24 de jul. de 2023

LADSTON DO NASCIMENTO APRESENTA SHOW INÉDITO, NO JARDIM MUSICAL

 

O projeto Jardim Musical recebe o cantor, compositor e violonista, Ladston do Nascimento, no dia 10 de agosto, quinta-feira, às 20h, na Casa Belloni (Av. João Pinheiro, 287 - BH - MG).

Em show inédito, no dia do seu aniversário, Ladston nos convida para um passeio musical de pura poesia. A concepção do show contempla: manhã, tarde, noite, amor! No repertório, a trilogia: "A Bailarina e o último samurai”, "A Flor dos três rios" e "O último samurai e a Bailarina" e músicas dos seus três álbuns: "A voz do coração" , "Simbora João" e "Lugarzim", incluindo parcerias com Antônio Martins, Fernando Brant, Paulo César Pinheiro e Tadeu Franco.

Ladston, voz e violão, se apresenta ao lado de Clóvis Aguiar, piano.

 

O evento realizado pela Casa Belloni (de Íris Perigolo e Bárbara Belloni) e Márcia Francisco, com curadoria e produção da jornalista, terá o Jardim é aberto a partir das 19h. Show com início às 20h e término às 22h.  O bistrô estará em funcionamento. 

Os ingressos: R$60,00 (sessenta reais), para o evento já estão à venda pelo Sympla:

https://www.sympla.com.br/ladston-do-nascimento----jardim-musical---casa-belloni__2089433

 

Ladston do Nascimento

Natural de Belo Horizonte/MG, Ladston do Nascimento gravou seu primeiro disco, em 1991. O LP Vida, com parcerias e produção de Antônio Martins, arranjos de Zezinho Moura. O CD A Voz do Coração, chegou em 1998, com arranjos de Juarez Moreira e Ladston do Nascimento, sendo distribuído nos Estados Unidos com o nome de Voice of the Heart. Entre 2003/2004, lançou o CD, o Simbora, João!, que contou com a participação do cantor/compositor Edu Lobo, produção de Antônio Martins,  letras de Antnio Martins e Fernando Brant, arranjos de Juarez Moreira, Rogério Leonel, Ladston do Nascimento. O arranjo coral foi assinado por Zezinho Moura e arranjos rítmicos de base, de Esdra Neném Ferreira, além dos músicos Robertinho Silva, e Cristóvão Bastos, entre outros. A Voz do Coração traz Manhã, integrante datrilha sonora da novela “Serras Azuis”, da Rede Bandeirantes e Baiãozim, que teve um videoclipe dirigido por Éder Santos, veiculado na MTV, concorrente na categoria “Melhor Clipe do Ano”, em 98/99.

Voice of the Heart, foi lançado pela Malandro Records, do produtor americano Rick Warm, sendo distribuído também na Europa e no Japão. Jazztimes, revista americana especializada em música, escolheu este CD como um dos melhores discos lançados nos Estados Unidos, em 2000. Ladston participou como intérprete, das trilhas sonoras compostas por Marcus Viana, para as minisséries “ A Casa das Sete Mulheres” e “ Aquarela do Brasil”, interpretando o Hino Nacional e o Hino dos Expedicionários, todas exibidas pela Rede Globo. O artista é um dos mais premiados criadores de trilhas sonoras para o teatro de Minas, musicando mais de 70 peças. Foram premiadas como melhor trilha: “A Prostituta Respeitosa”, “ A Comédia dos Sexos” “Bicho de Lata”, “ A Bela e a Fera” e “Gasparzinho”. Em julho de 2009, recebeu o Prêmio SIMPARC de melhor trilha infantil, com a peça “ Mogli o Menino Lobo”. Foi classificado para o 6°e 9° Prêmio VISA MPB compositores, em São Paulo. Foi dos Vencedores do III Prêmio BDMG Instrumental, com músicas de sua autoria no Teatro Izabela Hendrix, em Belo Horizonte.  Desde 2003, participa, como cantor, da Missa dos Quilombos”, criada por Milton Nascimento, Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra, encenada pelo grupo Ensaio Aberto do Rio de Janeiro, direção de Luiz Fernando Lobo, apresentando-se em várias cidades brasileiras, e a direção musical do compositor, instrumentista e arranjador Túlio Mourão. Em 2013, integrou a montagem foi apresentada em Portugal, Porto e Lisboa, no ano Brasil/Portugal. Participou da trilha sonora do longa “Filhas do Vento” como intérprete do tema original, composto por Marcus Viana. Em 2011, lançou o CD “Lugarzim” com seus parceiros, Fernando Brant, Tadeu Franco e o mais constante, Antônio Martins. A produção fonográfica traz arranjos de Francis Hime, Túlio Mourão, Jota Moraes e Robertinho Silva. Nascimento participou da montagem do espetáculo “ Terra de Livres”- história de São João Del Rey/MG  -, uma montagem do grupo de teatro Manicômicos, trilha sonora do Túlio Mourão,  encenada por 120 atores, grande sucesso do Teatro de Rua. Em agosto de 2015, participou do Projeto “Dois na Quinta” do BDMG cultural, dividindo o palco com a cantora Carol Serdeira. No mesmo ano, começou uma parceria com o compositor/escritor Paulo Cesar Pinheiro.  Entre 2018 e 2021, participou de diversos shows e projetos musicais, como convidado especial. Destaque para espetáculos de Thelmo Lins, Sérgio Moreira e Lívia Itaborahy. Em 2021 realizou o show “’O auto do samba”, no Cine Theatro Brasil Vallourec. Em 2022, integrou a programação do Projeto Matriz, em Conceição do Mato Dentro/MG, ao lado de Zélia Duncan, Felipe Bedetti e Tom Nascimento e apresentou-se no Festival Internacional de Corais – FIC, entre outras realizações. Atualmente está em turnê por Minas Gerais e capitais brasileiras.

