29 de fev. de 2024

Oficina de desenhos de pontos tradicionais de BH











Foto: Bernardo Gouvêa


O Ponto Cultural CDL promove neste sábado, 2 de março, oficina de desenho com lápis e papel. Os participantes aprenderão noções básicas de desenho com dicas de traço e aplicação de tons. O objetivo é realizar esboços de aspectos da cidade de Belo Horizonte, como a Praça Sete, Praça da Liberdade, Lagoa da Pampulha, Serra do Curral, em momentos atuais ou antigos. Ao final os participantes sairão com o seu desenho finalizado. As inscrições podem ser feitas via Sympla, pelo link Link

A oficina será ministrada pela artista plástica Iara Ribeiro, doutora em Artes pela UFMG. Iara Ribeiro pinta retratos e seus trabalhos figuram em coleções particulares no Brasil e no exterior, e também em galerias institucionais. Além da pintura, ela também realiza trabalhos em desenho e gravura, que têm como tema central a figura humana.

Não é necessário conhecimento prévio para participar da oficina. Podem participar crianças a partir de dez anos, sendo que menores de 14 anos precisam estar acompanhados de um responsável. Os participantes também poderão conhecer o Ponto Cultural CDL, um espaço que conta a história de BH através do comércio, com peças interativas e muitas lembranças.

Oficina de desenho

Data: 2 de março, sábado

Hora: 9h30

Local: Avenida João Pinheiro, 495 - Boa Viagem (ao lado do antigo prédio do Detran)

Ingressos gratuitos: aqui

"Luiz e Nazinha" - Luiz Gonzaga para crianças










Foto: Vinicius Bertoli


Comemorando 10 anos desde sua estreia, a fábula musical baseada na vida do Rei do Baião já foi vista por mais de 200 mil pessoas e recebeu prêmios do Centro Brasileiro de Teatro para Infância e Juventude e indicações ao Zilka Salaberry.

 

Assistido por mais de 200 mil pessoas, que se encantaram com a emocionante adaptação da vida do Rei do Baião para os palcos, o musical infantil Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças chega em Belo Horizonte para únicas apresentações, nos dias 08, 09 e 10 de março. O espetáculo que já rodou por diversas capitais do Brasil em 10 anos de uma trajetória de extremo sucesso fará 6 apresentações na cidade, sexta-feira às 18h30, sábado às 16h e às 18h, e domingo 11h, 16h e 18h, no Centro Cultural SESIMINAS BH. O musical é apresentado pelo Grupo Bradesco Seguros, através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

 

Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças faz parte do projeto ‘Grandes Músicos para Pequenos’, criado pela produtora Entre Entretenimento com o objetivo de levar para os palcos nomes importantes da cultura brasileira em montagens que mesclam biografia e canções do artista homenageado, aproximando gerações em espetáculos para toda a família. "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças" deu início ao projeto, que reúne hoje os premiados espetáculos: "Pimentinha - Elis Regina para Crianças", “O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças”, “Bituca – Milton Nascimento para Crianças”, “Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças”, "A Menina do Meio do Mundo - Elza Soares para Crianças" e “Raulzito Beleza – Raul Seixas para Crianças”, todos extremamente premiados e aclamados pelo público.

 

Com direção de Diego Morais e direção musical de Guilherme Borges, Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças conta passagens da infância de Luiz Gonzaga no interior do Nordeste, com destaque para a descoberta do amor, quando o jovem Luizinho (Pedro Henrique Lopes) se apaixona por Nazinha (Aline Carrocino), filha de um coronel que não permite o namoro deles. O resultado é uma fábula de amor inocente, voltada para toda a família, embalada por grandes sucessos do músico, como “Asa Branca”, “Que Nem Jiló”, “Baião”, “O Xote das Meninas”, “Olha Pro Céu”, entre outros.

 

“A abordagem é graciosa, ingênua e, por isso, cativa o público de todas as idades. O texto de Pedro Henrique Lopes (que faz o papel de Luizinho) não tem grosserias nem apelações e é muito bem construído. Ele conseguiu encaixar na trama as mais variadas letras de Gonzagão e o resultado é uma trilha harmoniosamente casada com a dramaturgia”, colocou o crítico Dib Carneiro Neto sobre o espetáculo.

 

Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças foi indicado em 8 categorias nos maiores prêmios de teatro infantil do Rio de Janeiro e premiado na categoria como Melhor Atriz (Aline Carrocino) no Prêmio CBTIJ de Teatro Infantil 2015. “As crianças se divertem e os adultos sempre se emocionam. E o que buscamos é exatamente isso: um espetáculo que, ao mesmo tempo, aproxime as gerações, valorize a cultura brasileira, e que desperte a curiosidade. Muitas crianças pedem aos pais para escutarem as canções de Luiz Gonzaga depois de assistirem ao musical”, conta o diretor Diego Morais.

 

"Já circulamos muito com o espetáculo 'Luiz e Nazinha', por diversas cidades do Brasil e aqui de Minas também. Sem dúvidas, chegar com o espetáculo aqui em Belo Horizonte, depois de quase 10 anos, é uma alegria sem fim!  Além disso, o público de BH já conhece bem o ‘Grandes Músicos para Pequenos’. Vai ser lindo este reencontro!", comemora o ator e autor Pedro Henrique Lopes.

