do Brasil com cartão Ourocard pagam meia-entrada. 

E tem mais! 

Em fevereiro, acontece um Bate-Papo | Recepção Teatral e Estudos do Espetáculo: Vestido de Noiva do Grupo Oficcina Multimédia. 

Será no dia 01, quinta-feira, das 19h30 às 21h30, também no Teatro I. 

 O objetivo do encontro é oferecer perspectivas para a leitura do espetáculo “Vestido de Noiva”. A partir da experiência dos espectadores, o debate visa ampliar as perspectivas para a análise da peça. O encontro contará com a participação da diretora do Grupo Oficcina Multimédia, Ione de Medeiros, e o elenco do espetáculo, além de contar com Matheus Borelli, mediador do curso de Recepção Teatral, e alunos do curso de verão de “Recepção Teatral e Estudos do Espetáculo”, ofertado pela Fale/UFMG.

Esse evento terá entrada gratuita.


10 de dez. de 2023

Ballet e Classe - 18 anos com muitas comemorações. No dia 17 tem "Coppelia", em BH


Ballet e Classe!

O respeitável centro de formação mineiro chega à maioridade.

Os 18 anos de vida, serão celebrados com vários espetáculos - “Coppélia” acontece no dia 17.

A sede do Ballet e Classe, agora, é o Teatro da Maçonaria, que tem a administração 

da diretora artística, Margot Sales e também volta a ser aberto à locação.

Alcançar a maioridade no universo do ensino da Dança, requer mais que tempo de história. Envolve respeitabilidade construída e constatada, publicamente. 

É assim que o Ballet e Classe chega aos 18 anos de vida! 

Entre as comemorações, muitas novidades:

A sede do grupo agora é o Teatro da Maçonaria. O Teatro que completa 30 anos de história, passa a ser administrado pela diretora artística do Ballet e Classe, Margot Sales. Nele, além da escola e sede das ações próprias, eventos diversos já estão acontecendo no espaço, reaberto à locação. 

Um presente para os bailarinos é ter o palco disponível o ano todo, ao contrário da maioria, que fica restrita aos poucos dias de festival. 

O Studio Ballet e Classe incorporou à sua equipe, o coreógrafo internacional, Diego López (Argentina),   ex-primeiro bailarino da Ópera de Munique. Lopez possui duas obras tombadas como Patrimônio da Humanidade, pela Unesco. O profissional está desenvolvendo uma Companhia Escola dentro do Teatro - a “Companhia Século XXI”.

Os caminhos da formação no Ballet e Classe, além dos primeiros passos de Ballet, também contemplam   o corpo de baile adulto e infantil. Processos de certificação validados pela Coroa Inglesa – patrona da Royal Academy of Dance London –, dão oportunidade de reconhecimento. Em dezembro, dez bailarinos receberão homenagem especial e as condecorações oficiais, que serão entregues por ocasião do espetáculo “Coppélia” – um dos cinco eventos realizados pelo Ballet e Classe, neste final de ano. 

Acontece no dia 17 de dezembro, domingo, às 15h e às 18h30, no Teatro da Maçonaria (Av. Brasil, 478 -  Santa Efigênia – BH), as duas apresentações de “Coppélia”.

Os ingressos para o espetáculo – R$50,00 -  já estão à venda pelo Sympla:

http://www.sympla.com.br/ballet-e-classe-apresenta-coppelia__2255090

Informações adicionais:  31 3213 4959.


COPPÉLIA

Ballet de Repertório em III atos

Coppélia é uma boneca feita com enorme capricho por um fabricante de brinquedos da região, que atende pelo nome de Coppélius.  A beleza da boneca e sua exuberância impressionam Franz que, ao vê-la, pensa se tratar de uma linda moça por quem se sente fortemente atraído. Franz, porém, é noivo de Swanilda, que ao saber do caso fica enciumada e põe em dúvida o amor que Franz tem por ela. Quando vai à casa de Coppelius para ver de perto aquela que lhe parecia ser a mais bela moça da aldeia, Franz recebe uma poção mágica que passaria sua vida para Coppélia a fim de transformá-la definitivamente em um ser humano. Porém, Escondidas na casa de Coppelius, Swanilda e suas amigas descobrem que a moça não passa de uma simples boneca. Então, Swanilda veste-se de Coppélia, engana Coppelius e foge salvando Franz. Assim, segue-se a história, tão emocionante quanto enigmática, mas, sobretudo surpreendente...


O espetáculo do dia 17, tem direção artística de Margot Sales, coreografia original de Arthur Saint-Léon, adaptações coreográficas de Daniel Canedo e Margot Sales. Os ensaiadores são: Camila Sales, Diego López e Iara Moura. Figurinos e Adereços Alenir Figurinos, Balé Mania e Carine Costa. Luz e som: Israel Levy.  Secretária: Cátia Damasceno. Apresentação Kener Sales. Trilha Sonora: Sérgio Moreira. Coppélia é Mariana Santos – 15h e Ana Carolina Moura – 18h30. 


BALLET E CLASSE, 18 ANOS 

Fundado por Margaret Carvalho Sales, conhecida como Margot Sales, sua diretora artística.

Margot, fundadora e diretora artística do Ballet e Classe, é formada como professora pela RAD - Royal Academy Of Dance London, bacharel em Educação Física e Fisioterapia, curadora da Companhia Escola Séc. XXI e administradora do Centro Cultural do Teatro da Maçonaria. Iniciou seus estudos de ballet, aos 18 anos, graças a uma matrícula dada por um amigo, no Studio Joaquim Ribeiro em Santa Efigênia onde permaneceu até os 21 anos. Em seguida, foi para o Centro Mineiro de Danças Clássicas, seguido pelo Ballet Cristina Helena, Teatro Sesiminas e Marta Guerra.  Mais tarde, retornei ao Centro Mineiro de Danças Clássicas, onde dedicou-se, não somente como bailarina, mas, iniciou sua carreira como professora da RAD. 

Em outubro de 2004, prestou o exame da RAD. Em 2005, partiu para Londres para buscar seu diploma de professora e entrar para uma rede internacional de professores.

Ao retornar, fundou o Studio Margot Ballet e Classe, como era chamado. Ainda sem sede, porém com respeitabilidade, levando nove bailarinas para o Concurso de Araxá/MG. Neste evento, foi lançado o Studio Margot Ballet e Classe. Na bagagem de volta à capital mineira, 15 dos 17 prêmios em competição. 

A partir daí veio a primeira sede e espaço próprio, no Bairro Santa Efigênia e o nome passou a ser Studio de Dança Ballet e Classe.   Já de posse de seu Membreship concedido pela Rad Royal Academy Of Dance Londres, abriu frentes para muitas parcerias mantidas até o atual momento.  O Ballet e Classe passou a ministrar aulas de ballet em escolas e colégios de Belo Horizonte. Em 2005, Ballet e Classe fez seu primeiro repertório. Margot lembra-se do importante apoio da amiga, Márcia Dias, que cedeu seus alunos para completar o elenco. Nascia “Dom Quixote”.

Em 2006, o Ballet e Classe já contava com alunos suficientes para seu próprio corpo de baile e passou a participar de vários concursos dentro e fora de Minas Gerais.  Colecionaram vários prêmios:  melhor conjunto de obras de repertório, melhor figurino, melhor bailarino, bailarina, bailarina revelação, prêmios em dinheiro e bolsas para Summer no exterior.