 

O Projeto Jardim Musical teve estreia memorável e promissora. Com número limitado de lugares, esgotados em poucos dias, a edição recebeu a música de Clóvis Aguiar e Célio Balona. O mesmo aconteceu as edições que receberam  Amaranto e Tabajara Belo, no show “Vinícius”, Tadeu Franco e Duo Serenata.  A constatação foi de uma experiência singular, na capital mineira: um espaço onde as pessoas já compreenderam o diferencial de viver instantes especiais em audição e escuta ativa de boa música, em experiência sensorial, para aguçar os sentidos, curtindo autores e interpretes qualitativos, com a possibilidade de apreciar boa gastronomia e conexões refinadas, em ambiente intimista e sofisticado.

20 de jul. de 2023

LÍRIA PORTO E JORGE FERNANDO DOS SANTOS - LANÇAMENTO MIGUILIM EM BH


A Editora Miguilim convida para a manhã de autógrafos e lançamento dos livros “Sem pecado não tem salvação”, de Líria Porto e “Belo Horizonte em letra e música”, de Jorge Fernando dos Santos.  O evento acontece no dia 29 de julho, de 11h às 14h, na Livraria da Rua (Rua Antônio de Albuquerque, 913 – Savassi – BH – MG) e contará com o show “Tango e otras herbas”, do músico  argentino Demian Alimenti. Entrada franca.  

SEM PECADO NÃO TEM SALVAÇÃO – LÍRIA PORTO

Líria Porto, natural de Araguari/MG, tem sido reconhecida como uma das escritoras brasileiras mais importantes da atualidade. Autora local homenageada no Fliaraxá 2023, figurou na lista dos livros mais vendidos do evento.

Sua bibliografia é composta pelas obras “Borboleta desfolhada” e “De lua” (Portugal, 2009), “Asa de passarinho” (Editora Lê, 2014), “Garimpo” (Editora Lê, 2014, com o qual foi finalista do prêmio Jabuti em 2015), “Cadela prateada” (Editora Phenalux, 2017), “Olho nu” (Editora Patuá, 2018), “Nem cai nem haicai” (editado manualmente pela Imagística Encadernadora). Participou de algumas antologias, entre elas “Dedo de moça”, e da coleção “Leve um livro” com “Para compensar a força bruta”. É autora do blog Tanto Mar e tem publicações em jornais, revistas e sites.

 

“Escrevo todos os dias, sobre variados temas (vida, morte, natureza, emoções, sentimentos, tempo, sexo, política), sem jamais me lembrar do poema de ontem, nem saber sobre o que surgirá amanhã - a poesia aparece (ou não) e acorda as palavras... "Sem pecado não tem salvação", o livro mais recente, nasceu de uma provocação de Maurício Manzo, que manifestou seu desejo de ilustrar meus poemas "mais apimentados"... fiz uma busca nos arquivos, com a colaboração e organização da poetíssima Leila Míccolis... enviei a coletânea para o Maurízio, ele os ilustrou lindamente e a Editora Miguilim realizou sua bela publicação (um luxo as duas capas de cores diferentes)!” (Líria Porto – autora)

“Há um poema de Edmond Rostand (poeta eteatrólogo, autor de “Cyrano de Bergerac”) em que São Pedro dialoga com alguém a princípio assumidamente herético; ao final, porém, quando sabe que em vida ele fora um poeta, abre-lhe as portas, com escarcéu: “– Poeta!? Mas sê bem-vindo! / Teu lugar é aqui no céu...”
Juntando-se aos pecados fictícios a ideia em Fernando Pessoa de que “o poeta é um fingidor”, entende-se logo aonde “Sem pecado não tem salvação” quer chegar. Líria Porto não teme paradoxos nem contradições. Satírica, reflexiva, irônica, precisa, minimalista, impactante, sua deliciosa poesia é hábil em esgrimar palavras e emoções, o que a torna uma das grandes escritoras brasileiras da atualidade."
(Leila Míccolis – Pós-doutora em Teoria Literária (UFRJ), especialista em Escrita Criativa, escritora de Livros, TV e Teatro)

BELO HORIZONTE EM LETRA E MÚSICA - JORGE FERNANDO DOS SANTOS

Natural de Belo Horizonte/MG, o jornalista, escritor e compositor, Jorge Fernando tem mais de 100 músicas gravadas com vários parceiros. Foi repórter e editor de cultura e suplementos no jornal Estado de Minas. Publicou 46 livros, entre eles o romance Palmeira seca (Prêmio Guimarães Rosa em 1989), As cores no mundo de Lúcia (finalista do Prêmio João de Barro em 2006), Ave viola - Cordel da viola caipira (Prêmio Rozini em 2013), Alguém tem que ficar no gol (finalista do Prêmio Jabuti em 2014), Vandré - O homem que disse não (finalista do Prêmio APCA em 2015), A Turma da Savassi, Cordel Camará e Condomínio solidão, (menção honrosa no Prêmio Cidade de Belo Horizonte em 2012).