 

Grandes Músicos para Pequenos

Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças marcou a estreia do projeto “Grandes Músicos para Pequenos”, criado com o intuito de apresentar a vida e a obra de importantes compositores para as novas gerações. Depois, vieram O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças, que estreou em 2016 e foi premiado em três categorias pelo CBTIJ –  Melhor Atriz em Papel Coadjuvante (Martina Blink), Direção de Produção (Entre Entretenimento) e Prêmio Especial pela qualidade do projeto (Diego Morais e Pedro Henrique Lopes), além de outras 12 indicações; Bituca – Milton Nascimento para crianças, de 2017, vencedor do Prêmio CBTIJ de Melhor Ator (Udylê Procópio) e de quatro estatuetas no Prêmio Botequim Cultural: Melhor espetáculo infanto-juvenil, Melhor Direção (Diego Morais), Melhor Roteiro (Pedro Henrique Lopes) e Melhor Atriz Coadjuvante (Aline Carrocino), além de outras 11 indicações; Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças, de 2018, vencedor dos prêmios Brasil Musical 2018 de Melhor espetáculo Infantil, Musical Rio 2018 como Melhor Espetáculo Infantil, e Botequim Cultural de Melhor Direção Infanto Juvenil, além de outras 8 indicações; e Raulzito – Raul Seixas Para Crianças, de 2019, vencedor do Prêmio Musical Rio de Melhor Espetáculo Infantil. Em 2022, o projeto homenageou duas grandes mulheres, em espetáculos com excelentes índices de público e críticas extremamente positivas: Pimentinha – Elis Regina para Crianças, que fez temporada virtual em 2021, e estreou presencialmente em 2022; e A Menina do Meio do Mundo - Elza Soares para Crianças, que vem circulando pelo Brasil fazendo todo mundo cantar e dançar com a lata d’água na cabeça.

 

As sete peças juntas já foram vistas por mais de 350 mil espectadores. O objetivo do Grandes Músicos para Pequenos é apresentar a vida e a obra de importantes compositores para as novas gerações e promover o resgate da cultura brasileira através de espetáculos que envolvam toda a família em experiências inesquecíveis.

 

“A ideia é trazer o legado de uma cultura quase esquecida para as novas gerações, com um conteúdo atraente para as famílias”, descreve Pedro Henrique Lopes, autor das peças do projeto. “Queremos criar experiências de entretenimento inesquecíveis e marcantes, onde o espectador participe de forma ativa”, explica o diretor Diego Morais.

Mais sobre o espetáculo e o projeto em: www.grandesmusicosparapequenos.com.br

 

Garanta seu lugar, aqui


Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças”

08, 09 e 10 de março

Sexta 18h30, sábado 16h e 18h, e domingo 11h, 16h e 18h

Centro Cultural SESIMINAS BH (R. Álvares Maciel, 59 - Santa Efigênia)

 


22 de fev. de 2024

Carlos Herculano Lopes é eleito para a Academia Mineira de Letras











Foto: DSETTE/divulgação AML 


A Academia Mineira de Letras acaba de eleger o novo integrante da instituição, Carlos Herculano Lopes – jornalista, romancista, cronista e contista mineiro, de Coluna (MG), no Vale do Rio Doce, que ocupará a cadeira de nº 37 da AML. 

Segundo a comissão de apuração - formada pelos acadêmicos Jacyntho Lins Brandão e J. D. Vital, e a gestora da Academia Inês Rabelo, - o escritor disputou com outros sete candidatos, e foi eleito pela maioria com 27 votos, 2 brancos, em um total de 35 votantes. 

A cadeira de nº 37 foi  fundada por Olympio Rodrigues de Araújo e tem como patrono Manoel Basílio Furtado. Já foi ocupada por Affonso Aníbal de Mattos, Edgard de Vasconcellos Barros e, mais recentemente, por quase 20 anos, pelo poeta e contista mineiro Olavo Celso Romano, falecido em novembro do ano passado.


A música brasileira perde Mônica Pedrosa

 27/04/1961 + 22/02/2024 


 

















Faleceu no início da madrugada de hoje, 22 de fevereiro, em Belo Horizonte/MG, a cantora lírica e ex-diretora da Escola de Música da UFMG, Mônica Pedrosa.

A artista, que estava internada, há alguns meses, no Hospital Madre Teresa deixa marido e dois filhos.  A despedida será no Parque da Colina (Rua Santarém, 50 – Nova Cintra – BH – MG, nesta sexta, dia 23, das 8h30 às 11h30, na Capela 3.

 

Dona de voz e timbres belos e de uma carreira respeitável e reconhecida, Mônica Pedrosa construiu durante sua trajetória profissional, um importante legado de registros artísticos fonográficos e pesquisas. Foi responsável pela formação acadêmica de inúmeros cantores, nas décadas em que atuou como professora. Ao lado do violonista Fernando Araújo realizou, durante anos um intenso trabalho de pesquisa e valorização da canção erudita brasileira. Conteúdo registrado no CD e livro de partituras “Canções da Terra, Canções do Mar” e na gravação das canções com violão de Francisco Mignone, lançada recentemente pelo Selo SESC e disponível em todas as plataformas de streaming.