Em 2007, Margot Sales teve a oportunidade de voltar a Londres e se aperfeiçoar como professora. Desta vez, levou três alunas para fazer um curso de quinze dias e participar de uma montagem coreográfica pós-curso.

Na primeira sede, onde o Ballet e Classe permaneceu por 14 anos, Margot desenvolveu 14 ballets de repertório completos, oito ballets de autoria própria, dois galas (1 de 5 anos e outra dos 10 anos) e um ballet beneficente chamado Artidário de Dança, que contou com o apoio da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais e renda  revertida para um asilo. Valorizando a reponsabilidade social, o Ballet e Classe, produziu, ainda,  anualmente, um ballet com arrecadação de sabonetes pra Colônia Santa Isabel e  dois espetáculos com doações para LBV.

Em 2018, após entregar o espaço, o Ballet se estabeleceu por um ano, no Studio It.  Mudou-se para uma linda casa na Serra que sediou um grande concurso chamado Mostra Dança.  Durante uma semana, mais de 50 bailarinos de vários estados do Brasil e professores nacionais e internacionais passaram por lá.

Com a pandemia, vieram as aulas online e a produção de um vídeo de dança, com  cada um na sua casa, respeitando as regras de isolamento. 

Mesmo com a pandemia, uma aluna ganhou um prêmio mundial da dança,  pela Royal Ballet School. Este prêmio abriu portas para que a escola ficasse por semanas na mídia nacional e internacional e com essa repercussão a aluna Sophia Heringer foi agraciada com diversas bolsas de estudo no exterior. Ela fez sua opção por uma escola na Suíça onde ficará por cinco anos.


O Ballet e Classe transferiu sua sede para o Centro Cultural Teatro da Maçonaria. Os alunos receberam o privilégio do exercício de suas atividades dentro do teatro, tendo à disposição toda sua infraestrutura  fazendo aulas no palco, respirando cultura.

Em 2022, o Studio Ballet e Classe incorporou à sua equipe, um coreógrafo internacional, Diego López (Argentina),  ex-primeiro bailarino da Ópera de Munique. Lopez possui duas obras tombadas como Patrimônio da Humanidade, pela Unesco. O profissional está desenvolvendo uma Companhia Escola em parceria com o Ballet e Classe, dentro do Teatro - a “Companhia Século XXI”.

O ano de 2023 começou com muitos trabalhos internos e concursos. Em abril, Margot Sales foi homenageada pelo Instituto Cultural RV, na Câmara Municipal de São Paulo, através da renomada Jacy Rhomrs e pela vereadora Edir Sales, por ocasião do Dia do Ballet Clássico. Em agosto, o Ballet e Classe teve a honra de promover a Gala de Despedida da bailarina Sophia Heringer.

Para encerrar o ano, o Ballet e Classe segue as comemorações dos seus bem-vividos anos, de vida, produzindo cinco espetáculos. 

Entre eles estão duas Mostras Coreográficas de escolas parceiras (Miudinhos Centro Educacional Infantil, Trilha da Criança, Escola Jardim II e Colégio Logosófico- unidade do Funcionários), no dia 10 de dezembro. Momento valioso de interação das crianças com bailarinos profissionais e estudantes e a chance de viver esse momento mágico de estar no palco, com plateias especiais.  O ano de atividades termina com o espetáculo “Coppelia”, no dia 17.


O TEATRO DA MAÇONARIA 

Com mais de 30 anos, o Teatro da Maçonaria que, hoje sedia o Ballet e  Classe, passou a ser administrado por Margot Sales,  diretora artística do Ballet e Classe. 

Com a nova administração o Teatro da Maçonaria já passou por várias modificações, incluindo reforma da iluminação e som para ampliar a qualidade de atendimento e receber os diversos eventos.  

O espaço funciona como um polo cultural de dança e teatro durante a semana, com aulas e formação para crianças e adultos e, nos fins de semana está aberto para 

locação.  Recebe grupos e artistas de vários segmentos, palestras, workshops e espetáculos de dança, música e teatro.

Com capacidade para 253 pessoas na plateia, um palco de 8m de largura por 7m de profundidade, quatro coxias -  dando acesso ao palco tanto pelo lado direito como pelo o esquerdo, três camarins e lanchonete.

Teatro da Maçonaria: Av. Brasil 478, Santa Efigênia - BH - MG

31 32134959 - reservateatro@balleteclasse.com.br



6 de dez. de 2023

HERDEIRA DO NORTE - NOVO LIVRO DE THIAGO V. LACERDA TEM LANÇAMENTO EM BH


     


Com apenas 18 anos, o jovem escritor Thiago V. Lacerda,

autor mais vendido pela Editora Literíssima no FLI-BH,

desponta no subgênero Alta Fantasia e lança seu terceiro livro

 

Será no dia 16 de dezembro, de 11h às 13h, no Café com Letras (Rua Antônio de Albuquerque, 781, Savassi – BH – MG), o lançamento do terceiro livro de Thiago V. Lacerda – “Herdeira do Norte - A crônica da Lâmina Vermelha”. Trata-se do segundo livro a ser lançado pelo Selo Yolo, da Editora Literíssima. Presente no Festival Literário Internacional de Belo Horizonte – FLI-BH, o autor foi o mais vendido pela Literíssima, no evento.  

 



Fot


























Foto: Graziela Cruz 


O AUTOR

Com apenas 18 anos, Thiago V. Lacerda já criou um complexo universo de Alta Fantasia (subgênero de Alta Fantasia) que reúne reis, princesas, cavaleiros, mercenários, bardos e guerreiros em torno de histórias de luta pelo poder e busca do sentido da vida.

 

Natural de Belo Horizonte/MG, Thiago é filho do músico Geraldo Vianna e da jornalista Graziela Cruz e, desde pequeno, se vê às voltas com o universo artístico e as letras. Atualmente cursa o Ensino Médio, na capital mineira e,  perguntado sobre o futuro profissional, quer cursar História ou Psicologia, mas deseja seguir escrevendo e se firmar como escritor de literatura.

 

Thiago se reconhece como um leitor voraz de J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis), George R. R. Martin (Crônicas de Gelo e Fogo) e Sarah J. Maas (Trono de Vidro), entre outros autores do gênero Alta Fantasia, seu preferido, e assume a influência desses universos na criação de suas histórias. E como os jovens de sua geração, outra fonte de inspiração não poderia deixar de ser os games, principalmente World of Warcraft

 

O escritor tem sido convidado para falar sobre seu processo de criação literária e apresentar seu livro a jovens estudantes. Nessa peregrinação literária, se encontrou com estudantes do Ensino Médio do Colégio Loyola, Colégio São Paulo, Escola do SESI e Escola do Senai, entre outros.  Além disso, Thiago fez palestra na 2ª Bienal do Livro de Sete Lagoas, em outubro de 2022, e participou da Feira Literária de Tiradentes – FLITI, em novembro de 2022.

 

Thiago V. Lacerda foi o autor mais vendido da editora Literíssima, durante o Festival Literário Internacional de Belo Horizonte/FLI-BH, em novembro de 2023.

 

Da leitura à escrita

por Jorge Fernando dos Santos   - escritor do livro “Alguém tem que ficar no gol”, finalista do Prêmio Jabuti

“Ao ser convidado para apresentar Herdeira do Norte - A Crônica da Lâmina Vermelha (Livro 1), experimentei a dúbia sensação de receio e alegria. Receio porque nunca tinha lido nada do autor. Alegria, por ter a oportunidade de incentivar a carreira de um jovem romancista que, antes de tudo, é também bom leitor.