Nos últimos quatro anos, o autor fez uma intensa pesquisa, reunindo letras inspiradas em BH, seus personagens, bairros, ruas, avenidas e praças. Reproduzindo trechos dessas letras e entrevistando compositores, intérpretes e pesquisadores, ele lança luzes sobre a história musical da cidade-berço do Clube da Esquina. Algumas das obras citadas estão numa playlist, disponível no QR Code indicado numa das orelhas do livro.

Em seu novo livro pela editora Miguilim, Jorge Fernando lembra que, entre as décadas de 1940 e 1960, a música local teve grande impulso com os programas de auditório das rádios Guarani e Inconfidência, além da programação da TV Itacolomi, inaugurada em 1955 pelos Diários Associados. Nessa época, surgiram na cidade nomes como Agnaldo Timóteo, Célio Balona, Clara Nunes, Jadir Ambrósio, Márcio Greyck, Marilton Borges, Martinha, Milton Nascimento, Nelson Ned e o grupo Titulares do Ritmo.

Desde as suas origens, Belo Horizonte sempre teve vocação musical. Seresteiros, bandas e pequenas orquestras surgiram na cidade antes mesmo da sua inauguração, em 1897. De lá para cá, a capital mineira inspirou dezenas de canções nos mais variados ritmos. Cerca de 200 delas foram resgatadas por Jorge Fernando dos Santos em seu novo livro, Belo Horizonte em letra e música.

Segundo o autor, a primeira música a homenagear BH foi o dobrado Bello Horizonte, composto por Júlio César do Nascimento em 1899. A cidade também emprestou seu nome a duas paródias de Noel Rosa e a dezenas de composições de vários autores, entre eles Américo Jacomino, César Camargo Mariano, Fernando Brant, Gervásio Horta, Godofredo Guedes, John McLaughlin, Pacífico Mascarenhas, Rômulo Paes, Tito Madi e Toninho Horta.

Jorge conta que a inspiração para o novo trabalho surgiu em 1997, quando produziu com a cantora Helena Penna o CD Beloriceia, reunindo músicas feitas em parceria com Angelo Pinho: “Foi a nossa homenagem ao centenário de BH, que foi citada em sete das 15 faixas do disco”, ressalta. “Escrevendo o roteiro para o show de lançamento, tive a ideia de um dia pesquisar as músicas inspiradas na cidade. Fiz isso durante a pandemia de Covid-19 e o resultado é este livro”. 

Depoimentos registrados no livro

Acir Antão, Affonsinho Heliodoro, Alexandre Salles, Augusto Carlos Duarte, Bárbara Barcellos, Bob Tostes, Cadinho Faria, Caio Junqueira Maciel, Carlos Didier, Carlos Felipe Horta, Celso Adolfo, Chico Amaral, Edeilton Santos, Edu Krieger, Geraldo Magnata, Gervásio Horta, Gilberto Mascarenhas, John Ulhoa, Jonas Cruz, Juarez Moreira, Ladston do Nascimento, Lagoinha, Lô Borges, Luiz Carlos Sá, Marcelo Dolabella, Marcelo Jiran, Marcello Dinis, Márcio Borges, Marina Machado, Matheus Ayram, Maurício Tizumba, MC Papo, Mestre Conga, Milton Nascimento, Murilo Antunes, Nelson Angelo, Neno Grande, Orlando Augusto, Pacífico Mascarenhas, Paulinho Pedra Azul, Podé Nastácia, Regina Souza, Roberto Mendonça, Roger Deff, Samuel Rosa, Serginho Beagá, Sérgio Moreira, Tavinho Moura, Tavito, Tião Vieira, Tino Gomes, Toninho Camargos, Toninho Horta, Valter Braga e Zebeto Corrêa.

 “Nada escapou ao escrutínio meticuloso e sensível do pesquisador competente, do jornalista experimentado e do escritor de texto fluido e elegante: Beagá aqui aparece ricamente retratada por compositores de todas as origens e formações, desde a sua fundação, em 1897, até a atualidade”.  (Rogério Faria Tavares, presidente da Academia Mineira de Letras) *assina a orelha

Belo Horizonte em letra e música é leitura obrigatória para quem tem afinidade com o passado e o presente da vida cultural em BH. O autor nos presenteia com uma leitura envolvente, apresentando a história das obras musicais que homenageiam a cidade e nos fazendo conhecê-la melhor, através de sua geografia, seus personagens e seus costumes.” (José Dias, presidente do conselho regional da Ordem dos Músicos do Brasil)

“Este livro é essencial para os que buscam a compreensão do fazer e do mover de uma cidade que encanta a todos por seu belo horizonte e traduz a alma de um povo acostumado às riquezas dos quintais, das serenatas e da vida simples”. (Geraldo Vianna, diretor administrativo da União Brasileira de Compositores)

TANGO Y OTRAS HERBAS

O argentino Demian Alimenti Bel traz para Belo Horizonte seu show com arranjos musicais próprios em um formato de voz e violão com músicas cantadas e instrumentais, e para isso, contará com a parceria de artistas locais convidados.