 

A despedida dos palcos

Seu mais recente trabalho foi fruto da realização do pós-doutorado na Universidade da Califórnia, Riverside, com o apoio da UFMG, por meio do programa Capes Print. O projeto integrou as pesquisas desenvolvidas no Laboratório da Canção Brasileira da Escola de Música da UFMG, coordenado pelo Grupo de Pesquisa Resgate da Canção Brasileira/CNPq, e ofereceu uma base de conhecimentos para novas pesquisas na área da pesquisa artística.  O fruto deste trabalho foi o lançamento do filme concerto “Cantos da Memória” com a soprano Mônica Pedrosa e o violonista Fernando Araújo, lançado publicamente, em 2023, no Conservatório da UFMG. O espetáculo multimídia buscou ampliar a experiência do concerto tradicional de música erudita, mesclando música e vídeo com a apresentação ao vivo do ciclo Canções de Adélia – composto por Paulo C. Chagas sobre poemas de Adélia Prado – e a projeção simultânea de um filme criado especialmente para dialogar com a música.  O ciclo Canções de Adélia foi escrito em estreita colaboração entre compositor e intérpretes, trabalho que teve início em 2017 com a composição da primeira canção, Amor FeinhoA Serenata Orfandade são de 2018. As outras três canções, O Intenso BrilhoMeditação Contradança, foram escritas entre outubro de 2021 e maio de 2022, período em que Mônica Pedrosa e Fernando Araújo estiveram como pesquisadores visitantes na Universidade da Califórnia, Riverside - UCR, onde o compositor é professor de composição.  Paulo C. Chagas sugeriu o nome de Adélia Prado para musicar e escolheu o primeiro poema. A escrita memorialística da autora, que mescla ficção e biografia, encontrou grande ressonância nos participantes do projeto, que escolheram em conjunto os outros poemas. Mônica Pedrosa, então, os organizou de maneira a formar uma sequência narrativa, tendo em vista também a criação de um roteiro para um audiovisual. O argumento do filme, escrito pela cantora, gira em torno de uma mulher “nem jovem nem velha”, que conta sua história e revela seus dilemas e sentimentos, rememorando seus desejos, angústias, memórias do passado e expectativas do futuro, enquanto pendura   objetos em um varal. Elemento tão comum nos quintais mineiros, o varal é o local onde se colocam as roupas para secar e branquear, lugar de exposição de pertences, intimidades. Ao dependurar objetos no varal, a personagem embarca em um processo de autocompreensão e libertação, ao longo do qual ela aos poucos se conecta consigo mesma e, finalmente, faz as pazes com sua existência. Existe no trabalho uma narrativa memorialística, em primeira pessoa, inspirada pela própria escrita de Adélia Prado. Uma memória algo inventada que se mistura com a ficção de tal forma que, em alguns momentos, a cantora se desdobra em autora, narradora e personagem.  A realização do filme foi apoiada pela FAPEMIG por meio do Edital Demanda Universal. A palestra e um pitch sobre a pesquisa podem ser vistos no YouTube. O filme será lançado em breve.

 

Biografia

Graduada em Canto pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986). Mestre em Canto pela Manhattan School Of Music (1989). Doutora em Letras / Literatura Comparada pela Faculdade de Letras da UFMG (2009). Realizou Pós-doutorado como Professora Visitante na Universidade da Califórnia, Riverside, como bolsista do PRINT - Programa Institucional de Internacionalização da CAPES (2021-2022). Foi professora associada da Escola de Música da UFMG. Foi Diretora dessa Instituição na gestão 2014-2018. Atuou na linha de pesquisa Performance Musical do programa de Pós-graduação em Música. Foi coordenadora do Grupo de Pesquisa Resgate da Canção Brasileira inscrito no diretório de pesquisa do CNPq em 2003. Desenvolveu os seguintes projetos de pesquisa: A canção brasileira de câmara - localização de partituras, catalogação, análise, divulgação, edições de partituras, registro sonoro; Estudos da Canção de Câmara Brasileira para Canto e Violão - análise, performance, transcrição, registro sonoro, dicção em português; Voz: Sonologia e Performance - estudo da voz como material acústico em sua vinculação com as produções e atividades musicais, estudos sobre o Português brasileiro cantado. Elaborou, juntamente com pesquisadores brasileiros da área de Canto, a Tabela Fonética do Português Brasileiro Cantado. Em sua pesquisa de Doutorado estudou as interrelações entre música e poesia nas canções de câmara de Lorenzo Fernandes, quando desenvolveu teorias sobre imagética musical com base na semiologia da música. Participou da comissão encarregada de elaborar proposta do Plano de Cultura da UFMG, atendendo a convocação do Edital Mais Cultura nas Universidades, do Minc e MEC. Foi co-coordenadora do Projeto Plano de Cultura da UFMG e integrante do comitê executivo do Fórum UFMG de Cultura. Atuou regularmente como cantora em música de câmara e concertos com orquestra como o Requiem de Brahms, o Requiem de Mozart e a Missa Brevis de Beethoven.



Reconhecimentos públicos

Entre os reconhecimentos públicos, Mônica Pedrosa foi agraciada com a  Medalha Santos Dumont, Governo do Estado de Minas Gerais, 1992; encedora em duo com o violonista Fernando Araújo, XX Artists International Auditions, New York, USA, 1986; Segundo lugar, III Concurso Nacional para Jovens Intérpretes da Música Brasileira, Rio de Janeiro, RJ, 1984; Primeiro Lugar, III Concurso Nacional Villa-Lobos, Vitória, ES, 1984; recebeu  Menção Honrosa e Prêmio Revelação, I Bienal de Canto de Câmara Maria Sylvia Pinto, Rio de Janeiro, RJ 1983 e foi Destaque: Revelação do Ano, Caderno de Cultura do Jornal Estado de Minas.

 

 

Depoimentos

"Mônica transformou a vida de muitos alunos que passaram por ela, com seu bom o humor, conhecimento, sua humanidade, que é uma das coisas que mais admiro nela e sua forma de nos acolher em todos momentos. 

Grande mulher e profissional.

Eu a levarei sempre comigo."

(Núbia Eunice, aluna) 

 

"Força, inteligência e sensibilidade sempre definiram a Mônica. Também o respeito à arte, a sinceridade, a dedicação e o perfeccionismo. Triste perder uma amiga, colega de tantos anos. Mas sua voz permanece no êxito de seus alunos, nos seus textos, nas suas gravações, nas realizações por nossa escola. Permanece a Mônica na admiração e no amor da família e dos amigos."

