10 de nov. de 2023

Wagner Cosse - Abissal


Já estão à venda os ingressos para o show de lançamento do álbum “Abissal”, do cantor e compositor Wagner Cosse.  O evento, que acontece 12 de novembro, domingo, às 19h, no Teatro Santo Agostinho (Rua Aimorés, 2679 - Santo Agostinho – BH/MG), integra a programação oficial de 25 anos do Teatro Santo Agostinho BH.

 

"Abissal" traz 13 canções autorais – nove delas, compostas durante a experiência de Wagner Cosse pelo Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, quando percorreu mais de 1.000 quilômetros em 37 dias, nos meses de em junho e julho de 2019. Apesar da vasta trajetória artística, que inclui discografia respeitável, esse é o primeiro disco autoral deste artista.  O disco tem direção musical e arranjos de Rogério Delayon, também responsável pela mixagem e masterização.

 

As músicas, que integram álbum e espetáculo, abordam uma multiplicidade de temas que são caros ao artista, como o autoconhecimento, o amor, a generosidade, a amizade, a liberdade, o respeito, a justiça, a coragem, a sabedoria popular, as desigualdades socioeconômicas, os muros que dividem o mundo e a utopia fundamentada na possibilidade de se construir uma sociedade harmônica, fraterna, saudável e feliz.

 

Com direção musical do violonista Daniel Rodrigues e participação de um quarteto   instrumental formado por Daniel Rodrigues – violão, Nikolas Yuri – piano, Thiago Hamsik. – baixo e Rafael Pereira - percussão, o show do dia 12 tem classificação livre. Na apresentação ao vivo, serão exibidas algumas das imagens registradas por Wagner Cosse, ao longo da trilha.

 

Os ingressos (R$40,00 – inteira/ R$20,00 – meia entrada) podem ser adquiridos pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/tw

Para melhor experiência do público, dez músicas do novo disco já estão disponíveis nas principais plataformas digitais.

Clipes de algumas das obras estão no canal www.youtube.com/c/WagnerCosse

 

“A voz de Wagner Cosse parece a voz da natureza primordial, essencial, sagrada... a voz da verdadeira plenitude que reside em cada ser! Composições belíssimas, arranjos excelentes, danças e gestuais envolventes, a alegria de corpos que expressam lindeza e liberdade, em repouso e em movimento... Toda essa harmonia em vídeos sublimes, roteiros irretocáveis e fotografia deslumbrante, assinados por Thelmo Lins. Gratidão sincera e infinita a vocês por este presente à humanidade! Senti uma poderosa energia de cura, a partir de toda essa profusão de beleza que emana do seu trabalho”. (Adriana Martins, médica clínica geral e profunda admiradora da obra do artista) 

 

 

 

 

O DISCO

Primeiro disco autoral de Wagner Cosse, Abissal, em seu próprio título faz referência a profundidade de seu mergulho interior. As experiências de cunho espiritual, quando vividas junto ao exercício do corpo, nos aproximam do genuíno do ser, com suas verdades, conexão com a natureza humana e com o todo. O corpo fala e somos conduzidos a sair do ordinário e do ego, lidar de forma mais essencial com medos, fraquezas. Vem a entrega e a compreensão de integrarmos o universo, ser e deixar ser.  É desta forma que, arte e artista, em sua criatividade mais apurada, experimentam o encontro - no cansaço de um caminho, na beleza de paisagens e encontros, no inusitado das expressões de tempo, temperatura e sentidos, suas memórias, consciência e insights -, e se fundem através de letra e música numa entrega pura de raro valor. “Abissal é disco de cura, de encontro interior, com a leveza de ritmos vários, com sabor de infusões brasileiras, em consciência de linguagem universal. Trata de aspectos do ser, com emoções elevadas que vão além de um otimismo induzido. Em harmonia, canções de Wagner Cosse e arranjos belíssimos de Rogério Delayon, florescem num jardim de sentimentos essenciais - o amor, como norte, nítido e vívido em clareza de experiência e força de entrega. Em sua história musical consolidada através de décadas, em voz, palco, discos, a maturidade das técnicas, encontra, então, sua legitimidade. Wagner assina disco, linguagem e sua arte, com verdade própria, generosa e tranquila. Presente ao público, pois há presença do ser. (Márcia Francisco, jornalista cultural e escritora, pós-graduada em Psicologia Positiva, Ciência do Bem-estar e Autorrealização, consultora em desenvolvimento humano)

 

O PROCESSO

por Wagner Cosse

“Se queres viver o amor, doa-te”

(Wagner Cosse, in “Doa-te” – faixa integrante de “Abissal”)

"Por ocasião da celebração dos meus 60 anos de vida, escolhi viver uma experiência pessoal e mais profunda e adentrei a jornada do Caminho de Santiago de Compostela.

Após caminhar por mais 34 dias, cheguei em Santiago e, então, segui por mais três dias até Finisterra, considerada o marco zero do Caminho. Foram mais de 1.000 quilômetros em 37 dias de caminhada.

Ao longo dessa trajetória, o desgaste físico foi enorme, especialmente para vencer a topografia acidentada e as repentinas alterações climáticas. Subi e desci montanhas sob sol e chuva, enfrentei temperaturas que variavam de 12 a 43 graus centígrados, umidade e sequidão, ventos fortes e ar parado, enfim, situações as mais diversas. Mas as dores no corpo e, por vezes, o estado de exaustão eram minimizados pela beleza da paisagem e pelo prazer de me sentir capaz de vencer aqueles desafios. Nunca pensei em desistir. Pelo contrário. A cada passo eu me percebia mentalmente mais forte, mais focado e com vontade de prosseguir.