Músico e cantor, natural de Bahía Blanca (Argentina), vive na cidade de La Plata (Buenos Aires) onde se formou como compositor, arranjador e violonista na Facultad de Artes - Universidad Nacional de La Plata (FDA-UNLP), com importantes músicos argentinos da atmosfera do tango. Além do trabalho solo com voz e violão, Demian trabalha como músico e arranjador de tango no “Azotesis Tango” (trio de violão e voz) e no “Cadabón-Alimenti Bel” (duo de bandoneón e violão), grupos dos quais possuem álbuns lançados e apresentações musicais na Argentina e no exterior.

"Tango y otras yerbas” é uma proposta musical que cobre uma mistura de tango, canções tradicionais argentinas e músicas latino-americanas.

Ao cantar acompanhado por um bom vinho e em um ambiente á meia luz o tango se instaura, e o típico “tango porteño” se encontra com os ritmos latinos americanos nas músicas do folclore argentino (milongas, valses, zambas e chamamés) abrindo espaços para as vozes e ritmos latinos (boleros e músicas populares centro americanas).

17 de jul. de 2023

Lendas no tapete da Arena MRV



Fotos:. Márcia Francisco 


Um grande amigo atleticano, saudoso e querido de tantos brasileiros, um dia escreveu e cantou:  “Certas canções duram pouco, outras são eternas. Por que carros e aviões, se tens sonhos e pernas”?  Vander Lee, dedico esse dia histórico para o Clube Atlético Mineiro a você, que sei, ia curtir se o testemunhasse. O “Jogo das Lendas” inaugurou o “tapete” (como é denominado o gramado) da Arena MRV, nesse domingo, 16 de Julho. 

Protagonizado por ídolos de várias eras do Galo, o evento representou um teste para o estádio que nasce com a promessa de ser o mais tecnológico da América Latina e chega com o desafio de abrigar cerca de 46 mil pessoas. Hoje, recebeu 20 mil torcedores e admiradores do time mineiro. O local também sediará shows nacionais e internacionais. O primeiro deve ser de Jorge Mateus, no agendado para o dia 9 de setembro. 

Inaugurado! E ao lado das experiências iniciais referentes à biometria facial para acesso (testada hoje, pela imprensa), sistema wi-fi gratuito, caixas móveis e cartões recarregáveis para compra de alimentação, trânsito no entorno e controle de estacionamento - aspectos que parecem estar sendo, fortemente, monitorados para gerar soluções em tempo hábil do primeiro jogo, previsto para agosto -, a vitória maior fica para os “sonhos” de cada atleticano” e as “pernas” lendárias presentes e, isso, é imprescindível registrar. 

Quando em maio de 2021, Diego Tardelli se despediu dos campos, caminhando sozinho rumo a um dos gols de um Mineirão vazio, possivelmente não vislumbraria o momento de festa com a torcida, que viveria na Arena, dois anos depois. O artilheiro recebeu placa comemorativa de maior jogador do século, das mãos do presidente Sérgio Coelho e camisa com o número 112, alusiva à sua marca de gols pelo time alvinegro.

Teve foto histórica e foi Dadá Maravilha o escolhido para o pontapé inicial. Foi e fez, com toque maroto e sorriso no rosto, singular moldado pelo tempo de histórias incontáveis. Maravilha! 

O hino nacional interpretado na voz de Podé (que fez história com a Banda TiaNastácia), com Lelo Zanetti (Skank), no baixo; Didi Xavier, na guitarra e Alexandre Oliveira, na bateria, vibrou a veia mineira da nossa arte, em escolha muito boa, para a estreia da Arena. 

Nos jogos de hoje -  que duraram 25 minutos, cada -, o grito foi sempre Galo, nas rápidas sequências de gols. Nos três jogos se enfrentavam, as equipes de “Forte” – uniforme preto e “Vingador” – uniforme branco.  O segundo time, saiu invicto, celebrando as três vitórias. 

Deixando as narrativas complementares para os colegas especialistas nas coberturas esportivas e os estudos de aperfeiçoamento tecnológico e logístico a quem habilitado for, quero aprofundar-me na experiência das emoções, como disse, antes... Para cravá-las no coração alvinegro, com alma lavada.

Ao reverenciarmos um ícone do esporte, é útil lembrar que não estamos celebrando um ídolo do passado. O aplauso é para uma história de vida que, no caso do “elenco” escalado para as três partidas comemorativas e sequenciais, segue, no cotidiano de cada um que pisou naquele gramado, hoje. Ídolos são para sempre. As lendas vivas foram, neste dia, expressão dessa verdade.  E do firmamento, antes dos jogos, outros brilhos receberam a reverência simbólica em 1 minuto de silêncio. 