(Luciana Monteiro de Castro - professora da UFMG) 

 

"Fui seu aluno e também seu colega na Escola de Música da UFMG. Mônica sempre demonstrou muita determinação para a realização de seus projetos, muitos dos quais para a valorização da canção brasileira de câmara, tendo contribuído sobremaneira para o crescimento da área de Canto da Escola de Música."

(Mauro Chantal, professor associado da Escola de Música da UFMG) 

 

20 de fev. de 2024

Elas, a Saudade, o Amanhã - Literíssima lança antologia feminina no Dia Internacional da Mulher























 

Editora Literíssima realiza noite de autógrafos e lançamento da nova antologia da Série Elas -   "Elas, a saudade, o amanhã. O evento,  em comemoração ao Dia Internacional da Mulher tem entrada franca e acontece na Laço Café e Livraria (Rua Sergipe, 43 – Centro – BH), no dia 8 de março, sexta-feira, das 18h30 às 21h30. A publicação traz poesias de 41 autoras.

 

As antologias da Série Elas, pela Editora Literíssima, já somam oito edições e a respeitabilidade desta editora, que tem à frente a jornalista Leida Reis, que  revela: “A publicação do oitavo número da antologia Elas é prova de sucesso deste projeto, que reúne mulheres em torno da poesia. Quando lancei o primeiro livro, em 2019, jamais imaginei a perpetuação do Elas, que agora vem com o tema "a saudade, o amanhã", depois de ter descrito tantos outros, como o amor, a cura, o infinito, os ventos. Neste Dia da Mulher estaremos mostrando, mais uma vez, a força da poesia feminina. Um dos destaques é Flávia Queiroz, que participa pela primeira vez conosco, mas todas são especiais, sejam novatas ou aquelas que estão conosco desde o início do projeto".

 

Antologias representam um caminho valioso na expansão da literatura. Uma publicação que apresenta várias escritoras, permite ao público conhecer novos nomes da escrita e às escritoras, chance de marcar presença no universo da literatura, independentemente de suas próprias publicações. Além disso, podem   reunir autoras de estreia ou veteranas.

 

Elas, a saudade, o amanhã” traz textos de: Adriana Prates, Alessandra Mota Guimarães, Aelxandra Jacob, Ana Marília, Andrea Las Casas, Andrea Pietra, Ângela Schettini, Luly Salina, Beatriz Chalita de Azevedo, Carolina Schettini, Cleide Ruiz, Cleusa Moura, Edina Velasco, Flavia de Queiroz Lima, Gabrielle – Gabi Canhete, Geórgia Peracchi Garcia, Giovanna Barros, Ivania Carozo, Janaina Kelly de Oliveira, Joyce Conde, Kátia Bicalho, Leida Reis, Letícia Cota, Lúcia Paulino, Luciana Avelino, Luciana Muniz da França, Luiza Cheib Habib, Marcelle Machado, Márcia Francisco, Marilene Sales, Meire Marion, Mirian Menezes de Oliveira, Nathalia Smões, Queila Cristina Faria Gonçalves, Rita Freire, Roggie Salgarello, Sônia Santos, Teresa D’Aprille, Valdenísia Macedo, Vânia Bonádio e Wania Aparecida.

 

O livro será vendido por R$50,00 no dia do lançamento.

19 de fev. de 2024

Jardim Musical recebe Livia Itaborahy: Soy Sosa - Tributo à Mercedes Sosa

Foto Lívia Itaborahy - Junia Garrido/ foto Mercedes:divulgação) 


O projeto Jardim Musical recebe a cantora Lívia Itaborahy, no show "Soy Sosa - um tributo à Mercedes Sosa.  O evento acontece no dia 7 de março, quinta-feira, às 20h, no jardim da  Casa Belloni (Av. João Pinheiro, 287 - BH - MG).


 “Soy Sosa – um Tributo à Mercedes Sosa” com a compositora e cantora Lívia Itaborahy. Intimista e envolvente, o show relembra um pouco da trajetória artística de Mercedes Sosa. No repertório, canções interpretadas em português e espanhol como "Todo Cambia" de Julio Navarro e os clássicos "Gracias a la Vida" e "Volver a los 17", de autoria da compositora chilena Violeta Parra, além de “Maria Maria” e “San Vicente” de Milton Nascimento. A apresentação conta com a participação especial, ao piano, do maestro Arnon Oliveira.

Ingressos já à venda via Sympla: 

O evento realizado pela Casa Belloni (de Íris Perigolo e Bárbara Belloni) e Márcia Francisco, com curadoria e produção da jornalista, terá o jardim é aberto a partir das 19h. Show com início às 20h e término às 22h.  O bistrô estará em funcionamento.
Lugares ocupados por ordem de chegada ou reservas via whatsApp 31 84955337, ambos os processos sujeito à mesas compartilhadas.

Lívia Itaborahy  
Se formou em canto lírico pela Fundação Clóvis Salgado, e se graduou em educação musical pela UEMG. Atualmente cursa seu mestrado em Performance pelo Programa de Pós-graduação em Música da UFMG.
Participou como compositora de festivais da canção como o FEMUVRE, FEMPEL e Festival de Música das Minas Gerais onde foi finalista por dois anos.
Em 2013 foi selecionada como intérprete pelo Edital do Projeto Elas de Minas e em 2014 participou do programa The Voice Brasil onde interpretou a canção Vieste, de Ivan Lins.
Em 2016 passou uma temporada de investigação na Argentina onde cursou matérias como Tango e ritmos latinoamericanos.
Participou como compositora e intérprete de mostras como Mulheres Criando e Sonora e em 2018 foi selecionada pelo edital do Sarau Minas Tênis Clube para interpretar Ivan Lins.
Em 2019 atuou como intérprete convidada do programa de fados, tangos e clássicos da música Brasileira da Orquestra Ouro Preto e se apresenta com o Show SOY SOSA – Um tributo a Mercedes Sosa.

