10 de nov. de 2023

Thelmo Lins em dose dupla

 


No dia 8 de novembro o cantor e compositor Thelmo Lins lançou o clipe “Ai, não me deixes não!” – nome da faixa que integra seu novo álbum “Aguaceiro” que, por sua vez, será lançado nas principais plataformas digitais, no dia 18 de novembro.

 

CLIPE

Com filmagem e edição: Thelmo Lins, assistência de filmagem de Wagner Cosse, direção musical de Daniel Rodrigues e produção da TW Cultural, o clipe “Ai, não me deixes, não!”, tem música de Thelmo Lins sobre poema de Gonçalves Dias e valoriza o bicentenário de nascimento do escritor, comemorado em 2023. 

 

Foi gravado no sítio Casa de Pedra, em Córrego do Bação, Itabirito, MG. Pela relação com a cidade e seu valor literário, o lançamento do clipe aconteceu no Canal You Tube Thelmo Lins – link direto: www.youtube.com/c/ThelmoLins –, no dia 8, por ocasião da abertura da Feira do Livro de Itabirito/MG.

 

ÁLBUM

“Aguaceiro” é o décimo disco da carreira de Thelmo Lins que, em 2024, completa 40 anos, e marca a comemoração de seus 60 anos, completados em maio deste ano. O projeto tem oito músicas, em sua maioria inéditas e autorais. Do repertório, são de autoria do artista “Aguaceiro”, “Pastel de Angu”, “Não quero cantar tão só”, “Um Grito de Dor” (esta, em parceria com Wagner Cosse) e “Ai, não me deixes não”, poema de Gonçalves Dias musicado por Lins. Outras canções completam o repertório: “Habanera” (Bizet), ária da ópera “Carmen”; “Pra que chorar? (Leo Mendonza), que fez parte da trilha sonora da peça “Pluft, o Fantasminha”; e “Cuíca, Pandeiro, Tamborim...” (Custódio Mesquita), compilada da obra de Carmen Miranda.

 

O álbum tem direção musical de Daniel Rodrigues, que também atuou como arranjador e violonista. O contrabaixista Nathan Morais, o percussionista Rogério Sam, o baterista André Limão Queiroz, a pianista Júlia Carvalho, o clarinetista Junio Ferreira, o cavaquinista e bandolinista Rafael Delvaux participam do disco, que ainda conta com um quarteto de cordas, formado pelos músicos Vitor Dutra (violino), Alexandre Kanji (violino), Cleusa Nébias (viola) e Antonio Viola (violoncelo). As gravações, mixagem e masterização aconteceram no Estúdio Galvani, sob a responsabilidade de Fabrício Galvani. No vocal da faixa “Pastel de Angu”: Letícia Garcia, Paula Gallo, Pirulito da Vila, Rosane Mendonça, Serginho Barbosa e Wagner Cosse.

 

 AGUACEIRO - Faixa a faixa:

 

“Aguaceiro” (Thelmo Lins) – A canção, criada em 1998, foi incluída no show “Sons de Minas”, que Thelmo Lins e Wagner Cosse apresentaram no projeto “Sons do Horizonte”, naquele mesmo ano. A música ficou inédita desde então, quando o cantor resolveu gravá-la neste álbum comemorativo de seus 60 anos de vida. A letra fala da importância da água para a vida humana. O arranjo abre espaço para o solo do contrabaixista Nathan Morais, ganhador do prêmio Jovem Instrumentista do BDMG Cultural.

 

“Habanera” (Bizet) – A famosa ária da ópera “Carmen” ganha um registro bem brasileiro, inspirado na bossa nova. Thelmo Lins já interpretou a canção no palco, em seu formato original, quando ainda integrava a Escola de Música Padre Xavier, em sua cidade natal, Itabirito, entre o final dos anos 1980 e início dos 90. Em 2008, desenvolveu o projeto de gravação do CD “Pop Opera”, cujo repertório era formado por trechos famosos de ópera adaptados para ritmos brasileiros. Infelizmente o projeto não se concretizou. Agora, depois de todos esses anos, Thelmo Lins relembra uma das faixas, com novo arranjo e concepção, mas com a letra original, em francês.

 

“Ai, não me deixes não!” (Thelmo Lins sobre poema de Gonçalves Dias) – A poesia sempre esteve presente na obra de Thelmo Lins, em especial nos discos de poemas musicados. Drummond, Cecília Meireles, Henriqueta Lisboa, Leo Cunha, Vinicius de Moraes, Affonso Romano e Marina Colasanti foram temas de seus principais trabalhos. O drama da flor que se vê arrastada pelas águas do regato fazia parte do livro “As mais belas histórias”, usado em sua alfabetização, na escola fundamental (naquela época, primária). Recentemente, ao reler o texto, resolveu musicá-lo, em forma de chorinho.

 

“Cuíca, pandeiro, tamborim...” (Custódio Mesquita) – Esta pérola, de um dos maiores compositores brasileiros da primeira metade do século XX, integrou o repertório de Carmem Miranda (1909-55). O samba foi registrado pela Pequena Notável em maio de 1936, antes dela alcançar o estrelato internacional em Hollywood. Nesta nova versão, ele conta com a participação inspirada o percussionista Rogério Sam, que se revezou em vários instrumentos.

 

“Pra que chorar?” (Leo Mendonza) – O mineiro Leo Mendonza notabilizou-se como dramaturgo e compositor de trilhas sonoras para o teatro. Uma de suas obras é a trilha para a versão da peça “Pluft, o Fantasminha”, de Maria Clara Machado, realizada pela Copas Produções. A montagem estreou em 2012, na capital mineira. Thelmo assistiu à peça e imediatamente se apaixonou por esta canção. Ainda inédita, neste álbum, ela ganha seu primeiro registro fonográfico. Na gravação, a música recebeu uma roupagem sofisticada, com o apoio de um quarteto de cordas.

 

“Pastel de Angu” (Thelmo Lins) – A famosa iguaria, criada pelas escravas Maria Conga e Filó, no século XIX, é o prato típico de Itabirito, terra natal do cantor. A canção traz a receita do famoso pastel, inspirada nos no samba de roda do Recôncavo Baiano, com direito, inclusiva, à percussão feita com prato e faca.

 

“Um Grito de Dor” (Thelmo Lins e Wagner Cosse) – Os versos de Wagner Cosse para a música de Thelmo Lins falam da opressão sofrida pelos povos originários brasileiros, em especial na recente chacina dos Yanomamis. Contra a devastação, um canto de compaixão em formato de oração. Participação especial do violoncelista Antonio Viola e do baterista André “Limão” Queiroz.

 

“Não quero cantar tão só” (Thelmo Lins) – Esta canção foi composta em 2021, para o show “Palco Iluminado”, que Thelmo fez ao lado do cantor Serginho Barbosa e dos músicos Daniel Rodrigues e Júlia Carvalho e registrado em vídeo, sem plateia. A gravação, ao vivo, está disponibilizada nas principais plataformas musicais. A música relata as dificuldades enfrentadas durante o isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19. Nesta versão, em formato de blues, a canção ganha novo arranjo com o piano de Júlia Carvalho e o clarinete de Junio Ferreira, dois jovens talentos que despontam na cena musical mineira.

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