Nascido em 2005, Thiago V. Lacerda traz nas veias o DNA da criatividade artística. Contudo, se não fosse suficientemente dedicado, isso pouco adiantaria. Ele conta que se interessou pela literatura fantástica ainda na infância, passando horas debruçado sobre os clássicos do gênero. Já na adolescência, começou a se dedicar também à escrita, trabalhando com as palavras todos os dias com invejável disciplina.

Seu primeiro livro, Sombras de Lynary - O Lobo Vermelho, foi publicado quando tinha apenas 17 anos. Um romance com nada menos que 636 páginas! Como salientou Kaio Carmona na "orelha" da obra, ela “nos mostra que o autor sabe contar uma boa história”. De fato, Thiago é por excelência um contador de histórias, daqueles que hipnotizam o leitor já nos primeiros parágrafos.

Influenciado por narrativas como As Crônicas de Gelo e Fogo (de George R. R. Martin), Trono de Vidro (de Sarah J. Maas) e o clássico O Senhor dos Anéis (de J. R. R. Tolkien), o nosso jovem escritor ousou criar um mundo próprio, repleto de reis, rainhas, princesas, guerreiros, bardos e criaturas fantásticas, como elfos, não-mortos e arcanistas que perambulam por um continente imaginário. Paixões, traições, disputas de poder, batalhas épicas e toda sorte de aventuras perpassam as páginas do presente livro, que tem tudo para agradar aos aficionados nesse gênero literário”

 

LIVROS ANTERIORES

O primeiro livro, “O lobo vermelho” (2011), foi uma edição independente e, o segundo, “Sombras de Lynary” (2022)publicado pelo Selo Yolo/ Editora Literíssima, já está esgotado, mas terá tiragem impressa em breve. O livro dá sequência à história de guerras entre reinos e à saga da família Blackstar, com destaque para a liderança de fortes e misteriosas mulheres, como Helia e Alícia, e à influência de forças sobrenaturais que provocam reviravoltas na trama. 

 

“Quando terminei de escrever Herdeira do Norte, o primeiro livro da série "A Crônica da Lâmina Vermelha", me dei conta de que estava diante de uma história criada através de dúvidas e melancolia. Me senti como se fosse a personagem Syranna Argray, um estranho dentro de minha própria obra. Me senti como alguém responsável por construir uma personagem destruidora. Me senti como um autor de Fantasia Épica, tal como meu ídolo, George. R.R. Martin e como o fundador do gênero da Alta Fantasia tal qual a conhecemos hoje, o genial J.R.R Tolkien.”

(Thiago V. Lacerda)

O LANÇAMENTO

“Herdeira do Norte - A crônica da Lâmina Vermelha” é narrado pela protagonista do livro anterior de Thiago V. Lacerda –  Lynary –  que, como observadora atenta, conduz o leitor pelas tramas que envolvem a história de Syranna, a herdeira do reino do Norte.  Com 516 páginas, tem edição assinada por Gabriela B. Morais, revisão de Graziela Cruz, projeto gráfico de Letícia Ribeiro Ianhez, diagramação por Deborah Célia Xavier, Ilustração e capa de Max Pieve e mapa por Délcio Almeida. A orelha traz a assinatura do escritor Jorge Fernando dos Santos. 


Os dois dias de Paul McCartney na Arena MRV



 fotos: Márcia Francisco ©
Confira todas as fotos em @marciafranciscooficial 

Sim, passaram-se três dias para conseguir escrever e postar imagens e texto sobre a experiência vivida nos dois primeiros dias dessa semana. Mas, cá estamos! 

Um show do meu ídolo maior é PAULco!  Assistir Got Back, dois dias seguidos, faz gravar as impressões dessa presença iluminada no DNA dos maiores afetos.

Em BH, a Arena MRV recebeu esse eterno Beatle, que construiu sua história musical com personalidade única, tão própria e digna, em mais de oito décadas. O carisma irrevogável desse grandioso artista, encanta gerações e gerações e cativa outras tantas. 

O show? No dia 3 foram 42 mil pessoas na plateia, no dia 4, 40 mil. Em cerca de três horas de show, Paul cantou quase quatro dezenas de músicas.

Paul é uma divindade.

Um ser de esferas superiores nos ensinando a ser humanos. Brisa que toca  sem distinção.  

Uma vitalidade ímpar! No primeiro dia não bebeu sequer uma gota d'água no palco! Tocou vários instrumentos: seu baixo, guitarra, violão, piano, ukulelê... 

Falou um "cadim" de Português, com a gentileza de sempre. Falou "uai", trem bão", traduziu importâncias como a música em homenagem ao amigo George... 

Ao lado de um time de talentos, onde o guitarrista Rusty Anderson esbanjou sua simpatia e competência em solos ritualisticos, tocando mais perto da beira do palco, várias vezes; o naipe dos metais começou o show numa performance linda, iluminados na arquibancada à esquerda do palco, depois seguiram ao lado da banda, com coreografias entre os três instrumentistas, fazendo querer dançar junto...  Como não amar a dança do baterista Abe Laboriel Jr que tocou nos shows da Arena, com somente uma das mãos, já que o punho esquerdo estava lesionado? Acha pouco? Em "Dance Tonight" esbanjou todo seu carisma, na tradicional dancinha. Inigualável. 

Tive a alegria de assistir a  cinco shows de Paul McCartney nessas vindas dele ao Brasil.  Também tive  chance de vê-lo pessoalmente,  recebendo bênção e reverência num encontro inusitado, em 2011, nas terras cariocas. Esses dois últimos shows, entretanto, trouxeram um sopro diverso dos demais.

É como ter recebido o carimbo da dádiva, ao revê-lo tão intenso na sua força de vida inteira.

Também foi a primeira vez que fiquei há menos de dois metros da plateia. Dali, dava para sorver cada expressão, cada brilho no olhar, gestos, nos clássicos dos Wings, dos Beatles ou de sua carreira solo.  

Foi embaixo da nuvem de fogos de "Live and let die", que minha comunhão se deu como nunca. O cheiro da pólvora, as mãos de Macca cobrindo os ouvidos no estouro final, luzes, sons, cores, profusão de presença e estado de atenção. 

Minha "Here today", que não por acaso tatua meu braço, trouxe na interpretação, luz e cenário da homenagem ao John, um flash da compreensão de um universo que une os seres de lá e de cá, com a sutileza do atmo, como medida do tempo. Exagerei? Sensações são mesmo difíceis de se explicar com palavras. A vida soma experiências várias, em sua impermanência diária e, talvez, nossa existência venha perceber seus valores essenciais, ao entender que cada vida que habita esse universo, só traz o presente do instante. Quando vimos, já passou. Vidas, pessoas, presenças, histórias. 

Paul McCartney em sua vida, longeva e bem-vivida, nos presenteia com a importância de inspirar o raro, na entrega dos sentidos à latência atenta do instante. A soma de história, música, luz, som, tecnologia, mas, principalmente, a presença dessa personalidade cuja expressão não se repetirá na história da humanidade é a  gênese da experiência. 

A espera de quatro meses desde a venda dos ingressos, a eterna saga do público de megaeventos e shows internacionais, as presenteadas três horas de cada performance... As escolhas que fazemos, as possibilidades que temos, as entregas que vão além do cansaço. O encontro de tantas gerações. McCartney e a vida valendo à pena, novamente!  

A jornada desse ídolo, em terras nacionais continua até o dia 16. Que ele viva, essa experiência com a mesma plenitude unânime e  indescritível em totalidade, que todos nós vivemos. Que ele viva. Viva Paul McCartney! 