Arnon Oliveira é pianista, maestro, professor e pesquisador. Graduado em Piano e Regência pela Escola de Música da UFMG, onde hoje leciona Regência, é coordenador do Núcleo de Música Coral e dos corais do Centro de Musicalização Integrada (CMI) da UFMG e regente e diretor artístico do Coro Madrigale.

Projeto Jardim Musical entra em seu segundo ano.  As edições anteriores receberam Clóvis Aguiar e Célio Balona, Amaranto e Tabajara Belo, Tadeu Franco, Duo Serenata, Ladston do Nascimento, Tadeu Franco Nolli Brothers e Celso Adolfo.  A constatação é de experiência singular, na capital mineira: um espaço onde as pessoas já compreenderam o diferencial de viver instantes especiais em audição e escuta ativa de boa música, em momento sensorial, para aguçar os sentidos, curtindo autores e intérpretes qualitativos, com a possibilidade de apreciar boa gastronomia e conexões refinadas, em ambiente intimista e sofisticado.

OLHAR DE UM VELHO LOBO

Capa e autor: foto Márcia Francisco 


No dia 9 de março, sábado, das 11h às 14h, acontece na Livraria da Rua (Rua Antônio de Albuquerque, 913 – Savassi – BH – MG), a manhã de autógrafos e lançamento do livro “Olhar de um velho lobo – relatos de uma vida que vale a pena”, de Eduardo Duarte.

“(...) recebemos, neste seu primeiro livro de poemas os traços da afetividade e emotividade advindas de sua mãe e compartilhadas também por seus cinco irmãos. O autor consegue traduzi-las em palavras embebidas em um lirismo contemplado e absorvido, principalmente, dos poetas do Clube da Esquina: Fernando Brant, Ronaldo Bastos, os irmãos Borges, Murilo Antunes, entre outros músicos que embalaram e embalam até hoje seus dias de lida e de sossego, no suave hedonismo dos velhos hippies que amam muito viver, mas viver em paz”

 (trecho integrante do Prefácio de “Olhar de um velho lobo”, por Márcio A. Lacerda Jr.)

Com quase 90 poemas, o livro de estreia do escritor Eduardo Duarte, mineiro de Nova Serrana, acabou por promover um encontro artístico singular. ‘’Olhar de um velho lobo” traz ilustrações em lápis de cor sobre papel, do respeitável artista Bene Rizzo, reconhecido entre mais de dois mil trabalhos, pela icônica abertura do programa “Os Trapalhões”, abertura da novela “Tieta”, do humorístico “Sai de baixo”, do infantil “Sítio do Pica-pau Amarelo” entre outros. 

A poética de Eduardo Duarte é lírica, leve, carregada de mineiridade e raiz. Sua essência é o amor, em suas mais diversas expressões. Esse sentimento exala através das palavras e nos permite, na universalidade dos versos, transitar por paisagens que se, por vezes, eram reais para Eduardo, tocam nosso imaginário e esbarram, vivas, em memórias possíveis e intenções originais. Sensibilidade à flor da pele e despojamento para, suavemente, traduzir em poética, uma alma intensa. É texto que atravessa o sentimento e alcança sem agredir.  Mesmo no que tange dores, medos, indignações... É como subir as montanhas de Minas, atravessar lagos, banhar-se em cachoeiras e caminhar, à luz de um candeeiro, por trilhas e estrada de chão, cruzar com sábias senhoras e sorver seus ensinamentos. Encontrar crianças brincando, descalças, cheias de vida, esperança e sopro de cata-vento. Depois, ouvir o apito de um trem e vê-lo, ao longe cortar o verde, sob a luz do sol. É dormir sob as estrelas, na solidão e no silêncio de integrar-se às origens e ao todo. Por fim, no topo da montanha, encontrar, sereno, um velho lobo que tudo viveu com integridade, entrega e verdades e, daquele lugar já sagrado pelo próprio palmilhar, reconhece sua grandeza e terras raras, observa o todo e abre o olho que tudo vê. Eduardo Duarte é pedra preciosa das Minas Gerais, desses diamantes coloridos que o garimpo da literatura encontraria ao despir-se da pretensão do esmero – e, contudo, encontrar essa veste. Enquanto “o corvo briga com o vento”, é o ser - falando de vida vivida ou do que se deseja. É “o amor transbordando poesia”.

Eduardo Duarte de Freitas

Nasceu em 06 de abril de 1965 numa pequena cidade do interior de Minas Gerais chamada Nova Serrana. Filho de André de Freitas e Rosina Duarte de Freitas é o terceiro filho de uma família de seis irmãos. 

Desde muito menino foi aprendendo os valores, sentimentos, sensações e prazeres que o interior mineiro ensina. Sentiu muito cedo as durezas que a política interiorana mineira aplicava às pessoas contrárias ao pensamento mandante. Foi embora de Nova Serrana, juntamente com a família, para Divinópolis, cidade onde seu pai, fiscal do estado, havia sido transferido.

Em Divinópolis assimilou o que de bom pairava no ar. O amor de um avô adotivo e de suas filhas maravilhosas; as novas e grandes amizades; as poesias de Adélia Prado; a sirene da antiga Rede Ferroviária Federal S/A - RFFSA; o barulho compassado do trem nos trilhos; os cinemas e as praças com o cantar dos pássaros.