Durante esse período, compus nove canções, que foram mostradas a algumas pessoas do meu círculo. Elas não só se emocionavam, como, por vezes, chegavam às lágrimas. Foi aí que percebi que tinha um material potente nas mãos, e que ele deveria ser compartilhado.

As melodias e as letras eram criadas enquanto eu caminhava, sem o apoio de instrumentos musicais. Nesse processo criativo, repetia cada uma delas inúmeras vezes, corrigindo-as, lapidando-as, até que ficassem prontas. Então, gravava as músicas no celular, cantando-as à capella. Assim, não corria o risco de perdê-las.

Após retornar ao Brasil, compus mais quatro canções, ainda sob o impacto das experiências vividas.” (Wagner Cosse)

No repertório de “Abissal”: Mantra de Santiago de Compostela, El Camino, De volta pra casa, Coragem, Ceciliana, Meu céu, Azul de Ísis, Doa-te, Te amo tanto, Utopia, Velas na escuridão, Muros e Sabedoria Popular.


CINCO FAIXAS, na concepção do autor: 

"El Camino" – "Esta é a forma como, na Espanha, as pessoas se referem ao Caminho de Santiago de Compostela. Compus essa música, já de volta ao Brasil, a partir das lembranças de minha jornada. Decidi fazê-la somente instrumental, com vocalizes, sem letra, pois não encontrei palavras para traduzir a intensidade e a dimensão do que vivi. E, dessa forma, ela poderia ser sentida por qualquer pessoa de qualquer nacionalidade, sem a barreira da língua. Queria que ela tocasse os ouvintes por meio do viés sensorial e não do raciocínio. Afinal, foi assim minha vivência no Caminho: estive sempre mais conectado à profunda dimensão do sentir do que do entender”.

 

"Meu Céu" – Quando compus o Mantra de Santiago de Compostela, enviei-o à minha mãe – Conceição Cosse – pelo WhatsApp. Dois dias depois, recebi uma mensagem dela com um áudio anexo. Ela havia gravado a música para mim! Fiquei muito emocionado e, nos dias seguintes, enquanto caminhava, ficava me lembrando de sua voz cantando. Então, compus essa música para ela, declarando que, mesmo distante fisicamente, ela estava sempre comigo. Esta ideia está expressa já nos primeiros versos: “Da imensidão sempre ouço tua voz / A voz que guia o meu caminho / Estás aqui no mais fundo de mim / Habitas o meu coração”.

 

"Doa-te" – Esta música foi composta para enfatizar a importância da generosidade nas relações. Para lembrar que o caminho que leva à felicidade passa por nossa capacidade de entrega, de doação. Seu refrão diz: “Se queres viver o amor, doa-te”.  Ela foi inspirada em meu irmão, Vinícius Cosse, que é uma pessoa muito generosa e alegre, e possui um altíssimo astral. Por isso escolhi o ritmo contagiante do Carimbó para cantá-la.

 

"Azul de Ísis" – Há quase trinta anos não nascia uma criança em nossa família. Então surgiu a Ísis, filha de meu irmão Guilherme Cosse e de minha cunhada Izabela Naira. Ela iluminou nossas vidas com sua alegria e seus lindos olhos azuis. Por estar no Caminho de Santiago de Compostela, não pude participar das comemorações de seu primeiro aniversário. Resolvi, então, compor essa música, em forma de um sambinha bem saltitante, e enviá-la como meu presente. “Você nos chegou como o sol / Iluminando nossas vidas / Trouxe consigo o céu, o mar / E os rios que deságuam em seus olhinhos”.

 

"Ceciliana" – Enquanto eu caminhava sozinho e em silêncio, muitas reflexões brotaram em minha mente e em meu coração. Quanto mais eu me aprofundava nessas questões, mais me surgiam, na memória, poemas de Cecília Meirelles. Por isso resolvi homenageá-la com o título desta canção que foi criada tendo, como propósito, a contínua busca pelo autoconhecimento. “Revela-te / Reconheça-te / Liberta-te das prisões do mundo / Alcança as alturas e os abismos / Sem medo”.

Thelmo Lins em dose dupla

 


No dia 8 de novembro o cantor e compositor Thelmo Lins lançou o clipe “Ai, não me deixes não!” – nome da faixa que integra seu novo álbum “Aguaceiro” que, por sua vez, será lançado nas principais plataformas digitais, no dia 18 de novembro.

 

CLIPE

Com filmagem e edição: Thelmo Lins, assistência de filmagem de Wagner Cosse, direção musical de Daniel Rodrigues e produção da TW Cultural, o clipe “Ai, não me deixes, não!”, tem música de Thelmo Lins sobre poema de Gonçalves Dias e valoriza o bicentenário de nascimento do escritor, comemorado em 2023. 

 

Foi gravado no sítio Casa de Pedra, em Córrego do Bação, Itabirito, MG. Pela relação com a cidade e seu valor literário, o lançamento do clipe aconteceu no Canal You Tube Thelmo Lins – link direto: www.youtube.com/c/ThelmoLins –, no dia 8, por ocasião da abertura da Feira do Livro de Itabirito/MG.

