Programa cultural reestreia em novo dia e horário, nesta quinta-feira (22), às 19 horas, no Teatro da Assembleia.
“Será uma confraternização musical e emocional”. Quem anuncia é o cantor, instrumentista e compositor Paulinho Pedra Azul, que inaugura atemporada de 2018 do Programa Zás, nesta quinta-feira (22/3/18), às 19 horas, no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A classificação é livre, e a entrada, gratuita.
O espetáculo integra as comemorações de 35 anos de carreira do artista, iniciadas em 2016 com o lançamento de uma coletânea. Em entrevista à TV Assembleia, Paulinho Pedra Azul conta que o volume II desse compilado de obras está em fase final de produção. Nesse período, ele lançou 26 discos, compôs com 135 parceiros e publicou 17 livros de poesia.
O repertório do show certamente terá os grandes sucessos do músico, como “Jardim da fantasia”, mais conhecida como “Bem te vi”, “Ave cantadeira”, “Voarás”, “Cortina de ferro”, “Cantar” e “Jequitinhonha”. Mas ele avisa que o repertório será construído a partir das reações do público e até de eventuais pedidos da plateia.
Descontraído, o artista conta que o “Bem te vi” de “Jardim da Fantasia” não se refere ao pássaro, mas ao ato de ver bem. Mas esse grande sucesso parece estar, para sempre, associado à ave.
Há também, segundo ele, uma “lenda” de que “Jardim da Fantasia” foi feita para um amor que morreu. Mas não: ela foi composta para uma namorada que ficou para trás quando Paulinho se mudou para Vitória (ES), por volta dos 19 anos de idade.
O artista fala, ainda, da atualidade da música “Cortina de Ferro”, que ele compôs aos 17 anos. Também integram a apresentação alguns causos de Pedra Azul (Vale do Jequitinhonha), terra natal de Paulinho e que virou seu sobrenome. “É a cidade mais linda do mundo, depois de Amsterdam, Paris e Berna”, brinca.
Artista precoce e cheio de novos projetos
Desde criança, nos primeiros anos de estudo, Paulinho esteve ligado às artes. O talento precoce para o desenho e a pintura, o gosto pelo canto e pelo teatro acabaram por levar à formação de uma banda, já no ginásio. “Com a The Giants, comecei a perceber que a música faria parte da minha vida”, relembra. E o outro sonho, o da arquitetura, ficou para trás.
A estreia profissional veio por acaso, quando morava em Vitória. Era uma festa de debutantes em Nova Venécia, também no Espírito Santo, e a cantora adoeceu. Com uma banda formada pelos colegas do pensionato, Paulinho a substituiu. “Eu já tinha várias músicas, inclusive ‘Jardim da Fantasia’, mas achava tudo pequeno para o universo musical da época”, lembra.
Trinta anos depois, ele e os mesmos amigos voltaram à cidade para tocar na festa das filhas daquelas debutantes. Mas o filho famoso de Pedra Azul não vive apenas do passado. Além das coletâneas dos 35 anos de carreira, ele já prepara novo CD com músicas inéditas para 2019.
Também no mundo das ideias está um box com dois livros de poesia, sendo 500 já lançadas e 500 inéditas. Por trás de tanta energia criativa está o apoio da família e um conselho do pai lá atrás, antes do começo de tudo. “Realize seus sonhos e seja fiel e honesto no que você faz”.
Assembleia Cultural – O Zás oferece espetáculos de música, teatro, dança, entre outras manifestações artísticas, agora em novo dia e horário: às quintas-feiras, às 19 horas, no Teatro da Assembleia (Rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho, em Belo Horizonte).
A iniciativa integra o Assembleia Cultural, programa que marca a atuação do Parlamento mineiro na promoção das expressões artísticas e no reconhecimento e na valorização da cultura regional.
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