Em novembro de 1973 perdeu o pai num acidente automobilístico. Perdeu seu melhor amigo, sua referência. Um ano depois a família voltou para Nova Serrana. Lá começou a trabalhar, ainda criança, pois queria ajudar a mãe na difícil tarefa de manter uma casa com seis filhos. Veio a adolescência, o ginásio, os namoros, as serenatas, a boemia, as descobertas da vida. A formação cada vez mais forte de suas ideias, da liberdade, do amor.

Anos passando, amores vindo, amigos e entes queridos indo cedo demais; reveses financeiros. Mas os sonhos, estes continuavam. 

Decepções foram muitas. Desilusões diversas. Mas a volta por cima sempre acontecia.

Mais alguns anos e Eduardo voltou a morar em Divinópolis. Entrou na faculdade já maduro. Novos amigos, amores. Em 2003 teve a maior emoção que um ser humano pode sentir. Nasceu seu primeiro filho, Rafael. 

Sua vida também foi marcada por alguns acidentes terríveis: 

Viajando em um pequeno avião, com quatro pessoas a bordo, a piloto, em uma aterrissagem desastrada, agravada pelas péssimas condições da pista, quebrou o trem de pouso da aeronave, e, após tentar arremeter novamente, a queda fora da pista foi inevitável. Só restou à piloto e aos passageiros agradecer pelo milagre de estarem vivos;

Em um sítio, para solucionar a falta de água era preciso levar uma mangueira até a caixa d’água, assentada a dez metros de altura. Eduardo, com a mangueira, subiu os pequenos grampos incrustados na estrutura, que serviam como degraus. Quando estava quase alcançando seu objetivo se desequilibrou e caiu. Para piorar, o chão era de cimento. O estrago físico foi grande, quase fatal;

No final de 2005 foi acometido por uma meningite bacteriana, passando maus momentos na recuperação.

Sabemos que o “Gato” tem sete vidas, mas o “Lobo”... com certeza tem mais de três.

Em 2007 a alegria inundou sua vida com o nascimento de sua filha Maria Eduarda.

Os anos se passam movimentados com aventuras, negócios, novos aprendizados e uma imensa vontade de compartilhar com todos as experiências e os sentimentos que teimavam em transbordar de sua alma. A poesia foi o caminho natural para escoar suas ideias. Estava nascendo um grande poeta.

Casou-se em 2016 com Daiane.

Em 2017 uma nova explosão de alegria invadiu seu lar ao nascer sua filha Júlia.

O ano de 2022 vai ocupar um lugar de destaque em sua biografia. Neste ano Eduardo juntou seus escritos e resolveu publicar um livro com o que há de mais especial em seu coração. O amor.

Bene Rizzo

Nasceu em Jaú, cidade da região central do Estado de São Paulo. Vem de uma família de onze irmãos. Desde a mais tenra idade se mostrou inclinado para as artes, e em suas mais diversas vertentes. Do artesanato, com baixos relevos e pinturas em madeira migrou para desenhos, a lápis, retratando fotos, aprendido com um ilustrador argentino que atuava em uma praça no centro de São Paulo.

Logo veio o convite para trabalhar em uma produtora que fazia comerciais para TV com a técnica de Desenho Animado. Passou por todas as etapas na confecção de um anúncio comercial: animação, pintura, ilustração e filmagem. Hoje, os computadores queimaram todas as etapas, guardando semelhança apenas na arte do desenhista animador.

No início dos anos 1980, com a chegada dos computadores gráficos, foi convidado pela Rede Globo a integrar uma equipe para fazer vinhetas promocionais e abertura de programas e novelas. Trabalhou lá por 30 anos. Aliou a arte manual com a Computação Gráfica. Fez mais de 2.000 trabalhos, entre eles a abertura da novela “Tieta”, do programa “Os Trapalhões”, do humorístico “Sai de baixo”, do infantil “Sítio do Pica-pau Amarelo” entre outros. 

Bene domina inúmeras técnicas de ilustração, como aquarelas, acrílico sobre telas, pinturas a óleo etc. Para as ilustrações deste livro foi usada a técnica de lápis de cor sobre papel.

Bene Rizzo diz emocionado que as ilustrações para o livro de poesias “Olhar De Um Velho Lobo” do autor Eduardo Duarte, não pode ser considerado “trabalho”, pela enorme satisfação que cada arte lhe proporcionou, além de ter participado de um sonho, ora concretizado, do grande poeta. 

MANHÃ DE AUTÓGRAFOS E LANÇAMENTO DO LIVRO

“ Olhar de um velho lobo – relatos de uma vida que vale a pena”, de Eduardo Duarte

9 de março, sábado, das 11h às 14h

Livraria da Rua

Rua Antônio de Albuquerque, 913 – Savassi – BH – MG.

ENTRADA FRANCA.


16 de fev. de 2024

Ivete Sangalo retorna a BH, convidada por Léo Santana













Foto: divulgação 

Após anunciar Simone Mendes, Mari Fernandez,  Maiara & Maraisa, Iza e Ana Castela como convidadas de seu novo projeto, “Léo & Elas”, o GG Léo Santana acaba de divulgar a cantora Ivete Sangalo como mais uma participação especial em audiovisual. O show histórico será gravado no dia 23 de março, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte,

Sucesso no Carnaval 2024 com a música “Macetando”, a cantora Ivete Sangalo chegou para trazer ainda mais magia para o projeto do GG. O audiovisual vai documentar o encontro de Léo com alguns dos nomes mais fortes da música brasileira, em uma noite épica e única. “Ivete é uma das maiores artistas da música baiana, que levou nossa cidade e nosso estado para o mundo. Ter a ‘mainha’ comigo nesse projeto é bom demais. Além de ser uma artista incrível, Ivete é uma grande amiga, por quem eu tenho um carinho gigantesco e essa será sem duvida, mais parceria nossa de sucesso.”, comentou o anfitrião.
 