 

ÁLBUM

“Aguaceiro” é o décimo disco da carreira de Thelmo Lins que, em 2024, completa 40 anos, e marca a comemoração de seus 60 anos, completados em maio deste ano. O projeto tem oito músicas, em sua maioria inéditas e autorais. Do repertório, são de autoria do artista “Aguaceiro”, “Pastel de Angu”, “Não quero cantar tão só”, “Um Grito de Dor” (esta, em parceria com Wagner Cosse) e “Ai, não me deixes não”, poema de Gonçalves Dias musicado por Lins. Outras canções completam o repertório: “Habanera” (Bizet), ária da ópera “Carmen”; “Pra que chorar? (Leo Mendonza), que fez parte da trilha sonora da peça “Pluft, o Fantasminha”; e “Cuíca, Pandeiro, Tamborim...” (Custódio Mesquita), compilada da obra de Carmen Miranda.

 

O álbum tem direção musical de Daniel Rodrigues, que também atuou como arranjador e violonista. O contrabaixista Nathan Morais, o percussionista Rogério Sam, o baterista André Limão Queiroz, a pianista Júlia Carvalho, o clarinetista Junio Ferreira, o cavaquinista e bandolinista Rafael Delvaux participam do disco, que ainda conta com um quarteto de cordas, formado pelos músicos Vitor Dutra (violino), Alexandre Kanji (violino), Cleusa Nébias (viola) e Antonio Viola (violoncelo). As gravações, mixagem e masterização aconteceram no Estúdio Galvani, sob a responsabilidade de Fabrício Galvani. No vocal da faixa “Pastel de Angu”: Letícia Garcia, Paula Gallo, Pirulito da Vila, Rosane Mendonça, Serginho Barbosa e Wagner Cosse.

 

 AGUACEIRO - Faixa a faixa:

 

“Aguaceiro” (Thelmo Lins) – A canção, criada em 1998, foi incluída no show “Sons de Minas”, que Thelmo Lins e Wagner Cosse apresentaram no projeto “Sons do Horizonte”, naquele mesmo ano. A música ficou inédita desde então, quando o cantor resolveu gravá-la neste álbum comemorativo de seus 60 anos de vida. A letra fala da importância da água para a vida humana. O arranjo abre espaço para o solo do contrabaixista Nathan Morais, ganhador do prêmio Jovem Instrumentista do BDMG Cultural.

 

“Habanera” (Bizet) – A famosa ária da ópera “Carmen” ganha um registro bem brasileiro, inspirado na bossa nova. Thelmo Lins já interpretou a canção no palco, em seu formato original, quando ainda integrava a Escola de Música Padre Xavier, em sua cidade natal, Itabirito, entre o final dos anos 1980 e início dos 90. Em 2008, desenvolveu o projeto de gravação do CD “Pop Opera”, cujo repertório era formado por trechos famosos de ópera adaptados para ritmos brasileiros. Infelizmente o projeto não se concretizou. Agora, depois de todos esses anos, Thelmo Lins relembra uma das faixas, com novo arranjo e concepção, mas com a letra original, em francês.

 

“Ai, não me deixes não!” (Thelmo Lins sobre poema de Gonçalves Dias) – A poesia sempre esteve presente na obra de Thelmo Lins, em especial nos discos de poemas musicados. Drummond, Cecília Meireles, Henriqueta Lisboa, Leo Cunha, Vinicius de Moraes, Affonso Romano e Marina Colasanti foram temas de seus principais trabalhos. O drama da flor que se vê arrastada pelas águas do regato fazia parte do livro “As mais belas histórias”, usado em sua alfabetização, na escola fundamental (naquela época, primária). Recentemente, ao reler o texto, resolveu musicá-lo, em forma de chorinho.

 

“Cuíca, pandeiro, tamborim...” (Custódio Mesquita) – Esta pérola, de um dos maiores compositores brasileiros da primeira metade do século XX, integrou o repertório de Carmem Miranda (1909-55). O samba foi registrado pela Pequena Notável em maio de 1936, antes dela alcançar o estrelato internacional em Hollywood. Nesta nova versão, ele conta com a participação inspirada o percussionista Rogério Sam, que se revezou em vários instrumentos.

 

“Pra que chorar?” (Leo Mendonza) – O mineiro Leo Mendonza notabilizou-se como dramaturgo e compositor de trilhas sonoras para o teatro. Uma de suas obras é a trilha para a versão da peça “Pluft, o Fantasminha”, de Maria Clara Machado, realizada pela Copas Produções. A montagem estreou em 2012, na capital mineira. Thelmo assistiu à peça e imediatamente se apaixonou por esta canção. Ainda inédita, neste álbum, ela ganha seu primeiro registro fonográfico. Na gravação, a música recebeu uma roupagem sofisticada, com o apoio de um quarteto de cordas.

 

“Pastel de Angu” (Thelmo Lins) – A famosa iguaria, criada pelas escravas Maria Conga e Filó, no século XIX, é o prato típico de Itabirito, terra natal do cantor. A canção traz a receita do famoso pastel, inspirada nos no samba de roda do Recôncavo Baiano, com direito, inclusiva, à percussão feita com prato e faca.