Ali na Arena, não havia rivalidades reais, o clima festivo estampado nos rostos dos jogadores, não deu importância a fatalidades, como o gol contra de Edgar. O direito adquirido dos aplausos, se expressou nas torcidas. Quarenta anos depois, poucos metros me separaram da finda espera de ver meu ídolo esportivo de adolescência, em campo: fora das telas. Já encontrei Éder Aleixo várias vezes, por aí. Mas, em campo, não. Vários lances e até o pênalti perdido foram registrados por mim. E, vi: “foi gol”: na memória do tempo. A assinatura da TV veio, hoje, para minha camisa.  Éder Aleixo, segue gigante e notável, aplaudido e tem minha reverência. E a honra de cada torcedor que ali esteve, se ergue ao infinito, pela contemporaneidade de tantos mestres.  

Quero fechar essa resenha com a visão inicial: a entrada dos jogadores. Cenas vibrantes, dignas de muito respeito. Um a um, passavam... em todos, algo em comum. Olhos brilhando, alguns marejados. Atentos aos passos, às arquibancadas, aos fogos e holofotes. No tapete, fulguravam duas cores e um só time. Um panteão, gerações de craques, todos do mesmo tamanho: gigantes.  Gentis, cedendo, entre si, vez e glórias, em elogios mútuos. Abraços. Mais abraços. Fotos, autógrafos, fãs de várias idades. Crianças correndo pelo gramado, fazendo pensar nos que ainda vêm. 

Ficarão em nossas memórias e corações: os abraços, os olhos nos olhos, as expressões de gratidão entre jogadores e equipe técnica. Encontros notáveis, aparentemente, inusitados. Talvez, tão previstos, num universo superior em celebração.  

Reinaldo, Ronaldinho, Tardelli, juntos... e a bola da gentileza rolou nos diálogos e sorrisos. E risos. 

Ali, estava Ubaldo Miranda, artilheiro da década de 50! Paulo Isidoro, Toninho Cerezo, Buião... Luan... Tucho, Valdir Todynho, Careca, Mancini...Teve Guilherme, sim! E gols dele, também. João Leite, São Vitor... e tanto mais. Levir Culpi, Marcelo Oliveira. Teve Belmiro e Galo Doido. Teve bom. Nutrição para enfrentarmos muitos varais e tempestades, e seguirmos “torcendo contra o vento” como, sabia e ‘atleticamente’, bem descreveu o eterno  Roberto Drummond, acerca da resiliência do seu (do nosso) time.

Após o jogo, o cantor Péricles entregou um show honesto que fez a massa permanecer na casa e cantar junto, em muitas canções.  

A Arena MRV já é a casa do Galo. Mas, esses ícones têm morada em muitos corações. Toda a torcida sabe, bem, a extensão desses quintais. 

Márcia Francisco, jornalista e escritora 




14 de jul. de 2023

28ª Casa Cor Minas começa dia 15


foto: Daniel Mansur 

Belo Horizonte recebe, entre os dias 15 de julho e 03 de setembro, a 28ª edição da CASACOR Minas. Considerado o maior evento do setor de arquitetura, design de interiores e paisagismo do estado, a mostra, sob a direção de Eduardo Faleiro e Juliana Grillo, irá apresentar ao público 50 ambientes, assinados por 53 profissionais de destaque do segmento, além de 2 instalações. “A CASACOR é atualmente o palco mais importante para lançamento de produtos, serviços e novidades do segmento. A mostra movimenta a economia do estado, está vinculada à grandes empresas, gera emprego e renda, além de integrar o calendário cultural da capital mineira uma vez que acontece de forma ininterrupta há 28 anos. Os números comprovam o sucesso e a força da marca, que é referência em toda as Américas”, destaca a diretora Juliana Grillo.

Um dos grandes atrativos deste ano está na mudança do local da mostra. O endereço escolhido é um complexo formado por 3 casas das décadas de 1930 e 1940 e parte de um edifício contemporâneo que está sendo erguido no local, viabilizado por meio de uma parceria entre F2 Incorporadora e Construtora e a Arthros Incorporadora. O projeto da construção é assinado pelo arquiteto José Eduardo Ferolla, o homenageado desta edição. Falecido no último mês de abril, Ferolla viveu parte de sua vida no casarão principal, construído pelos seus pais para ser a morada oficial da família. Enquanto aguardavam a conclusão da construção da Casa Ferolla, que levou alguns anos, a família passou uma temporada na charmosa Casa Hera, que também foi anexada ao complexo da mostra. O casarão principal mistura o estilo Art Déco e possui referências claras à arquitetura neocolonial hispano-americana. Outro ponto de destaque desta edição está no retorno da CASACOR Minas a um imóvel com foco residencial. A última edição em uma casa real foi realizada em 2016, na Pampulha, celebrando o título conquistado pelo Conjunto Moderno da Pampulha de Patrimônio Mundial da Humanidade. E por fim, a CASACOR Minas escolhe se fixar num dos bairros mais charmosos da capital mineira. De uso misto, mas mantendo a tradição residencial, o Santo Antônio é um bairro que concentra características históricas e contemporâneas que convivem de forma muito harmônica e respeitosa, comprovando que o diálogo da tradição e modernidade deve fazer parte do cotidiano das cidades.