PS.: 

Produção:

Orgulho da produção brasileira que somou forças para a fidelidade da entrega.

À Arena, minha querida casa  atleticana o desejo de que siga no empenho, aprendizado e aperfeiçoamento contínuo para receber maravilhas! Que venham muitas. 

Milton:

Sublime ver um ídolo à espera de outro ídolo, também marcando presença em dois dias. Bituca, que também soma mais de oito décadas de vida, trouxe nos olhos e no sorriso, a esperança que faz querer repetir com honra e orgulho: "Sou do mundo, sou Minas Gerais". 

Meu país:

Antes do bis, Paul e os músicos, empunhando as bandeiras do Brasil, do Reino Unido e LGBTQIAP+

Da plateia amei a nossa bandeira brasileira, florescendo, cultural. 

Dedicatória:

Escrevo esse relato em memória dos mestres e amigos, Brant e Tavito. 

Márcia Francisco - jornalista e escritora 

29 de nov. de 2023

Bia Lucca: novo single chega com show em BH

 

FOTO: Ana Paula Couto 

Em clima festivo, com a proximidade das celebrações de final de ano, a cantora mineira Bia Lucca inicia dezembro com novo show em Belo Horizonte, onde será lançado o single “O novo 40”. A apresentação será no dia 06 de dezembro, quarta-feira, às 20h, no Madame Geneva (Rua Luís Soares da Rocha 21 A – Luxemburgo). O espaço, inspirado nos cabarés dos séculos XIX e XX e com decoração retrô, conta com um teatro.

Para o espetáculo, Bia Lucca preparou um repertório composto por clássicos da bossa nova e MPB. Ao todo, serão cerca de 12 músicas. O ponto alto da apresentação será a participação do cantor e compositor do single “O novo 40”, o belga Michel Tasky, que reside em Portugal, e que virá especialmente para o show acompanhado da clarinetista Bia Stutz, que também mora no mesmo país e fará parte da equipe dos músicos. Além deles, integram à banda os músicos Leandro Aguiar (violão e direção musical) e Guilherme Stephan (bateria).

“O show traz uma proposta mais intimista.  Eu e Michel vamos conversar e contar casos que marcaram nossas vidas e nos trouxeram até aqui. Será divertido e interessante. Espero que todos gostem”, diz Bia Lucca.

A cantora conta que conheceu Michel Tasky durante um curso online voltado para área musical. Desse contato nasceu a parceria. “Nós compartilhamos muitas ideias, inclusive sobre a letra da música novo 40. Há um trecho que fala o seguinte: Dizem que é dia de felicidade, que estou muito bem pela minha idade...Que 60 é o novo 40, que o corpo aguenta...e vou acreditar que é verdade. Eu me vejo assim. Sessentei com dinamismo e vontade de viver”, explica.  

“O novo 40”, que estará disponível nas plataformas digitais no dia 06 de dezembro, contou com a participação de Felipe Fantoni (baixo e direção musical), Raissa Anastásia (flauta), Fábio Martins (percussão), Richard Neves (teclado), Pablo Malta (cavaquinho) e Lincoln Cheib (bateria). O coro foi gravado com Analu Fradico e Ary Nóbrega. 

Os ingressos online estão à venda no site do Sympla: Clique aqui! A saber: R$ 20 (primeiro lote), R$ 30 (segundo lote) e R$ 40 (terceiro lote). Também poderão ser adquiridos no próprio local do evento.  Informações e reservas pelo telefone: (31) 98482-1133 ou pelo Instagram @madamegeneva_bh.

Bia Lucca

O primeiro contato com o universo musical foi na infância por meio da influência familiar paterna. Belo-horizontina, Bia participava das festas em família que tinham como atração a roda de violão. As irmãs faziam vocais com o irmão, tios e primos. O avô Zito era músico desde os tempos de tropeiro, quando levava café para vender no Rio de Janeiro. Foi fundador da banda Santa Cecília, em Inhapim (MG). O pai, Altair Chagas, também era um excelente cantor.

A musicalidade também exerceu um papel importante na fase da adolescência. Haja vista que Bia enveredou-se pelo caminho teatral. À época um dos requisitos para os trabalhos era saber cantar. Antes disso, no início dos anos 1980, cursou Artes Dramáticas na Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart (Palácio das Artes). Também ajudou a fundar o grupo Minas Artes Gerais, conhecido pelo show adulto de variedades “Sem nexo, sem plexo” e pelo espetáculo teatral infantil “Os Alegríssimos”, que era apresentado semanalmente no extinto programa “Clubinho” da Tia Dulce, na TV Alterosa.  Entre 1982 e 1983, atuou em “Jeitinho brasileiro”, “Quem roubou o branco do mundo” e “O quarto que virou circo”.

O amor à arte fez com que Bia deixasse seu trabalho como bancária, em 1986, e também a faculdade, para se dedicar à profissão de atriz e produtora cultural. Como era fluente em inglês, dava aulas desse idioma para cobrir suas despesas. E com essa habilidade e a experiência adquirida na produção teatral, foi convidada a trabalhar como produtora na Quilombo Criação e Produção, na turnê nacional de Milton Nascimento, em 1989, e em 1990 foi contratada como assistente de produção internacional.

De funcionária pública concursada, de 1991 a 2015, passou a se dedicar ao que mais gosta, cantar. E assim deu início à carreira solo profissional com estreia oficial em 2018. De lá para cá, inúmeros têm sido os projetos na área musical, como apresentações em espaços culturais, lives, gravações de canções e clipes. Já lançou 1 EP e vários singles. Versátil, canta diversos estilos.

21 de nov. de 2023

VIVER DE ARTE: NOVO SHOW DE SIDNEY GRANDI

Foto:Mônica Brant 


Será no dia 5 de dezembro, terça-feira, às 20h30, na Casa Outono (Rua Outono, 571 – Carmo - BH), o show “Viver de Arte”, do cantor e compositor Sidney Grandi.

Administrador com especialização em Economia Industrial, Sidney Grandi é empresário e desde 1968 atua na área de indústria gráfica e distribuição de papéis, em Belo Horizonte/MG, sua terra natal. Começou a cantar com 60 anos de idadeAtualmente, aos 75 anos, celebra cinco álbuns em sua discografia: Sidney Grandi, 2006; Roda de Samba, 2007; Meu ideal, 2014; Meu Interior, 2018 e Viver de Arte, 2022.

 

O show do dia 5, com repertório de MPB autoral, que traz entre os ritmos, o samba e a bossa-nova, tem direção musical, arranjos e violão: Samy Erick; vozes de Sidney Grandi e Stéfanni Lanza; baixo de Sanches Almeida – Chacal e percussão por Serginho Silva.

 

Os ingressos: R$40,00, já à venda pelo Sympla:

https://www.sympla.com.br/sidney-grandi---show-viver-de-arte__2256970

 

Sidney Grandi é desses artistas que a vida convida a emprestar seu talento às questões profissionais, antes de mostrar, nos palcos, a que veio. Sempre atuou nas pioneiras empresas familiares do ramo gráfico, onde construiu, inovou e segue surpreendendo em qualidade e profissionalismo. Quando a música já não cabia naquele coração, nos presenteou com uma sequência discográfica cuja força está na sensibilidade do ser às coisas cotidianas, simples e de origem essencial. As composições falam de amor, tem humor e beleza. Sua música contempla as raízes da MPB, com a fluidez de sua assinatura.  Tive a honra e alegria de ser o produtor musical, gravando um dos seus álbuns. E a cada novo convívio, através das plataformas digitais ou nos palcos, celebro, no artista, sua profunda qualidade de viver o presente”.