 

“Um Grito de Dor” (Thelmo Lins e Wagner Cosse) – Os versos de Wagner Cosse para a música de Thelmo Lins falam da opressão sofrida pelos povos originários brasileiros, em especial na recente chacina dos Yanomamis. Contra a devastação, um canto de compaixão em formato de oração. Participação especial do violoncelista Antonio Viola e do baterista André “Limão” Queiroz.

 

“Não quero cantar tão só” (Thelmo Lins) – Esta canção foi composta em 2021, para o show “Palco Iluminado”, que Thelmo fez ao lado do cantor Serginho Barbosa e dos músicos Daniel Rodrigues e Júlia Carvalho e registrado em vídeo, sem plateia. A gravação, ao vivo, está disponibilizada nas principais plataformas musicais. A música relata as dificuldades enfrentadas durante o isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19. Nesta versão, em formato de blues, a canção ganha novo arranjo com o piano de Júlia Carvalho e o clarinete de Junio Ferreira, dois jovens talentos que despontam na cena musical mineira.

Roger Waters em BH: show marcado por arte, emoção e defesa da dignidade humana







Fotos: Márcia Francisco 

A noite belo-horizontina da turnê brasileira  “This is Not a Drill”, de Roger Waters, no Mineirão, foi digna.

Sim! E e essa pode ser a última turnê do artista.

Cerca de 40 mil pessoas assistiram Roger Waters, no melhor dos seus 80 anos, exaltaram seu lugar entre as lendas do Rock mundial e sua voz em nome dos direitos humanos e causas ambientais. 

Ele cantou e tocou guitarra, violão, piano e  baixo.

O show contou com muitos recursos visuais junto a paisagem sonora impecável, escolhas impactantes de imagens para cada música de um repertório, onde os clássicos do Pink Floyd estavam presentes para o delírio da plateia. 

O jeito Waters de se apresentar, ganhou momentos impactantes, fortalecendo sua marca. Entre eles, a abertura do show trouxe Roger vestido de médico, sentado em frente à uma cadeira hospitalar vazia munida suporte de soro,  interpretando "Comfortably Numb", composta em 2022. Noutro momento, Roger em camisa de força, atravessa o palco, conduzido por dois homens. Ele está sentado numa cadeira de rodas, onde o microfone adaptado, dará voz à performance. Nos telões, as grades brancas, com o número 1943, data de nascimento do artista.

Numa sucessão interconectada de performance e recados para valorizar o ser em contraponto ao capitalismo, à corrupção, às guerras, à violência em expressões de racismo, misoginia e tudo que desrespeita a diversidade e a dignidade humana, Roger deu seus recados. Através dos LEDs, pirotecnia, luzes e mais. Em alusão ao álbum "animals" - com a música "Sheep" -, uma ovelha gigante sobrevoou o gramado. O mesmo aconteceu com o porco "voador", que trouxe cravado no corpo, o alerta: "He's mad. Don't listen/ You’re up against the wall right now”. 

Para citar outros momentos de destaque, é preciso mencionar falas de Waters ou frases dos telões, como  “Stop The Genocide”," Direitos humanos" e imagens e vídeos de líderes americanos e mundiais, em crítica à sua  postura desumana. 

"I wish you were here foi uma das canções em que o coro de milhares se destacou. Nela, a pancada  de outro despertador: "Quando você perde alguém que ama, isso serve para lembrá-lo: é fácil esquecer que a vida é aqui e agora. Isso não é um treinamento".

O ídolo fez homenagens especiais, dedicando canções à sua esposa e seu irmão e, ainda, a Bob Dylan. "The bar" foi dedicado à Palestina. A libertação de Assange foi tema de uma das falas de Roger. Sob aplausos. 

Roger Waters agradeceu o público com o obrigado em português e recebeu dele um coro afinado em paródia do canto pro-Lula: "Olê, olê, Olê, olá, Roger, Roger!" Fez o L, apresentou um a um dos músicos de palco e, com todos eles, encerrou o espetáculo, após sair do palco, com imagens da coxia. No telão, o vimos estampando visível alegria em dança e música. 

Não houve bis e não seria necessário. O show, que começou com raios e trovões, para não dizer bombas e explosões, nos colocou num campo de guerra, em vivida dor do que nunca experimentamos. Um ser humano não sairia das mais de duas horas desse encontro, sem olhar a  realidade do universo desumano, de frente. Com mais de 20 canções em dois atos, e breve intervalo de cerca de 20 minutos, Waters garantiu a mensagem da boa música e do desejo de paz mundial, amplamente, defendida durante a vida desse grande artista. 

PS.: sobre as produções externas e locais, um show de qualidade, organização, acolhida e entrega. Do fosso frontal do palco, copos de água mineral foram distribuídos ao público durante o  intervalo e após o show. Isso pode ter acontecido em outros pontos do estádio. 

Independentemente do ato, gerações inteiras, representadas por famílias e grupos vários, viveram uma grande e histórica noite, no estádio da capital mineira.

Márcia Francisco, jornalista e escritora 

IG @marciafranciscooficial 

26 de out. de 2023

Celso Adolfo - 40 anos - Jardim Musical - Casa Belloni

 

foto: Eduardo Gontijo 

O projeto Jardim Musical recebe Celso Adolfo, no dia 9 de novembro, quinta-feira, às 20h, na Casa Belloni (Av. João Pinheiro, 287 - BH - MG).