 

O tema escolhido para o ano é Corpo e Morada” - responsável por conduzir o elenco na criação de todos os ambientes. A proposta é mergulhar nas múltiplas possibilidades de interpretação de como a casa é uma extensão do nosso corpo, e vice-versa. O processo criativo baseou-se em quatro macro pilares: a casa como um lugar de subjetividade; a casa como um lugar maternal; a casa como um lugar de permanência e a casa como um lugar de conhecimento. A partir desses pilares, foram idealizadas duas premissas para viver a casa: tratar a si mesmo como se trata a casa e tratar a casa como se trata o próprio corpo. Corpo & Morada’ foi pensado como uma combinação fluida da estrutura arquitetônica com a estrutura corporal. 


A CASACOR Minas oferecerá uma programação extensa e variada ao longo do evento, que inclui ações nas áreas de Gastronomia, Cultura, Moda, Entretenimento e Conteúdo. 

 
A 28ª CASACOR Minas Gerais será realizada entre os dias 15 de julho e 03 de setembro. A Casa Ferolla fica na Rua São Domingos do Prata, 631, no Santo Antônio - Belo Horizonte.

 

A CASACOR Minas Gerais conta com o patrocínio master da Deca. Os fornecedores oficiais desta edição são Coral Tintas, Audi, Divinal e Detronic. O parceiro local de sustentabilidade é a Optpower. 

Entre os patrocínios locais, estão: Ooh Brasil, Gasmig, ArcelorMittal, F2 Construtora e Arthros Incorporadora.  A mostra ainda conta com o apoio da Portinari, Sebrae, Mall Midia e da Guararapes. 


Saiba tudo sobre os destaques dessa edição em:

SITE: www.casacor.com

FACEBOOK: www.facebook.com/casacorminas

INSTAGRAM: @casacorminas


11 de jul. de 2023

MODERNOS ETERNOS BH É PRORROGADA

 

 
FOTO:  GUSTAVO XAVIER

O encerramento da 8ª edição da Modernos Eternos BH foi postergado para o dia 16 de julho, proporcionando mais uma semana de entretenimento para os visitantes que quiserem retornar e para os que não tiveram oportunidade de ir conferir as atrações da mostra. Além dos 31 ambientes decorados por talentosos profissionais mineiros da decoração e da arquitetura, o restaurante Nau Eterna, assinado pelo chef Leo Paixão, e o bar Mediterrâneo, no aprazível pátio interno do prédio, com música ambiente, também continuam operando por mais uma semana.

A programação na Casa Fiat de Cultura e no museu MM Gerdau também continuam abertas à visitação gratuita do público.

A Modernos Eternos

A 8ª edição da Modernos Eternos BH abraça o Circuito Liberdade e leva uma programação inédita para o emblemático Prédio Verde da Praça da Liberdade, o Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau) e a Casa Fiat de Cultura. Nas futuras instalações do Centro do Patrimônio Cultural Cemig, o público poderá conferir por mais uma semana os 31 ambientes, criados por 38 profissionais, com mais de 90 parceiros, que apresentam o talento mineiro de grandes nomes da decoração e da arquitetura. Pelo 6º ano consecutivo, o Chef Leonardo Paixão é o responsável pela gastronomia da mostra, presente em dois ambientes: bar e restaurante.

Esta é a primeira vez que o complexo cultural da Praça da Liberdade recebe um evento deste porte, reunindo arquitetura, arte, cultura, design, entretenimento e gastronomia. A Modernos Eternos BH conta com o apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e do Circuito Liberdade e tem o patrocínio da Gerdau e Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

 

Restaurante Nau Eterna

O cardápio idealizado pelo Chef Leo Paixão é uma fusão Minas/Portugal. Com funcionamento de terça a sexta a partir das 15h, e nos sábados e domingos a partir das 12h, o restaurante tem menu variado e muitas opções de petiscos e prato principal, com preços variando entre R$ 42 e R$ 125, além de sobremesas, café, coquetéis, vinhos Liber Wines, vodka Absolut., gin Beefeater, whisky Jameson e cervejas da AMACERVA (Uaimii, Kud, São Sebastião, Caraça, Sanatorium, Vinil e Albanos). A disponibilidade de mesa é por ordem de chegada.

Para petiscar, Bolinho de bacalhau; Coxinha de galinha, molho de tucupi e pimenta cumari; Torresmo de barriga com missô e melado; Vinagrete de polvo com pimenta de cheiro; Pastel de angu com queijo e molho de gengibre; Bolinho de feijoada e gel de laranja; Punhetas de bacalhau com broa de milho; Pasteis assados de alheira defumada e molho agridoce especial; e Cataplana de camarões e lulas com batatinhas. Para o principal, Arroz de pato com tucupi; Porco moura grelhado, nhoque de mandioca, molho de laranja e especiarias; Palmito, óleo de gergelim, creme de castanha de caju defumada e azeitonas pretas; Bacalhau espiritual gratinado com farofa de broa com alho; Bacalhau à Brás com mandioca palha, azeitonas pretas e pétalas de cebola; Camarões à bulhão pato com caldo verde; e Polvo lagareiro com batatas ao murro, brócolis e vinagrete de tomate. Para sobremesa, as delícias da Mole Antonelliana: Tartelete de limão com sorbet de limão e manjericão; Tartelete de pistache com sorvete de creme de ovos; e Torta de chocolate com sorbet de morango.