(Sérgio Moreira, cantor e compositor)

 

SIDNEY GRANDI, por ele mesmo:

“O samba e a bossa-nova marcaram minha juventude. Sendo assim, minhas composições, em sua maioria, navegam por essas águas.

Baden Powell, Paulinho Nogueira, Hélio Delmiro, Sebastião Tapajós, Rafael Sete Cordas e tantos outros violonistas inovaram e expandiram as fronteiras da música brasileira. Em capítulo à parte, poderíamos gastar horas falando só de Chico Buarque, Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Privilégio viver em uma época de músicas inspiradas e letras de pura poesia.

Sempre gostei de música, mas, só aos 60 anos resolvi abraça-la, realizando um sonho

Nossa última apresentação foi em 20 de agosto de 2018, com o CD “Meu interior”.

Em 2020, quando retomaríamos os shows, ocorreu a Pandemia.

Em 2021/2022, preparamos e gravamos o CD “Viver de Arte” e só agora, em 2023, vamos retomar as apresentações com músicas deste álbum, além de algumas inéditas: “Menina do mar”, “Portas abertas”, “Pegada”, “Acordes banais”, “Conselho”     e “Palavras”.

Aos 75 anos, é preciso vencer o medo e ousar. Mas, afinal, seu eu não mostrar o trabalho, ele vai ficar escondido, no fundo de uma gaveta. Minha coragem é sustentada por meus amigos músicos renomados, que me suportam há 15 anos, pelos meus familiares e amigos que me incentivam e minha professora de canto, Steffani Lanza, que não deixa minha voz ficar muito velhinha”. (Sidney Grandi)

 

19 de nov. de 2023

As Artes Plásticas e o Flamenco perdem Carlos Carretero

 










Foto:Marcelle Facury  (Carlos Carretero, Adão e Eva) 


Morreu, hoje, dia 19 de novembro, em Belo Horizonte/MG, o artista plástico Carlos Carretero. 


Carlos estava internado no CTI da Santa Casa, desde que sofreu um infarto, há 11 dias. Morreu no mesmo hospital. 

Carlos Carretero (15/12/1947 - 19/11/2023), nasceu em Madri, cresceu em Granada e se mudou para o Brasil, em 1971. Filho de Angel Carretero e grande amigo de Federico Garcia Lorca. 

Foram cinco décadas de profunda conexão com o Brasil e a capital mineira. 

Aqui, casou-se com a bailairina flamenca, Fátima Carretero, com quem constituiu família e um legado que foi além do próprio núcleo. Juntos, através de seu respeitável “La Taberna Centro de Cultura Flamenca" foram pioneiros e responsáveis por estabelecer, difundir e fomentar o Flamenco em Belo Horizonte. De lá, saíram  inúmeros profissionais relevantes do mercado que, posteriormente, criaram os próprios espaços e grupos de dança. O La Taberna também acolheu os mais diversos tipos de arte, abrindo espaço para a música, em décadas de atuação. Vale lembrar as belas "Romerias Del Rocio", que ganhavam as ruas de Belo Horizonte, cidade-irmã de Granada.  A festa, em homenagem à Virgen Del Rocio, tornou-se tradição e parte do calendário oficial da cidade.

 “ Desde pequeno, sempre senti o aroma das tintas dos quadros pintados pelo meu pai ”(Carlos Carretero)

Das memórias olfativas à própria arte, foram passos firmes, cores quentes, pinceladas próprias:
após ganhar alguns prêmios, ele ganhou uma bolsa para estudar na Escola de Artes e Ofícios de Granada, passou pelo Círculo Artístico São Lucas, em Barcelona, por Paris e desembarcou no Brasil.

Sua arte compreendeu o estilo e as fases dos expoentes da época, sem perder a originalidade e a identidade. 
Em tempos de Guignard, Carretero rememorava os sábados de convívio na galeria com Inimá de Paula, Chanina, Álvaro Apocalypse, Haroldo Mattos, Fernando Pacheco, Carlos Wolney, Yara Tupinambá. De Bracher, revelou, certa vez: “Identifico-me com o despojamento, a pincelada solta, a força das pinturas dele”.
Mas, o seu pincel tinha voz própria, sempre, permeada de emoções, onde retratou, por exemplo, o rosto do pai do bailarino flamenco, Alejandro Garcia, num corpo de bailarino, em uma homenagem por ocasião do falecimento deste pai. 
Assim, contava e recontava histórias com sua visão sensível e sua personalidade elegante. 

Carlos Carretero deixa a esposa Fátima, duas filhas, Aixa e Marien e as netas, Marisol e Analiz. 

O velório de Carlos Carretero acontece nesta segunda, dia 20 de novembro, das 9h30 às 12h, no Memorial Grupo Zelo (Av. Contorno, 8657 - Gutierrez - BH).  A cremação será terça-feira, com acesso restrito à familiares.

Depoimentos:
"Belo Horizonte perdeu hoje um artista criativo que soube unir as artes visuais, a gastronomia, a dança e arte flamenca à cidade e sua cultura. Que sua história na cultura de Belo Horizonte seja sempre lembrada e nossos sentimentos e conforto à família e amigos" (Eliane Parreiras, Secretária Municipal de Cultura de Belo Horizonte) 

"Hoje o Flamenco está de luto. E meu coração agradece todos os momentos de Arte e amizade com este grande artista e amigo. Agradeço a vida todo aprendizado e momentos inesquecíveis. Viva Carlos Carretero!” (Noemi Gelape, Bailaora Flamenca, produtora cultura e psicóloga)

"Carlos Carretero se foi. Mais um, amante das artes e das manhas em geral deixa esse mundo e parte para outro. Gostava muito dele. Na Taberna da Sergipe ainda nos anos 80, abriu seu belo restaurante e seu Tablao para a poesia e seus poetas dentro do projeto Viva Poesia. Dias de enorme tristeza, esses!" (Tonico Mercador, publicitário e escritor) 

"Extremamente sentido com a passagem do estimado Carlos Carretero. A alma do flamenco em Belo Horizonte, e que deu origem a tantas histórias e caminhos através da casa de shows La Taberna. Lembranças boas ficarão como dos ensinamentos  posturais para baile e Toureiro. Seus  registros fotográficos da dança e em belas pinturas . Uma convivência prazerosa sempre!"(Alejandro Garcia, bailarino flamenco, DJ e produtor cultural)

"Carlos Carretero era um visionário. Devo a ele, não somente, o início do Sempre um Papo, em Agosto de 1986. Iniciamos uma nova etapa do meu projeto, que se desdobrou em essência, até hoje, como era naqueles dias. Fizemos ali, no seu La Taberna, debates memoráveis, com: Décio Pignatari, Frei Betto, Leonardo Boff, entre tantos.
Num momento difícil da vida brasileira - 1986 -, ele teve a coragem e a visão para enxergar num pequeno projeto de debates, a extensão que ele teria hoje. Já são 37 anos de trabalho. Mais de nove mil eventos. Só tenho a agradecer a Carlos Carretero". (Afonso Borges, escritor, jornalista e gestor cultural, criador do Sempre um Papo)