Ingressos: R$60,00, já à venda via Sympla: 

Celso Adolfo está celebrando 40 anos de carreira musical e é um presente para o público do nosso Jardim Musical.
Com 11 discos gravados, Celso Adolfo, violonista, cantor e compositor, preparou um repertório que contempla toda a sua carreira.
Entre suas composições mais conhecidas, estarão no show: “Nós dois”, “Coração brasileiro” e “Brasil, nome de vegetal”, cuja gravação original tem a participação de Milton Nascimento. 
Além disso, nos contempla com músicas do álbum "Remanso do Rio Largo",  inspirado em Sagarana, de Guimarães Rosa
Esse artista, cuja produção é crescente,  também mostra maravilhas do disco "Pratiano", recém-lançado, selando a entrega de 18 canções inéditas.
Vai  ser belíssimo!

O evento realizado pela Casa Belloni (de Íris Perigolo e Bárbara Belloni) e Márcia Francisco, com curadoria e produção da jornalista, terá o Jardim é aberto a partir das 19h. Show com início às 20h e término às 22h.  O bistrô estará em funcionamento. Lugares ocupados por ordem de chegada. 

Projeto Jardim Musical teve estreia memorável e promissora. Com número limitado de lugares, esgotados em poucos dias, a edição recebeu a música de Clóvis Aguiar e Célio Balona. O mesmo aconteceu as edições que receberam  Amaranto e Tabajara Belo, Tadeu Franco, Duo Serenata, Ladston do Nascimento e Nolli Brothers.  A constatação foi de uma experiência singular, na capital mineira: um espaço onde as pessoas já compreenderam o diferencial de viver instantes especiais em audição e escuta ativa de boa música, em experiência sensorial, para aguçar os sentidos, curtindo autores e interpretes qualitativos, com a possibilidade de apreciar boa gastronomia e conexões refinadas, em ambiente intimista e sofisticado.

SHOW CELSO PENNINI E BANDA, NA CASA OUTONO

Foto:Ayrá Mendes 

No dia 14 de novembro, terça-feira, às 20h30, acontece na Casa Outono (Rua Outono, 571 – Carmo – BH), o show Celso Pennini & Banda. O compositor, arranjador, guitarrista e cantor,

Celso Pennini, celebra seu aniversário com um repertório que traz canções dos seus três discos, além de músicas de Led Zeppelin, Rodrigo Amarante, Nelson Gonçalves e um clássico surpresa. Celso Pennini (voz, guitarra e violão), sobe ao palco acompanhado por Ricardo Gomes (baixo) e Paulo Espinha (bateria). 

O show terá como convidados especiais, os músicos: Ana Proença, André Durval, Flávio Lana, Isabela Pennini e Patrícia Ahmaral.

Os ingressos para o evento já estão à venda pelo Sympla. R$40,00. Promoção especial para os 30 primeiros: R$20,00. Sem taxa adicional da plataforma. Link direto: https://www.sympla.com.br/celso-pennini--banda__2218773 

CELSO PENNINI 
Guitarrista de raiz roqueira e violonista de dedilhados sutis são boas definições para o músico. Mas, vale reiterar o que disse uma vez o grande jornalista Kiko Ferreira sobre Celso Pennini: “é mais conhecido como mola propulsora, que veste de adrenalina e energia boa parte da carreira inicial da cantora Patrícia Ahmaral”. Afinal, foram 12 anos de parceria nos palcos com a artista. Pennini transitou desde os bailes com orquestra dos anos 80, música instrumental, samba punk na lendária banda Los Amigos de Tu Madre, com Ana Proença, diva do samba de BH, com quem chegou a ser finalista do concurso de marchinhas Mestre Jonas. O artista integrou também outras bandas de rock do underground de BH, mas nunca deixou de lado seu trabalho autoral. Já soma três álbuns – todos disponíveis nas plataformas digitais: Outras cenas (2003), Tênue como o tempo (2014) e Dados Biográficos (2022). Sua reconhecida atuação como arranjador, compositor e guitarrista, soma-se, a partir do disco mais recente, à sua vertente de cantor. Veja mais em @celsopennini, no Instagram e linktree. 

25 de set. de 2023

NEUTRALIDADE DO LÍBANO

 O lançamento de um livro, em Minas Gerais, fortalece debate amplo e universal sobre a neutralidade do Líbano e dá origem a importante Manifesto pela causa.

Com versões em português, o livro “Coexistência como identidade: a neutralidade do Líbano” e em inglês “Coexistence as identity: the neutrality of Lebanon”, foi organizado por Miguel Mahfoud, professor aposentado do Departamento de Psicologia da UFMG, e André Luis Pereira Miatello, docente do Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, ambos da FAFICH.

 

A publicação que chega pela Páginas Editora, traz 16 artigos de especialistas do Líbano, Brasil, Estados Unidos, Egito, Itália e Argentina. Seu objetivo, nas 256 páginas, é contribuir com o atual debate internacional sobre a identidade do Líbano como coexistência multicultural e multirreligiosa e seu decorrente estado de neutralidade. Aspectos reconhecidos pela comunidade local e internacional como fatores determinantes para um enfrentamento da crise econômica e política em curso, favorecendo o protagonismo do País dos Cedros na constante e tensa construção da paz regional e mundial.