 

Bar Mediterrâneo

Com cardápio variado de drinks e cervejas, o bar foi montado no pátio interno do Prédio Verde e tem o clima perfeito para a celebração de momentos únicos dentro da mostra com música boa, comida boa, um cafezinho, bons drinks com preço único de R$ 39 (Gin & Tonic, Gin Ecológico, Penicillin, Negroni, Jamesson Sour, Dry Martini, Jamelão, Moscow Mule, Bloody Mary e Cosmopolitan), cervejas da AMACERVA (Uaimii, Kud, São Sebastião, Caraça, Sanatorium, Vinil e Albanos), vinhos Liber Wines, vodka Absolut., gin Beefeater e whisky Jameson.

No centro da arquitetura icônica do prédio verde, referências ao calor e o frescor do mar da região, em cores como areia, verde e terracota presentes na montagem do espaço. Peças de ferro forjado, aquarelas, elementos naturais e jardineiras.

Na entrada do átrio, uma alameda de oliveiras cria a passagem de destaque ao protagonismo do bar, feito de travertino bruto e pontas irregulares. De um lado das oliveiras, mesas de azulejo aquarelado homenageando a arquitetura de BH, e do outro, lounges despojados para curtir as atrações musicais. 

MODERNOS ETERNOS BH 2023 

Data: até 16/07 de julho (terça a sexta: 14h às 22h, sábado: 10h às 22h, domingo: 10h às 19h).

Local: Praça da Liberdade, 470 | Circuito Liberdade – Prédio Verde | Sede IEPHA MG

Ingressos e mais informações: linktr.ee/modernoseternosbh

Valores ingressos:  Inteira: R$80 | Meia entrada: R$40

Instagram: @modernoseternosbh

Site: modernoseternosbh.com 

Acesso ao evento: recomendamos uso de táxi ou aplicativos

Estacionamento conveniado: Parkshop – R. da Bahia, 1900 | R$20 - solicite o voucher na bilheteria.

A ARTE DE TINO GOMES NO JARDIM MUSICAL


 


O Jardim Musical recebe o músico, compositor e ator, Tino Gomes. Este multiartista e aclamado embaixador da Cultura do Norte de Minas, que celebra 50 anos de careira, realiza um show intimista de voz e violão.  Será um passeio pelos seus 17 discos e muitos “causos” especiais.   Sua história passa pelo Teatro, Rádio, Cinema e TV, com novelas e tanto mais.  Em seus discos ou dividindo palcos, Tino já teve como parceiros, Ivan Lins, Flávio Venturini, Nivaldo Ornelas, Elza Soares, Gorete Milagres, Beto Guedes, Milton Nascimento, Marcus Viana e Jackson Antunes, entre outros.

 O show  será no dia   20 de julho, quinta-feira, às 20h, na Casa Belloni (Av. João Pinheiro, 287 - BH - MG).

O evento realizado pela Casa Belloni (de Íris Perigolo e Bárbara Belloni) e Márcia Francisco, com curadoria e produção da jornalista, terá o Jardim é aberto a partir das 19h. Show com início às 20h e término às 22h.  O bistrô estará em funcionamento. 

Os ingressos: R$60,00 (sessenta reais), para o evento já estão à venda pelo Sympla:

https://www.sympla.com.br/tino-gomes---jardim-musical---casa-belloni__2064953

 

TINO GOMES – QUANDO O REGIONAL SE TORNA UNIVERSAL

Falar de Tino Gomes é falar de um universo de talento e criatividade. Multiartista que é, fica impossível rotulá-lo e colocá-lo em um único lugar.

Para descrever tanto talento, expressado de diversas formas, em 50 anos de carreira, o único jeito é falando das suas atividades em separado, já deixando claro que, na prática, tudo sempre aconteceu simultaneamente na carreira deste mineiro que adotou, como lema, a frase "Sou mineiro e falo um tal de Minerês”.

 

Música x Teatro

Desde criança, Tino já tocava violão. Dos 10 aos 16 anos, quando foi seminarista, cantava no coro e, no teatro no seminário, atuava em dramas e comédias. Nessa época, viajava de trem com a Companhia apresentando as peças, nos cinemas das cidades do sertão do Norte de Minas.

 

Após 6 anos, desistiu da carreira de seminarista e, em Montes Claros, sua terra natal, ainda adolescente, montou sua primeira banda de rock, “The Wilds”, onde se apresentava em bailes da cidade.

 

Sua história musical profissional deu seus primeiros passos em 1972, a partir dos palcos da peça "Morte e Vida Severina", em São Paulo, quando, então, junto com mais três atores (Charles Boavista, Angela Linhares e Eliane Steves) fundou o “Grupo Raízes”, cuja proposta era fortalecer a música regional do Brasil. O primeiro disco do grupo tinha como carro chefe a música "Desentoado" ("...eu sou fruta do norte, no curral sou boi de corte; sou água de enxurrada, pau preto no pé da serra...") de autoria de Tino Gomes e Charles Boavista, sendo tocada em todo o território nacional. Essa era a época efervescente da música regional brasileira, quando então surgiram vários grupos conhecidos, tais como Quinteto Violado, Banda de Pau e Corda, Quinteto Armorial, Novos Baianos e outros.