"Quando conheci Carlinhos Carretero, seu pai ainda estava vivo. Éramos muito meninos, eu tinha 20 e poucos anos, Carlos, também. Ficamos amigos para o resto da vida. Fui dos primeiros a chegar no dia da inauguração do La Taberna, instalado onde seu pai teve um restaurante. Não havia dúvidas que o lugar ia ser sucesso. E foi. Ele sempre foi muito trabalhador e um grande artista. Fiz uma das poucas exposições do Carretero, na Galeria Guignard, nos anos 70. Éramos companheiros na Arte. Era uma pessoa do bem, sensacional. Um poeta das tintas e, também, das palavras." (Pedro Paulo Cava, diretor teatral)

"Muito triste o falecimento do nosso querido e inesquecível Carlos Carretero! Junto com a Fátima difundiu a Cultura Flamenca nas terras mineiras com muito amor e dedicação! Que Deus ilumine a sua passagem!" (Saulo Laranjeira, cantor, humorista, ator e apresentador)

16 de nov. de 2023

Literatura perde o escritor Olavo Romano

 

FOTO: Jota Renan


Presidente emérito da Academia Mineira de letras - AML, o escritor Olavo Romano morreu, às 16h40 da tarde de hoje, 16 de novembro, aos 85 anos. 
Olavo Romano (Morro do Ferro/MG 06/09/1938 – Belo Horizonte/MG - 16/11/2023), estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Madre Teresa, desde o dia 8 de novembro, onde morreu vítima de câncer de pulmão, com metástase óssea. 
O velório será realizado nesta sexta-feira, dia 17, das 10h às 15h, no Edifício Vivaldi Moreira da Academia Mineira de Letras – AML (Rua da Bahia, 1466 - BH). O sepultamento acontecerá no sábado, dia 18, às 9h30, no Cemitério Parque da Colina. 
Olavo Romano deixa esposa, dois filhos, seis netos e um bisneto. 

DEPOIMENTOS
“Nunca passou em minha vida uma pessoa tão generosa, tão coração, tão sensível. Passo por problemas delicados de saúde e, vejam só, é Olavo que sempre me deu a mão. Voa, Olavo! Seus sonhos serão cumpridos”
(Lucas Guimaraens, escritor)

“Olavo Romano foi uma pessoa exuberante em vários sentidos: pela inteligência, pela generosidade, pela escrita cativante e capacidade de comunicação. Na Academia Mineira de Letras, sua gestão como presidente imprimiu à instituição os novos rumos que vamos trilhando. Em luto pela privação da convivência, a Academia celebra os frutos deixados por tão rica vida para a literatura e a cultura brasileira”
 (Jacyntho Lins Brandão, atual presidente da AML)

“Além de respeitável pela sua história, trajetória na literatura, admirável pela ética, generosidade, carisma e sorriso, Olavo Romano era um dos meus grandes amigos, meu padrinho, ao lado da querida Kátia, sua esposa. Com ele aprendi muito, de muitas maneiras, mais ainda pela suavidade de sua conexão com o ser e espiritualidade, como essência da vida. Muitas histórias memoráveis. E, hoje, após a notícia - durante conversa telefônica com Lucas Guimaraens, pouco antes do pôr-do-sol, em Belo Horizonte -, da janela vi o céu escuro, anunciando chuva e uma cena que nunca experimentei: um arco-iris saltar da escuridão.  Entre analogias e metáforas, tentativa de autoacolhimento ou fé, não tive dúvidas: sinal em conexão com Olavo, indo à sua maneira, contar causos no firmamento – no que Lucas, concordou. Resta, junto à saudade, gratidão”. 
(Márcia Francisco – jornalista e escritora)

ELEGIA  PARA OLAVO ROMANO
Elegia?
Olavo era alegria.
Meu Deus, como ele ria!

Olavo soltava gargalhada
Como voo de passarada
Cada caso que ele contava
Todos caíamos na risada.

A história que mais me comoveu;
A daquele menino da roça
Que foi pela estrada de Santiago
Levando um espelhinho
Com um escudo do Vasco
E um pente Flamengo:
Tudo na santa paz
E no silêncio profundo
Quando o menino descobriu
Como era grande o mundo...

Se não me engano,
Encantou-se para sempre
Olavo Romano.
(Caio Junqueira Maciel, escritor)

“Olavo Romano foi uma das melhores pessoas que conheci na vida: generoso, alegre, fraterno, solidário, o sorriso sempre aberto. Pouca gente consegue manter viva dentro de si a criança que foi um dia. Ele conseguiu. Fará uma falta tremenda”
(Rogério Faria Tavares , acadêmico e Presidente Emérito da AML)

No WhatsApp, o grupo Literatura de Minas que reúne escritores, mudou nome e substituiu a foto por uma imagem preta. “Em luto, por Olavo Romano”. Inúmeros depoimentos e fotos, estão sendo postados, desde a hora da notícia.

OLAVO ROMANO
“Olavo Romano está entre os maiores contistas de Minas Gerais e sua prosa matiza a nossa língua, renovando-a na medida em que refunda a própria noção de mineiridade. Suas histórias são passagens da vida de gente simples tomando café ao pé do fogão, de homens do campo fazendo catira na porteira, da rotina do paiol e do curral,  do encontro de amigas na saída da missa para botar a conversa em dia, da lida com a terra e a  criação, do estirão de légua e meia em marcha picada. Os causos contados por Olavo são, enfim, um retorno ao tempo antigo, sempre reverenciado e, sobretudo, atualizado nas páginas de quem domina o ofício de bem dizer”.
(Leonardo Costaneto – Caravana Editora)