 

O Manifesto de Apoio à Neutralidade Libanesa está ativo e convoca a todos os que são humanamente solidários com o povo libanês na sua exigência de neutralidade. Valoriza o fato de que o Líbano, como sociedade multicultural, já sofreu o suficiente com anos de conflito e violência e é hora do país embarcar num novo caminho rumo à paz e à estabilidade. Liberar-se de interferências e influências externas e prosseguir uma política externa baseada nos princípios do não-alinhamento, da cooperação e do respeito pelo direito internacional. Essa postura preservará a diversidade cultural e religiosa do Líbano, garantindo que todas as comunidades sejam tratadas com justiça e suas vozes sejam ouvidas sem preconceitos. A neutralidade também fortalecerá a unidade nacional e reduzirá as tensões entre as comunidades. Para saber mais e/ou aderir, basta acessar o link:  http://bit.ly/lebanonsneutrality

 

O livro foi apresentado em Agosto deste ano, em Belo Horizonte, na Biblioteca Pública Estadual. O evento contou com a presença do Secretário de África e Oriente Médio do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Carlos Sérgio Sobral Duarte, fez apresentação da obra. O lançamento contou com a presença da Embaixadora do Líbano no Brasil, Carla Jazzar, que assinou o prefácio da publicação.  

 

Tanto o livro e Manifesto estão ganhando crescente repercussão nacional e internacional, numa colaboração significativa para diálogos acerca das transformações pleiteadas.

No dia 24 de novembro, o resultado do Manifesto será apresentado durante o lançamento do livro no Líbano, na Universidade USEK - Holy Spirit University of Kaslik. O evento acontecerá dentro da semana que comemora a Independência do Líbano. No Brasil, estão previstos lançamentos do livro em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

 

Os nomes integrantes da obra literária são oriundos de diversos grupos religiosos constitutivos da complexa sociedade libanesa (cristãos, muçulmanos, drusos e outros) e advindos de diversos campos do saber: História, Direito, Filosofia, Relações Internacionais, Sociologia, Diplomacia, Educação. Os artigos do livro abordam pontos-chave da identidade e protagonismo sócio-político libanês nas relações internacionais, inclusive a importância do reconhecimento da neutralidade pela comunidade internacional como fator de desenvolvimento interno e de paz internacional.

Entre eles: Argentina: Sergio Daniel Jalil, Brasil: Rubens Ricupero (entrevistado por Miguel Mahfoud), Danny Zahreddine, Youssef Alvarenga Cherem, Igor Pinho dos Santos, Guilherme Di Lorenzo Pires, André Miatello, Egito: Mateus Domingues da Silva, Egito/Itália: Wael Farouq, Estados Unidos: Hussein Kalout, Líbano: Bechara Rai, Elie Elias, Marie Fayad, Lina Abou Naoum, Louis Wehbé, Itália: Michele Zanzucchi.

 

O livro, disponível em formato físico e digital, já está à venda na Amazon, BuoBooks, Apple Brasil e Internacional, Barnes and Noble, Bol.de, Magazine Luiza, Extra e na loja da Literissima (Rua Padre Eustáquio, 2475 - loja 6 - Padre Eustáquio – BH/MG).   

 

“Coexistência como identidade: a neutralidade do Líbano”

 Prefácio, por Carla Jazzar - Embaixadora do Líbano no Brasil

 

A ideia da neutralidade do Líbano é um tema recorrente que ressurge cada vez que o país é atraído para alinhamentos com os eixos regionais, como nossa história recente pôde testemunhar. Embora consagrada no pacto nacional de 1943, que estabeleceu as bases do Líbano moderno, a neutralidade ainda não foi codificada na constituição, dado que continua sendo motivo de grande polarização entre os vários componentes da sociedade libanesa. Considerada por alguns como uma garantia para a independência, a segurança e a estabilidade do país, ela representa, para outros, um apelo ao isolacionismo e ao distanciamento de nosso ambiente geopolítico natural.

Hoje, o debate sobre a neutralidade voltou com grande intensidade, especialmente diante da grave paralisia institucional no Líbano; das repetidas e prolongadas lacunas na liderança do executivo; da devastadora crise financeira, econômica e social sem precedentes; e da exposição do país a todos os tipos de interferências estrangeiras e alinhamentos regionais. Na verdade, em face desse triste cenário, torna-se ainda mais legítimo questionar a sustentabilidade do atual sistema libanês e apresentar novas propostas constitucionais que possam garantir os interesses particulares do país, sua independência, paz, estabilidade e prosperidade. E a neutralidade é uma dessas muitas propostas.

Entretanto, será que o Líbano pode realizar esse sonho mesmo com tantas visões profundamente diferentes sobre sua identidade cultural e sociopolítica? Será que isso é realista, sabendo da complexidade desse processo?

A neutralidade é tipicamente uma opção voluntária feita por um país, e não algo que possa ser imposto por uma entidade externa como a Organização das Nações Unidas. Envolve apoio político de todos os atores domésticos, além da aprovação de todos os organismos legislativos e executivos relevantes. Implica também na revisão de leis e da constituição do país, assim como dos acordos internacionais assinados pelo país, para que sejam compatíveis com o compromisso com a neutralidade.

Será que o Líbano está pronto para isso? Essa questão segue em aberto... Afinal, cabe aos libaneses, e somente a eles, decidir, em conjunto, o caminho a trilhar; se desejam seguir rumo à neutralidade ou escolher outra forma de arranjo constitucional.

