11 de set. de 2025

Quemesse da Mary - edição fora da caixa












 A Quermesse da Mary edição setembro, tem foco na autoria, especificamente na moda, já que apresentaremos um número de estilistas maior do que em outras edições.

  A moda autoral refere-se a criações únicas, nascidas da visão individual de um designer ou marca, que expressam um ponto de vista reconhecível, quase como uma assinatura, segundo o site Fashion for World.  Ela carrega identidade, pesquisa e experimentação - seja no uso de técnicas têxteis, design de superfície, modelagens ou materiais inovadores. Ciente de que todos os que aqui se apresentam são autores do que fazem, o que fiz como curadora do evento, além do foco na moda autoral, foi escolher marcas com propósitos e ideias “fora da caixinha”.

 Esta edição vem de encontro a um momento crítico da moda em que montanhas de roupas são descartadas no mundo, produzidas em massa pelas grandes cadeias do fast fashion, vendidas a preços baixos, feitas por mão de obra escrava.

Temos novos criadores preocupados com toda a cadeia produtiva, artistas conscientes que produzem em pequena escala, os que reusam tecidos ou madeiras que seriam descartadas, os que praticam o upcycling, (reaproveitamento de materiais já existentes), o zero waste (desperdício zero), compram de bancas ou lojas que revendem tecidos com poucas metragens. E, só poderiam criar com este conteúdo, o diferente, o exclusivo, o único. Estes novos talentos, deixam de lado a condição de colonizados, seguidores de tendências internacionais, lançamentos com datas impostas pelo mercado e se arriscam a inovar, a fazer o desigual. Frequentemente, suas coleções dialogam com histórias locais, artesanato, memória e contextos sociais.

Segundo Gabriela Penna, professora e doutora em artes e cultura visual pelo Senac São Paulo, uma marca ou estilista é considerado autoral quando cada coleção carrega narrativa própria, combinando história, valores e estética, mantendo uma identidade visual consistente.

 E são estes criadores que estarão presentes nesta próxima edição, sejam eles da moda ou de outro campo de criação, como Ida Feldman que faz uso de azulejos antigos e pratos comprados em antiquários para escrever, com ironia, suas frases. Gabriella Santos que dobra micro retalhos de papel para criar suas joias. Garíglio, que de um cabo de garfo em marfim, cria pingente de colar. Petiá que com descarte de retalhos de madeira, cria suas bio joias.

Muitos deles ainda não são conhecidos no mercado, por isto um evento como este se faz necessário.

Quermesse da Mary

Dias 12,13 e 14 de setembro de 2025

Dias 12 e 13, sexta e sábado, das 10h às 19 h

Dia 14, domingo, das 10h às 17h

Rua Ivaí 25, Serra, Beagá

 

 


NEY MATOGROSSO: "BLOCO NA RUA" EM BH











Foto: Marcos Hermes

Após sua estreia na cidade do Rio de Janeiro em 11 de Janeiro de 2019, a  turnê foi interrompida em 2020 devido à pandemia do COVID-19. Com o sucesso absoluto da crítica e do público desde a estreia da turnê “Bloco na Rua” e as constantes solicitações dos fãs pela turnê, o artista retomou a estrada levando seu “Bloco na Rua” para várias cidades no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Inglaterra e Portugal), lotando plateias em todos os teatros e casas de espetáculo por onde passam. 

Em Belo Horizonte,  Ney se apresentará no BeFly Hall, nesta sexta-feira, dia 12, às 21 horas, e na sessão extra no domingo,  dia 14, às 19 horas, na mesma casa.

Aos 83 anos, Ney não para. O repertório foi selecionado enquanto Ney excursionou com o show anterior “Atento aos Sinais” e o seu critério não foi o ineditismo: “Não é um show de sucessos meus, mas quis abrir mais para o meu repertório. Dessa vez eu misturei coisas que já gravei com repertório de outras pessoas”, pontua Ney.

set list revela a diversidade do repertório: “Eu quero é botar meu bloco na rua” (Sergio Sampaio), de onde saiu o título da turnê, “A Maçã” (Raul Seixas), “Jardins da Babilônia (Rita Lee / Lee Marcucci)", “O Beco”, gravada por Ney nos final dos anos 80 (Herbert Vianna/Bi Ribeiro) e "Sangue Latino (Paulo Mendonça / João Ricardo)", do primeiro álbum dos Secos e Molhados, de 1973, são algumas das músicas escolhidas por Ney.

Duas canções foram pinçadas do compacto duplo Ney Matogrosso e Fagner, lançado em 1975: “Postal de Amor”(Fagner/Fausto Nilo/Ricardo Bezerra) e "Ponta do Lápis” (Clodô/Rodger Rogerio). Outro clássico que Ney nunca havia cantado, “Como 2 e 2” (Caetano Veloso) também está no roteiro.

O figurino, sempre aguardado com expectativa em se tratando de um show de Ney Matogrosso, foi criado sob medida pelo estilista Marcos Paulo. Batman Zavarese assina o cenário, video grafismo por Eduardo Souza e videos adicionais de Luiz Stein. Arthur Farinon e  Juarez Farinon assinam a luz do espetáculo, com supervisão de Ney. 

A banda afiada é a mesma que o acompanhou em sua turnê anterior, reunindo Sacha Amback (direção musical e teclados), Marcos Suzano  (bateria e percussão), Felipe Roseano (percussão), Dunga (contrabaixo e vocal), Mauricio Almeida (guitarra e vocal), Aquiles Moraes(trompete e flugelhorn) e Everson Moraes (trombone).