Olavo Romano nasceu em Morro do Ferro, distrito de Oliveira, na região Oeste de Minas Gerais, em 1938. Foi presidente emérito da Academia Mineira de Letras, onde ocupou a cadeira 37, editor sênior da Caravana e autor homenageado da Bienal Mineira do Livro de 2022. Formado em Direito, Romano cursou o mestrado em Administração na Fundação Getúlio Vargas. Ele também foi professor nos cursos de Serviço Social e Comunicação da PUC e fez carreira no serviço público aposentando-se como Procurador do Estado.  
“Casos de Minas”, seu livro de estreia, completou 40 anos em 2022. A obra, lançada em 1982, registrou o jeito mineiro de ser, viver e falar do Brasil rural em que Olavo nasceu e foi criado.
omano não parou de escrever e na sequência vieram “Minas e seus casos” (Ática, 1984), “Dedo de prosa, Prosa de Mineiro” (Lê, 1986), “Os mundos daquele tempo” (Atual, 1988), “Um presente para sempre” (Atual, 1990), “Memórias meio misturadas de um jacaré de bom papo” (Dimensão,  2002), “São Francisco rio abaixo” (Abigraf, 2006),  “Retratos de Minas” (Conceito, 2007), com o fotógrafo José Israel Abrantes, “Eta mineiro jeito de ser” (Leitura 2007), com relatos que, encenados, resultaram em três CD-ROMs distribuídos em escolas públicas.  A toada de casos mineiros prosseguiu com “A cidade submersa” (Ramalhete, 2016) e agora com este “Café com prosa” (2021).  
A produção de Olavo Romano incluiu, ainda, outras vertentes, como a coordenação do concurso de relatos selecionados presentes em “A História das Eleições é também a minha História”, de 2013. A obra fez parte da celebração dos 80 anos da instalação da Justiça Eleitoral no Brasil. Olavo também participou de antologias, como Tertúlias Quixotescas (Caravana, 2020) e duas outras alusivas à pandemia da COVID 19.   
Pela Fundação João Pinheiro, o autor participou de Belo Horizonte & o Comércio, 100 anos de História, 1977, seguido de dez fascículos focalizando a vida de empresários da Capital. Para Além da Cidade Planejada, 1997, focaliza o Colégio Magnum e região Nordeste da Capital mineira. Memória Viva (1998) resume 50 anos da Alcan em Ouro Preto; Mestres Minas Ofícios Gerais (2000) resgata culturalmente o artesanato em Araxá. Seu livro Pés no Caiçara – um olhar sobre a Pampulha, escrito para o Shopping del Rey, foi lançado em 2003.  Iluminando os caminhos de Minas (2005) registra os 50 anos da Cemig, enquanto Notas e tons de Israel (2014) conta a vida do empresário Israel Kuperman, resgatando sua experiência de “judeu que saiu da arca”. 
O conto “Como a gente negoceia” gerou o curta-metragem “Negócio Fechado”, produção premiada no Festival de Gramado de 2001. O texto Zeca Lifonso serviu de base a curta metragem produzida em Muriaé pelo cineasta Euler Luz.  
Com o concertista Roberto Corrêa, desenvolveu, pelo interior de Minas, o projeto Causo, Viola e Cachaça, do SEBRAE/AMPARC. Já com o projeto Minas Além das Gerais, do Governo do Estado, apresentou-se em Brasília, Rio de Janeiro e em São Paulo. No programa “Sempre um Papo”, animou saraus por diversas cidades mineiras. Fez parcerias musicais com Pereira da Viola, Chico Lobo, Lu e Celinha, com apresentações em shows e animados saraus. Durante muitos anos, aos domingos, participou do quadro Prosa Arrumada, do programa Arrumação, ao lado de Saulo Laranjeira.  
Presidiu a Associação dos Amigos da Biblioteca Pública Prof. Luiz de Bessa e pertenceu ao Conselho Curador da Fundação Caio Martins, ao Conselho de Integração Social da Faculdade Estácio de Sá e integrou os Conselhos Consultivo de Instituto Fernando Pacheco e o de Administração da Imprensa Oficial de Minas Gerais. Foi Sócio Benemérito do Instituto Maestro João Horta. 
No sossego do sítio onde se refugiou, Olavo Romano organizou seu legado, construído nos últimos quarenta anos. Presente com oito obras na Bienal Mineira do Livro de 2022, autografou também exemplares de dois livros conjuntos: “Tertúlia Quixotesca” e “FAMÍLIA ROMANO: Memória – Afeto – Gratidão”. Além disto, ainda em 2022, recebeu no projeto “Prosa e Cantoria”, os amigos Carlos Farias, Celso Adolfo, Chico Lobo, Lu e Celinha, Paulinho Pedra Azul, Rodrigo Delage, Saulo Laranjeira, Tau Brasil, Tino Gomes e Wilson Dias. 


Lançamento de nova edição do livro de Dona Lucinha e inauguração da réplica de sua escultura




Apaixonada pela cozinha simples de sua terra, Maria Lúcia Clementino Nunes, a Dona Lucinha, foi uma das precursoras em levar e representar a nossa gastronomia para além das montanhas. Na sexta edição do livro escrito em parceria com sua filha Márcia Nunes, com lançamento marcado para o dia 22 de novembro, na matriz do Restaurante Dona Lucinha, em Belo Horizonte, duas novidades prometem emocionar os convidados: um texto de apresentação assinado pelo jornalista Chico Brant na nova tiragem e a réplica da escultura feita por Léo Santana e instalada na porta do Mercado Central de BH, dando boas vindas aos clientes da casa. 

"Encontramos uma 'página em branco' no livro, pronta para receber este reforço magistral com um texto lindo do Chico", conta empolgada Marcinha, co-autora, filha e mantenedora do legado de Dona Lucinha na cozinha do restaurante herdado da mãe. O evento especial de lançamento ainda contará com apresentações especiais: Seresta, com Luiz Antônio e Banda; Declamação de Cordel, com Paulinho Ferreira; e Contação de Casos, com Olavo Romano. "Uma celebração à cozinha mineira e uma homenagem a Dona Lucinha", resume Márcia.

Dona Lucinha abriu os segredos de seus disputados pratos pela primeira vez em 2001, quando lançou o livro “História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha”. De lá para cá, foram mais de 10 mil exemplares editados. A obra ganhou, inclusive, versão em inglês, tamanho o renome da autora fora do país. Muito antes do reconhecimento da gastronomia mineira, Dona Lucinha já defendia com orgulho a história de seu povo e de sua terra. Hoje, com título de Cidade Criativa da Gastronomia para a capital Belo Horizonte e com a bandeira do desenvolvimento da gastronomia mineira contemporânea pelo Governo de MInas Gerais, o livro se mantém atual, com reproduções de manuscritos com dicas e receitas, que remetem ainda mais aos cadernos herdados de nossas avós.

A sexta edição de “História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha” é uma realização do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e do Restaurante Dona Lucinha, com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, via patrocínio da Cemig. A produção executiva é da Base Projetos Especiais.

6a. EDIÇÃO "HISTÓRIA DA ARTE DA COZINHA MINEIRA POR DONA LUCINHA" 
Quarta-feira, 22/11 - a partir das 19h
Restaurante Dona Lucinha (Rua Pe. Odorico, 38 - São Pedro)
Valor do livro: R$ 80
Atrações especiais: Seresta, com Luiz Antônio e Banda; Declamação de Cordel, com Paulinho Ferreira; Contação de Casos, com Olavo Romano; Réplica escultura Dona Lucinha por Léo Santana



10 de nov. de 2023

Wagner Cosse - Abissal


Já estão à venda os ingressos para o show de lançamento do álbum “Abissal”, do cantor e compositor Wagner Cosse.  O evento, que acontece 12 de novembro, domingo, às 19h, no Teatro Santo Agostinho (Rua Aimorés, 2679 - Santo Agostinho – BH/MG), integra a programação oficial de 25 anos do Teatro Santo Agostinho BH.

 

"Abissal" traz 13 canções autorais – nove delas, compostas durante a experiência de Wagner Cosse pelo Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, quando percorreu mais de 1.000 quilômetros em 37 dias, nos meses de em junho e julho de 2019. Apesar da vasta trajetória artística, que inclui discografia respeitável, esse é o primeiro disco autoral deste artista.  O disco tem direção musical e arranjos de Rogério Delayon, também responsável pela mixagem e masterização.

 

As músicas, que integram álbum e espetáculo, abordam uma multiplicidade de temas que são caros ao artista, como o autoconhecimento, o amor, a generosidade, a amizade, a liberdade, o respeito, a justiça, a coragem, a sabedoria popular, as desigualdades socioeconômicas, os muros que dividem o mundo e a utopia fundamentada na possibilidade de se construir uma sociedade harmônica, fraterna, saudável e feliz.

 

Com direção musical do violonista Daniel Rodrigues e participação de um quarteto   instrumental formado por Daniel Rodrigues – violão, Nikolas Yuri – piano, Thiago Hamsik. – baixo e Rafael Pereira - percussão, o show do dia 12 tem classificação livre. Na apresentação ao vivo, serão exibidas algumas das imagens registradas por Wagner Cosse, ao longo da trilha.

 

Os ingressos (R$40,00 – inteira/ R$20,00 – meia entrada) podem ser adquiridos pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/tw

Para melhor experiência do público, dez músicas do novo disco já estão disponíveis nas principais plataformas digitais.