O projeto “Léo & Elas” vai ser mais um grande marco na carreira do Léo Santana. O show, que será a gravação de seu mais novo audiovisual, contará com participações especiais de grandes mulheres da música, e show completo da cantora Mari Fernandez num mega espetáculo que promete parar o Brasil e o mundo!

Para mais informações. acesse @ssaproducoes e @nenetyeventos no Instagram.

Os ingressos para o show estão sendo vendidos através do link https://leoeelas.com.br/

15 de fev. de 2024

Conceição Evaristo é eleita imortal da AML

 

Foto: Leo Martins 

A Academia Mineira de LETRAS - AML acaba de eleger a ensaísta e ficcionista Conceição Evaristo, para a cadeira número 40.

Aplaudimos essa justa representatividade: Conceição Evaristo é uma expoente da literatura contemporânea. Romancista, poeta e contista, homenageada como Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti 2019 e vencedora do Prêmio Jabuti 2015. É mestra em Literatura Brasileira e doutora em Literatura Comparada.

Segundo a comissão de apuração, formada pelos acadêmicos Antonieta Cunha, J. D. Vital, Luis Giffoni, a escritora foi eleita com 30 votos, entre 34 votantes.

Conceição ocupará a cadeira de nº 40, que foi pertencente à professora doutora, ensaísta, romancista, poeta e crítica literária Maria José de Queiroz, falecida em novembro do ano passado.

8 de fev. de 2024

"Ventres da Terra" é o tema do cortejo do Pena de Pavão de Krisna

Foto: Divulgação - bloco 


Com o tema “Ventres da Terra”, em que mulheres de luta e mestras da cultura popular serão homenageadas, o tradicional Pena de Pavão de Krishna vai desfilar no domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro, pelas ruas do bairro União, em Belo Horizonte. A concentração do politizado bloco será a partir das 7h, na avenida José Cândido da Silveira, em frente ao Parque da Matinha. O cortejo, que encanta os foliões pela música, pela estética azul e pelas pautas sociais e ambientais, vai contar com as presenças especiais das cantoras Augusta Barna, Coral, Deh Muss Muss Onirika, Dona Eliza, Fran Januário e Dea Trancoso. A força feminina é a essência do desfile deste ano!


“Ser mulher não é uma coisa simples e nem fácil”, crava a convidada de honra Déa Trancoso, adiantando que uma das homenageadas por ela, durante o desfile, será a cantora Rita Lee, artista que faleceu em maio de 2023. “Eu poderia homenager tantas outras, mas a Rita foi uma figura muito especial e desbravadora, uma mulher que mexeu no tabu, que é o sexo, que transitou pela linguagem sexual de maneira leve e que tem uma beleza única”, completa.


Rita Lee não será a única mulher de luta homenageada no desfile do Pena de Pavão de Krishna. Dagmar Bedê, ao lado de palhaças de bicicleta, farão uma intervenção para a artista Julieta Hernández, a Palhaça Jujuba, que foi brutalmente assassinada em solo brasileiro no momento em que regressava para casa, na Venezuela. Haverá, ainda, ao longo de todo o trajeto do bloco, estandartes com figuras de mulheres ilustres, mulheres que exemplificam a força feminina. A ala de dança do Pavão, comandada por Lalis Diniz e Lola Lessa, estarão em sintonia com as homenagens e com o repertório do desfile.


“Para mim, o Carnaval é um evento de cunho revolucionário em meio à felicidade. E a alegria é um lugar onde a gente consegue organizar a sociedade dentro do sonho dela. É uma festa que desperta em nós o feminino, mas não só em questão da mulher, como de homens, mas de encontrar o feminino em nós, a energia criativa, a gestação de projetos, o acolhimento, o concretizar e o cuidar”, descreve a cantora Leopoldina, que integra a banda do Pena de Pavão ao lado de Raphael Salles, Manu Andrade e Thiago Braz. A bateria do bloco é regida pelo maestro Túlio Nobre.


10 MIL FOLIÕES

Em seu 11º cortejo, o Pena de Pavão de Krishna  um dos responsáveis pelo reavivamento do Carnaval de Rua de BH — espera receber cerca de 10 mil foliões. Como é tradicional, durante a concentração, a partir das 7h, haverá um piquenique coletivo, com frutas da estação, água e alimentos nutritivos, o ritual em que os foliões se pintam de azul e a presença serena e energizante do movimento Hare Krishna, representado por integrantes da ISKCON BH, que farão o kirtan (canto de mantras).


O bloco, que é tradicional na manhã de domingo e que já fez desfiles apoteóticos, sempre levantando bandeiras sociais, conta, ainda, com uma ala infantil, carinhosamente chamada de P.P.Kids, que acolhe também PCDs e idosos. A direção artística do cortejo é de Maíra Leonel. O Pena de Pavão tem a produção assinada pelos integrantes do coletivo Águas Gerais: Manu Andrade, Túlio Nobre, Andreza Coutinho (Dezza) e Gustavito Amaral.


REPERTÓRIO AFINADO

Desde o começo de Janeiro, o regente Túlio Nobre e as coreógrafas Lalis e Lola, assim como a banda do bloco, estão imersos no repertório do desfile do Pena de Pavão de Krishna que, neste ano, contará com o patrocínio da CEMIG, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e com o apoio da Belotur. A ideia é saudar a força feminina presente em todos os lugares e oriundas de todas as épocas. O convite para as cantoras Augusta Barna, Coral, Deh Muss Onirika, Dona Eliza, Fran Januário e Dea Trancoso, inclusive, reforça a proposta política do cortejo “Ventres da Terra”.


