O
músico Marco Aur convida
toda criançada para conhecer “No maior pique”. Com entrada franca, um pocket show do CD homônimo que acontece
no dia 9 de novembro, sábado, às 16h, na
FNAC BH Shopping. O álbum é marcado por ritmos brasileiros como o baião de
Luiz Gonzaga, rockabilly sessentinha de Elvis Presley e Beatles. Canções que
fazem doer o coração adulto e tocam profundo nas grandes questões infantis,
com personalidade, muita alegria e alto astral. O CD traz participação especial
de Chico Lobo, Luciana Pires e Renato Boechat. No show, participação especial da cantora Laura Souza e Ester Antunes. Informações adicionais: (31) 3878
2000.
Com
participações especiais do violeiro Chico Lobo e da cantora Luciana Pires, o CD
Nos três dias de show de lançamento do CD, o público teve que correr para
garantir os ingressos, pois "no maior pique" os shows lotaram o Teatro de
Bolso do Sesc Palladium, revelando a força e qualidade do primeiro trabalho do
artista, que sai pela gravadora Kuarup.
O
DISCO:
Fruto
de suas experiências como educador, suas viagens e suas inquietações pedagógicas
e musicais, o projeto do cantor brinca e explora de maneira divertida,
diversificada e lúdica com um universo infantil tão amplo trazendo uma mistura
de gêneros musicais pouco explorados por profissionais ligados ao mercado
voltado para as crianças. Longe de ser um repertório popular, o disco traz um
caldeirão de ritmos combinados a experiências e histórias de aventuras vividas
por alunos em sala de aula. O disco abre com Pé de Moleque, rockabilly com
reminiscências vocais a Elvis Presley e bateria que lembra o ex-Beatle Ringo
Star em inicio de carreira. A canção rock nos chama para as pistas de dança e
anuncia o que vem por aí: música para curtir de montão, música que gruda na
gente, música que transpõe a novos mundos. Em seguida aparece a canção Música na
Cabeça, comentando o fenômeno da memória involuntária, muito típico das melodias
populares. É um chorinho, com direito a pandeiro, clarineta e violão, apitos e
até buzina de bicicleta. Tudo isso pra exorcizar o incômodo das canções que
insistem em povoar nossa cabeça. Meu Dodói, terceira melodia do disco é hit. Não
é possível passar ileso por este samba, sem um tropico, sem um arranhão. “Eu amo
o meu dodói, ele é tudo pra mim”. Tanta importância assim tem muitos
significados: como é duro machucar, como doeu, como eu preciso de carinho, mas
também, que aventura eu passei, como eu sou forte e corajoso! É uma música cheia
de ironia e humor. Alfafa, quarta canção do CD é um baião rasgado, reverenciando
Luiz Gonzaga logo de cara. Sanfona, triângulo, violões e vozes. O som do sertão
está no ar e nos convida para um rastapé. Bruna, faixa cinco do trabalho não
espera. Se enfeita, se emboneca, se refestela. E vai ser de todas as bruxas, a
feia mais bela. Vibrafone, bateria, concertina e risadas horripilantes, loops
ácidos de Reason e cordas: um feitiço muito moderno de instrumentos e sons. Se
Você Quiser, a sexta canção entra e vai direto ao coração. Pai, mãe, menino e
menina. Deveria ser, mas não é normal o pai pedir para brincar com o filho. A
composição transforma sonho em atitude, muitas possibilidades, uma afeição
concreta. Quem sabe é a criança que ensina e nos deixa entrar no seu mundo.
Lembrando o grupo Uakti, um xilofone introduz a música, ritmando com as cordas
do aço do violão e com o pandeiro. A clarineta, o baixo fretless e ao final uma
irrupção de sons de djembes e guisos não assustam, a música excede. O Tubarão do
Maurilo, faixa sete, é um haikai extraído do livro Rimarinhas de Maurilo
Andreas. Não era para ser música porque a letra pequena desenvolve pouco, mas
ela tem fôlego de bicho grande e muitos ruídos aquáticos que chamam a atenção.
Clima de suspense e participação de Renato Braga narrando uma bela caçada. A
seresteira Oh Mamãe é música de admiração e estima. Canção para se cantar alto
com o coração pleno. A oitava canção do CD conta com a participação da cantora
paulista Luciana Pires. Me Abraça, faixa nove,
não era música, era um relato de experiência em sala de aula. Foi um
fato. Triste, pois a criança sofrida não era capaz de um abraço, feliz, pois as
aulas de música e a presença afetuosa de adultos fazem a diferença. Virou
canção, pois as palavras foram ineficientes e pediram socorro. Novamente a
música diz coisas indizíveis. A viola de repente nordestino introduz Bananeira,
a faixa dez do CD. Executada pelo músico violeiro Chico Lobo, ela traz um
ponteado típico do sertão que climatiza a música. Escala modal, triângulo,
efeitos, violão seco e agudo e ao final, pífanos para novamente voltar à viola
dinâmica nordestina. Suspensão, terra, sol e a infância plena. Você Sabe Me
Dizer, última canção do álbum, foi criada em momento divertido, sobre uma cama,
de barriga para ar e muita vontade de brincar com os significados das palavras.
A base rítmica feita com percussão corporal e beatbox foi criada naquele
momento. Depois vieram o copo, os sacos, o pirex, o “lata drum” e outras
pirações. O disco termina com a participação de Renato Boechat nos vocais.
Trata-se
de uma produção imprescindível ao universo infantil.
Mais?
www.marcoaur.com.br
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