Clipes de algumas das obras estão no canal www.youtube.com/c/WagnerCosse

 

“A voz de Wagner Cosse parece a voz da natureza primordial, essencial, sagrada... a voz da verdadeira plenitude que reside em cada ser! Composições belíssimas, arranjos excelentes, danças e gestuais envolventes, a alegria de corpos que expressam lindeza e liberdade, em repouso e em movimento... Toda essa harmonia em vídeos sublimes, roteiros irretocáveis e fotografia deslumbrante, assinados por Thelmo Lins. Gratidão sincera e infinita a vocês por este presente à humanidade! Senti uma poderosa energia de cura, a partir de toda essa profusão de beleza que emana do seu trabalho”. (Adriana Martins, médica clínica geral e profunda admiradora da obra do artista) 

 

 

 

 

O DISCO

Primeiro disco autoral de Wagner Cosse, Abissal, em seu próprio título faz referência a profundidade de seu mergulho interior. As experiências de cunho espiritual, quando vividas junto ao exercício do corpo, nos aproximam do genuíno do ser, com suas verdades, conexão com a natureza humana e com o todo. O corpo fala e somos conduzidos a sair do ordinário e do ego, lidar de forma mais essencial com medos, fraquezas. Vem a entrega e a compreensão de integrarmos o universo, ser e deixar ser.  É desta forma que, arte e artista, em sua criatividade mais apurada, experimentam o encontro - no cansaço de um caminho, na beleza de paisagens e encontros, no inusitado das expressões de tempo, temperatura e sentidos, suas memórias, consciência e insights -, e se fundem através de letra e música numa entrega pura de raro valor. “Abissal é disco de cura, de encontro interior, com a leveza de ritmos vários, com sabor de infusões brasileiras, em consciência de linguagem universal. Trata de aspectos do ser, com emoções elevadas que vão além de um otimismo induzido. Em harmonia, canções de Wagner Cosse e arranjos belíssimos de Rogério Delayon, florescem num jardim de sentimentos essenciais - o amor, como norte, nítido e vívido em clareza de experiência e força de entrega. Em sua história musical consolidada através de décadas, em voz, palco, discos, a maturidade das técnicas, encontra, então, sua legitimidade. Wagner assina disco, linguagem e sua arte, com verdade própria, generosa e tranquila. Presente ao público, pois há presença do ser. (Márcia Francisco, jornalista cultural e escritora, pós-graduada em Psicologia Positiva, Ciência do Bem-estar e Autorrealização, consultora em desenvolvimento humano)

 

O PROCESSO

por Wagner Cosse

“Se queres viver o amor, doa-te”

(Wagner Cosse, in “Doa-te” – faixa integrante de “Abissal”)

"Por ocasião da celebração dos meus 60 anos de vida, escolhi viver uma experiência pessoal e mais profunda e adentrei a jornada do Caminho de Santiago de Compostela.

Após caminhar por mais 34 dias, cheguei em Santiago e, então, segui por mais três dias até Finisterra, considerada o marco zero do Caminho. Foram mais de 1.000 quilômetros em 37 dias de caminhada.

Ao longo dessa trajetória, o desgaste físico foi enorme, especialmente para vencer a topografia acidentada e as repentinas alterações climáticas. Subi e desci montanhas sob sol e chuva, enfrentei temperaturas que variavam de 12 a 43 graus centígrados, umidade e sequidão, ventos fortes e ar parado, enfim, situações as mais diversas. Mas as dores no corpo e, por vezes, o estado de exaustão eram minimizados pela beleza da paisagem e pelo prazer de me sentir capaz de vencer aqueles desafios. Nunca pensei em desistir. Pelo contrário. A cada passo eu me percebia mentalmente mais forte, mais focado e com vontade de prosseguir.

Durante esse período, compus nove canções, que foram mostradas a algumas pessoas do meu círculo. Elas não só se emocionavam, como, por vezes, chegavam às lágrimas. Foi aí que percebi que tinha um material potente nas mãos, e que ele deveria ser compartilhado.

As melodias e as letras eram criadas enquanto eu caminhava, sem o apoio de instrumentos musicais. Nesse processo criativo, repetia cada uma delas inúmeras vezes, corrigindo-as, lapidando-as, até que ficassem prontas. Então, gravava as músicas no celular, cantando-as à capella. Assim, não corria o risco de perdê-las.

Após retornar ao Brasil, compus mais quatro canções, ainda sob o impacto das experiências vividas.” (Wagner Cosse)

No repertório de “Abissal”: Mantra de Santiago de Compostela, El Camino, De volta pra casa, Coragem, Ceciliana, Meu céu, Azul de Ísis, Doa-te, Te amo tanto, Utopia, Velas na escuridão, Muros e Sabedoria Popular.


CINCO FAIXAS, na concepção do autor: 

"El Camino" – "Esta é a forma como, na Espanha, as pessoas se referem ao Caminho de Santiago de Compostela. Compus essa música, já de volta ao Brasil, a partir das lembranças de minha jornada. Decidi fazê-la somente instrumental, com vocalizes, sem letra, pois não encontrei palavras para traduzir a intensidade e a dimensão do que vivi. E, dessa forma, ela poderia ser sentida por qualquer pessoa de qualquer nacionalidade, sem a barreira da língua. Queria que ela tocasse os ouvintes por meio do viés sensorial e não do raciocínio. Afinal, foi assim minha vivência no Caminho: estive sempre mais conectado à profunda dimensão do sentir do que do entender”.

 

"Meu Céu" – Quando compus o Mantra de Santiago de Compostela, enviei-o à minha mãe – Conceição Cosse – pelo WhatsApp. Dois dias depois, recebi uma mensagem dela com um áudio anexo. Ela havia gravado a música para mim! Fiquei muito emocionado e, nos dias seguintes, enquanto caminhava, ficava me lembrando de sua voz cantando. Então, compus essa música para ela, declarando que, mesmo distante fisicamente, ela estava sempre comigo. Esta ideia está expressa já nos primeiros versos: “Da imensidão sempre ouço tua voz / A voz que guia o meu caminho / Estás aqui no mais fundo de mim / Habitas o meu coração”.

 

"Doa-te" – Esta música foi composta para enfatizar a importância da generosidade nas relações. Para lembrar que o caminho que leva à felicidade passa por nossa capacidade de entrega, de doação. Seu refrão diz: “Se queres viver o amor, doa-te”.  Ela foi inspirada em meu irmão, Vinícius Cosse, que é uma pessoa muito generosa e alegre, e possui um altíssimo astral. Por isso escolhi o ritmo contagiante do Carimbó para cantá-la.

 

"Azul de Ísis" – Há quase trinta anos não nascia uma criança em nossa família. Então surgiu a Ísis, filha de meu irmão Guilherme Cosse e de minha cunhada Izabela Naira. Ela iluminou nossas vidas com sua alegria e seus lindos olhos azuis. Por estar no Caminho de Santiago de Compostela, não pude participar das comemorações de seu primeiro aniversário. Resolvi, então, compor essa música, em forma de um sambinha bem saltitante, e enviá-la como meu presente. “Você nos chegou como o sol / Iluminando nossas vidas / Trouxe consigo o céu, o mar / E os rios que deságuam em seus olhinhos”.

 

"Ceciliana" – Enquanto eu caminhava sozinho e em silêncio, muitas reflexões brotaram em minha mente e em meu coração. Quanto mais eu me aprofundava nessas questões, mais me surgiam, na memória, poemas de Cecília Meirelles. Por isso resolvi homenageá-la com o título desta canção que foi criada tendo, como propósito, a contínua busca pelo autoconhecimento. “Revela-te / Reconheça-te / Liberta-te das prisões do mundo / Alcança as alturas e os abismos / Sem medo”.