“Vamos trazer o conhecimento ancestral com base nas músicas ‘Tupinambá’ e ‘Olária Divina’. Essas canções carregam duas  divindades, o tupinambá, que chamamos de masculino saudável, e a Nanã Buruquê, que é uma das forças femininas mais antigas da Umbanda”, adianta Dea Trancoso. “O tupinambá é um pajé antigo, conhecedor da vida e das sabedorias que compõem a cosmologia dos povos originários, e Nanã, a grande avó, também detém boa parte do conhecimento do povo africano. Não se trata de uma energia masculina ou feminina, mas de dois princípios, a força e a suavidade. Então vamos mexer nessa energia antiga, do que é envelhecer, do que é ser uma mulher velha e manipular esse conhecimento que não é uma coisa bem-vista e invisibilidade pelo capitalismo, assim como os corpos velhos femininos”,  explica a cantora.


Promessa da música popular brasileira, e temperando os romances no Pena de Pavão de Krishna, Augusta Barna levará para o cortejo a canção “Acajú”. “É uma canção que fala sobre o amor de verão e que faz sentido com essa narrativa do Carnaval, porque tem a questão da folia, da paixão, então a música faz muito sentido nesse período”, destaca ela.


"O Profeta" faz curta temporada no Teatro Sesiminas

Foto: Kim Lee Kyung 



Após temporada de grande sucesso em Belo Horizonte e atendendo a pedidos do público, o espetáculo O Profeta” retorna à capital mineira, de 1 a 3 de março, sexta a domingo, no Teatro Sesiminas, com ingressos a partir de 50 reais  - aqui  Baseada no livro homônimo de Gibran Khalil Gibran, um dos livros mais lidos do mundo, a obra trata de temas como o amor, filhos, trabalho, alegria, tristeza e morte, entre outros assuntos que tocam a alma e os sentimentos humanos. Com dramaturgia de Lúcia Helena Galvão, uma das filósofas mais populares da atualidade no Brasil e direção de Luiz Antônio Rocha (indicado ao prêmio Shell 2019 por “Paulo Freire, O Andarilho da Utopia”), a peça é estruturada em doze ensaios poéticos. Baseados na obra de Gibran, a história desafia o vazio e descortina a beleza da vida em temas profundos abordados com a ternura e a sabedoria que vem do Oriente. Numa atmosfera de enlevo e encantamento a peça é um convite para sermos dignos da vida e a viver ao nível do que há de mais elevado em nós.

 

Publicado em 1923, na data do centenário do autor, o livro ganhou uma releitura filosófica assinada por Lúcia Helena Galvão. Inédita nos palcos do país, “O Profeta” lota teatros pelo Brasil, desde a sua estreia, em Fortaleza (2022), e já foi apresentado no Rio de Janeiro, São Paulo e Belém, além de Belo Horizonte, onde retorna para essa curtíssima temporada.

 

No palco, está o músico e cantor libanês Sami Bordokan, que dá vida a All Mustafa, o profeta que está prestes a embarcar em um navio para retornar a sua terra natal após um ciclo de doze anos de exílio na cidade de Orfhalese. No dia da partida, antes da chegada iminente de seu navio, os habitantes da pequena cidade pedem a ele que lhes fale sobre as questões fundamentais da condição humana. E, assim, o profeta responde com reflexões que, na sua aparente simplicidade, revelam uma compreensão profunda da vida e do processo de existir. “Fiquei receoso quando fui convidado para o monólogo já que O Profeta é meu livro de cabeceira desde garoto e sabia da entrega para o papel, mas aceitei o desafio”, fala Sami, que viveu a sua juventude em um vilarejo no norte do LíbanoPesquisador de música árabe clássica e folclórica, seu estilo de tocar o alaúde e de cantar, incluindo o místico canto oriental, é único.

 

Em cena, Sami Bordoka está acompanhado do irmão William Bordokan, músico que apresenta uma variedade de sons e ritmos, utilizando outros instrumentos ancestrais como a flauta nay, a rabab e a derbak. Juntos, eles assinam também a direção musical.

 

Direção

“O Profeta” repete a parceria entre Lúcia Helena Galvão e o encenador e diretor  Luiz Antônio Rocha, iniciada com a bem-sucedida “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, que também retorna a Belo Horizonte, dias 23 e 25 de fevereiro de 2024, no Teatro Feluma “Foi na busca para melhorar o mundo e o ser humano, por meio do teatro e da filosofia, que surgiu este novo projeto, onde o amor é o fio condutor da história e nos faz redescobrir o papel do coração”, diz o diretor.

 

Iniciado n’O Tablado, icônica escola de teatro no Rio,  Luiz Antônio Rocha voltou a se dedicar às artes cênicas após vinte anos como diretor de elenco na Globo, onde trabalhou em novelas como Laços de Família (2000) e Mulheres Apaixonadas (2003). Atualmente, Rocha está também na direção de outros dois monólogos: “Violeta Parra em dez cantos” e “Frida Kahlo — A Deusa Tehuana”, sendo essa última, uma montagem em cartaz há quase dez anos ininterruptos, já tendo passado pelo Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo (onde estreia este ano).

 

O Profeta

Duração: 80 minutos

Classificação indicativa: Livre

1º, 2 e 3 de março. Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 17h
Teatro Sesiminas - Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia

Ingressos: R$ 100,00 / R$ 50,00

Vendas: aqui