 

Independente de qual seja a escolha do Líbano, gostaria de expressar minha mais profunda gratidão aos professores Miguel Mahfoud e André Miatello por organizarem este livro e compilarem artigos de grande relevância escritos por vários especialistas de diferentes origens culturais, educacionais, sociológicas e geográficas. Este livro representa uma grande contribuição para o debate nacional e internacional sobre as escolhas futuras do Líbano.  E, acima de tudo, é um apelo para uma reflexão séria sobre o papel que o Líbano pretende ter nas arenas regionais e internacionais, como um modelo de coexistência pacífica e uma mensagem de paz e estabilidade.

 

Sobre os organizadores do livro:


Miguel Mahfoud -  Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil

Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo. Realizou estudos de Pós-Doutorado na Pontifícia Universidade Lateranense (Roma). Professor Associado do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, de 1996 a 2016, onde permanece como membro do Laboratório de Análise de Processos em Subjetividade LAPS UFMG e editor-sênior da revista Memorandum: Memória e História em Psicologia. Pesquisa e publica na área de psicologia e cultura, fenomenologia e nos últimos anos desenvolve o conceito de experiência elementar em suas implicações para a psicologia.



 

André Miatello

Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil

Professor Associado do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais. Obteve seu título de doutor pela Universidade de São Paulo e fez pós-doutorado na Pontifícia Universidade do Paraná no Departamento de Teologia. É historiador e a sua investigação e ensino centram-se no mundo cristão mediterrânico durante a Antiguidade Tardia e a Baixa Idade Média, com especial ênfase nas interfaces entre comunidades eclesiásticas e centros urbanos, culturas religiosas e políticas, movimentos místicos e reações sociais a crises entre os séculos XI-XV.

 

Neutralidade no Líbano

https://www.instagram.com/lebanonsneutrality

Manifesto: http://bit.ly/lebanonsneutrality


Demais autores:

 

Béchara Boutros Card. Raï

Patriarcado de Antioquia e todo o Oriente - Líbano

É o Patriarca Maronita de Antioquia e Todo o Oriente, Presidente do Conselho dos Patriarcas Católicos Orientais, Cardeal da Igreja Católica. É bacharel em Filosofia e em Teologia, e Doutor em Direito Eclesiástico e Civil pela Pontificia Università Lateranense (Roma). Lecionou no Líbano na Saint Joseph University, na Holy Spirit University of Kaslik e na Universidade Al-Hikma. É fundador e foi reitor da Universidade Nossa Senhora de Louaize, no Líbano.

 

Danny Zahreddine

Pontifícia Universidade Católica Minas Gerais - Brasil

Graduado em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e graduado em Turismo, pela mesma universidade. É Mestre e Doutor em Geografia - Tratamento da Informação Espacial, pela PUC Minas. Atualmente é Diretor do Instituto de Ciências Sociais da PUC Minas, e Professor do Departamento de Relações Internacionais, lecionando como membro efetivo do Programa de Graduação e Pós-Graduação. Foi professor visitante na Universidade de Pequim (China) em 2014 e professor visitante na Universidad Nacional de Rosario (Argentina) em 2018. Além disso, é líder do Grupo de Estudos do Oriente Médio e Magreb (GEOMM) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 2022 tornou-se professor da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais.


Elie Tony Elias

Holy Spirit University of Kaslik - Líbano

Professor universitário, Chefe do Departamento de Estudos Políticos e Históricos e Coordenador de Projetos no Phoenix - Centro de Estudos Libaneses da Holy Spirit University of Kaslik (USEK) no Líbano.


Guilherme Di Lorenzo Pires

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Brasil

Doutor em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Mestre em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e bacharel em História pela Universidade Federal de Minas Gerais. Líder do Grupo de Estudos do Oriente Médio e Magreb (GEOMM) registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil (CNPq). É coordenador e professor do curso de especialização em Relações Internacionais do Oriente Médio da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Tem experiência de pesquisa em História das Relações Internacionais, com ênfase em História do Oriente Médio, movimentos nacionalistas, movimentos islâmicos e conflitos internos.


Hussein Kalout

Harvard University – Estados Unidos da América

Cientista Político, Research Scholar na Universidade Harvard, Conselheiro Especial do Harvard’s International Relations Council da Universidade Harvard. Anteriormente foi Membro do Weatherhead Center for International Affairs da Universidade de Harvard, pesquisador do Centro de Estudos do Oriente Médio da Universidade Harvard, Associado do Harvard Kennedy School Belfer Center for Science and International Affairs e Senior Fellow (não residente) do Center for Strategic and International Studies (CSIS) em Washington-DC. Entre 2017 e 2018 foi Secretário Especial de Assuntos Estratégicos do Brasil, Membro do Conselho de Ministros da CAMEX e Presidente da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento.

 

Igor Pinho dos Santos

Universidade Federal Fluminense - Brasil

Doutor e Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito. Especialização Lato Sensu em Gestão na Administração Pública (UFF) e graduaçãodo em Direito pela Universidade Estácio de Sá. Pesquisador com projeto de Pós-Doutorado aprovado pelo Centro de Estudos e Culturas da América Latina - CECAL, Université Saint-Esprit de Kaslik (Líbano). Pesquisador do Projeto de Extensão Universitária Cidadania Ativa, do Curso de Direito da UFF, com foco na efetividade da justiça e cidadania constitucional. Oficial de Registro Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro e Juiz de Paz Suplente da Comarca de Arraial do Cabo.