 

Em 1975, de volta a Montes Claros, Tino Gomes retornou ao Grupo Folclórico Banzé. Atuando como músico e dançarino, participou de vários festivais, nacionais e internacionais, representando a cultura e a tradição do norte de Minas. Em 1978, formou o grupo “Terno de São Benedito” e gravou seu primeiro disco solo "Saudação", que teve como produtor e diretor musical o cantor e compositor Ivan Lins.

 

A partir daí, foram dezessete discos gravados e mais de quinhentos jingles e trilhas para comerciais. Em discos e dividindo palcos, Tino Gomes já teve, como parceiros, Ivan Lins, Flávio Venturini, Nivaldo Ornelas, Elza Soares, Gorete Milagres, Beto Guedes, Milton Nascimento, Marcus Viana, Jackson Antunes e outros.

 

Durante todos esses anos, a carreira de ator não ficou para trás. No cinema, trabalhou em vários filmes, entre eles o premiado filme de Carlos Alberto Prates “Minas Texas”, ao lado de Andréa Beltrão, José Dumont e Tony Ramos e remake “Meu Pé de Laranja Lima”, do diretor Marcus Bernstein. Também contracenou com o ator João Miguel no filme “Matraga - A hora e vez de Augusto Matraga”, do diretor Vinícius Coimbra.

 

Na televisão, foi apresentador de dois programas em BH: o irreverente “Brechó do Troca-Troca” e o “Programa Clandestino”. Também participou das novelas globais “Caminho das Índias”, “Malhação”, “Orgulho e Paixão” e da minissérie “A Cura”.

Em 2009 esteve em cartaz no Teatro Clara Nunes/RJ, com o musical “Um lugar chamado recanto”, de Fred Mayrink. Atuando ao lado de Nivea Stelmann, Cláudio Galvan e Ronnie Marruda, Tino foi, também, o responsável pela preparação musical de percussão dos atores.

Sua discografia (17 álbuns) celebra, agora, recém-lançado “Catrumano” (2023), que chega aos 50 anos de carreira do artista.

 

 

Público Infantil

Seu primeiro contato com as crianças foi ainda em São Paulo, em 1972, quando trabalhou como ator em peças infantis, como “O Palhaço Imaginador” de Ronaldo Ciambroni, no teatro Treze de Maio.

De volta a Montes Claros, Tino Gomes lecionou no Conservatório Lorenzo Fernandes, ministrando aulas de violão, musicalização e prática de conjunto para crianças.

Já morando em Belo Horizonte, a convite da Editora Lê, Tino escreveu “Festança”, seu primeiro livro infantil, ilustrado por Denise Rochael. “Festança” é uma colcha de retalhos de estórias infantis vividas no Norte de Minas. Para divulgação do livro, musicou algumas estórias e, juntamente com a equipe da Editôra Lê, se apresentou em escolas da capital e do interior de Minas, contando e cantando essas estórias para as crianças.

Com o sucesso do livro, Tino escreveu “A Magia do Signo”, também com desenhos de Denise Rochael. Um livro cheio de humor, onde brinca com as datas e os signos do zodíaco.

Dois anos mais tarde escreveu o livro, “O Menino e o Tempo”, desta vez, para a Editora do Brasil, com ilustrações de Marilda Castanho. O livro conta a história de um menino que passa a vida procurando saber o que há atrás de uma montanha onde nasce o sol. De tão preocupado com este fato, não percebe que sua vida passou rápido e já está velho.

Tino Gomes, então, escreveu “Camundongo’s Rap”, com ilustrações de Denise Rochael. Livro alegre, conta a estória de um ratinho cantador de hip hop que, junto com sua turma de amigos, vive provocando um gato. Este livro teve várias edições e, em 2011, o texto foi adotado pela FTD, integrando seus livros didáticos.

“O universo lúdico da criança me fascina. Sempre tive muita facilidade em lidar com crianças e, escrever para elas, é um presente para mim. Uma verdadeira válvula de escape no meio da seriedade do dia-a-dia”, diz Tino.

Seu próximo trabalho, em andamento, é o livro “Grupo Raízes, uma História Novelesca” onde revisita toda a trajetória desse grupo super importante na cena musical brasileira nos anos 70. Nos projetos futuros também está a produção de um Documentário, registrando toda sua trajetória artística pelas estradas de Minas e do Brasil. Um talento que despontou ainda criança e que continua a se recriar constantemente, a buscar novos caminhos e, principalmente, a aprender com os jovens. “Essa moçada está por aí fazendo coisas bacanas e eu tenho muito a ensinar e a aprender com eles”.

 

O Projeto Jardim Musical teve estreia memorável e promissora. Com número limitado de lugares, esgotados em poucos dias, a edição recebeu a música de Clóvis Aguiar e Célio Balona. O mesmo aconteceu as edições que receberam  Amaranto e Tabajara Belo, no show “Vinícius”, Tadeu Franco e Duo Serenata..  A constatação foi de uma experiência singular, na capital mineira: um espaço onde as pessoas já compreenderam o diferencial de viver instantes especiais em audição e escuta ativa de boa música, em experiência sensorial, para aguçar os sentidos, curtindo autores e interpretes qualitativos, com a possibilidade de apreciar boa gastronomia e conexões refinadas, em ambiente intimista e sofisticado.