Lina Abou Naoum, F.M.A.

Institute of the Daughters of Mary Help of Christians - Líbano

Tem nacionalidade libanesa, graduou-se em Sociologia em 1988, aprofundando seus estudos sobre o sistema preventivo de Dom Bosco e a espiritualidade salesiana que caracteriza a missão salesiana no mundo. É religiosa, pertencendo ao Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA, Salesianas de Dom Bosco) desde 1992. Desempenhou diversas funções na Inspetoria “Jesus Adolescente” do Oriente Médio, abarcando seis nações: Líbano, Síria, Jordânia, Egito, Israel e Palestina. Foi Administradora de pastoral juvenil por 12 anos, Diretora de uma escola salesiana por 9 anos, Superiora de diversas comunidades religiosas por 9 anos e Inspetora (Provincial) por 6 anos. Atualmente é Superiora da comunidade das FMA em Kahalé, no Líbano.


Louis Wehbé

Latrun Abbey – Terra Santa

Nasceu em 1938 na Vila Bchlalé (Norte do Líbano), em um ambiente cristão maronita. Muito jovem, ouviu o chamado à vida monástica e depois de numerosas peregrinações à tumba de São Charbel, em 1951 entrou no mosteiro cisterciense trapista de Latrun, na Terra Santa. Depois dos estudos básicos, secundários e de Filosofia, e após sua profissão monástica, estudou na França de 1963 a 1967, foi ordenado sacerdote e continuou seus estudos em Roma entre 1967 e 1969. Voltando para Latrun, assumiue diversos encargos: celeireiro, prior, mestre dos noviços. Depois, acompanhou formações por três anos no Canadá no Instituto de Formação Humana Integral em Montreal (2002-2005). Atualmente é prior e diretor espiritual na Abadia de Latrun.


 Marie Fayad

University of the Holy Spirit of Kaslik – Líbano

Doutora em Filosofia Política (1988), é Chefe do Departamento de Filosofia da Faculdade de Artes e Ciências da Universidade do Espírito Santo de Kaslik, Jounieh, Líbano, desde 2007. É fundadora e diretora do Laboratório Sophia (2008) de sua faculdade. Professora e pesquisadora, sua atuação abrange as áreas de Filosofia do Direito, Filosofia Moral e Política e Filosofia da Arte.

 

Mateus Domingues da Silva

Institut Dominicain d’Études Orientales - Egito

Doutor em Estudos Árabes (Universidade de São Paulo, Brasil, 2020 – com formação doutoral na McGill University, Montreal, Canadá, 2019-2020); estudos de pós-doutorado (Instituto de Estudos Islâmicos da McGill University, 2020-2021). Áreas de pesquisa: História Intelectual Islâmica; História da Filosofia Árabe/Islâmica; Metafísica na Filosofia Árabe. Bibliotecário-chefe (Biblioteca do Institut Dominicain d’Études Orientales, IDEO, Cairo, Egito).


Michele Zanzucchi

Istituto Universitario Sophia - Itália

Professor Adjunto no Departamento de Ciências Sociais e Políticas, Economia e Gestão. Coordenador de Comunicação e Extensão Universitária no Instituto Universitário Sophia na Itália.


Rubens Ricupero

Universidade de São Paulo - Brasil

Embaixador do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, nos Estados Unidos e na Itália, e Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), em Genebra, de 1995 a 2004, sendo Subsecretário-Geral da ONU no mesmo período. Antes disso, foi ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, bem como ministro da Fazenda. Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo e preparou-se para a carreira diplomática no Instituto Rio Branco. Foi professor na Universidade de Brasília, no Instituto Rio Branco, na Academia Diplomática do Peru, e no The United Nations Institute for Training and Research (UNITAR) da ONU. É titular da Cátedra José Bonifácio da Universidade de São Paulo.


 

Sergio Daniel Jalil

Centro de Estudios Libaneses de America Latina - Argentina

Diretor executivo do Centro de Estudios Libaneses de America Latina (CELIBAL). Professor de Geopolíticas do Oriente Médio, História e Atualidades no Mestrado em Estudos Internacionais Globais da Universidade de Salamanca (Espanha) e professor visitante frequente em universidades de toda a América Latina e Estados Unidos da América.


Wael Farouq

Università Cattolica del Sacro Cuore – Itália

Doutor em Língua e Literatura Árabe, é Professor Associado de Língua e Cultura Árabe na Faculdade de Ciências Linguísticas e Literaturas Estrangeiras da Universidade Católica do Sagrado Coração em Milão, Itália. Foi professor de língua árabe na American University in Cairo, Egito, de 2005 a 2016 e Straus Fellow em 2011-2012 no Straus Institute for the Advanced Study of Law and Justice (New York University, Estados Unidos da América). É autor de diversas publicações no campo linguístico, literário e filosófico-religioso, como a monoigrafia “Conflicting Arab Identities: Language, Tradition and Modernity” (Muta, 2018).

 

Youssef Alvarenga Cherem

Universidade Federal de São Paulo - Brazil

Bacharel em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2003), Mestre e Doutor em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (2005, 2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de São Paulo. Suas pesquisas centram-se principalmente em História do Oriente Médio e do Islã.