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16 de ago. de 2025

NUANCE DE UM PIANISTA TATUADO




















Foto:Márcia Francisco 

No dia 18 de agosto, segunda-feira, chega às principais plataformas digitais, o primeiro álbum autoral do pianista e compositor mineiro Írio Júnior. “Nuance”  foi gravado no Estúdio Cachoeira|SP. 
Com sete faixas que entregam a versatilidade  do artista, o álbum traz  Írio Júnior em piano-solo e Música Contemporânea. Gravado em piano um Yamaha - cauda inteira, o disco traz capa com foto e arte de Márcia Francisco. 
“Nuance” já tem pré-save disponível no link Quae Music:

NUANCE, por Írio Júnior 
Eu já pensava em fazer um trabalho próprio, quando tocava com Nenê trio. Sempre fui um pianista que se tornou conhecido pela habilidade dos improvisos. Neste trabalho fui instigado a criar improvisos menos convencionais no âmbito do Jazz. Essa experiência começou a me apontar o caminho das minhas composições.
O trabalho no Nenê Trio me deixava livre para permitir fazer fluir todas as minhas influências - da Música Erudita (desde o Barroco, Classicismo, Impressionismo, moderno, contemporâneo...), da Música Brasileira (Tom Jobim, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal...) e, logicamente, o Jazz (em especial,  os pianistas mais modernos - Herbie Hancock, Chick Corea, artistas visionários).
E foi através dos improvisos que minha musica foi surgindo. 
Como eu já toquei muita Música Brasileira, defini escolher um caminho à contramão: criar sem me preocupar com rótulos. 
Assim, busco meus próprios caminhos melódicos, meu jeito de construir, as cadências. A minha maneira de criar a forma da música. A intuição é o que me guia nessa trilha. Vou sendo fiel ao que está dentro de  mim.  Assim é com o improviso e, naturalmente, com a composição. Afinal, o improviso é uma composição.  
A faixa titulo deste álbum foi o norte para  todas as demais. Apontou a direção e as demais vieram em consequência. 
Meu pai foi muito importante na minha formação musical. Era um grande compositor, exímio multi-instrumentista e um líder nato. Essa soma de qualidades fazia do homem, um ser de profunda determinação e habilidades para gerenciar, criar, agir, fazer. Era autodidata, buscava conhecimento por ele mesmo, muito inteligente. Sinto que trago dele, essas características, inclusive.  Quando percebeu meu interesse pela música, logo me ensinou teoria e piano e sempre acompanhou minha formação. Ao lado dele - maestro da orquestra que criou -, fiz muitos bailes. 
Vida afora, a música se tornou parte da minha vida. Profissão e caminho.  Nuance -  a primeira música chega - nessa memória e valor essencial do amor entre filho e pai. 
O foco do disco se contrapõe aos trabalhos, anteriormente, executados, no trio. Se antes, o olhar era o virtuosismo, escolho, aqui, entregar um disco recheado de melodias. Essa esfera mais melódica me encaminhou ao conceito do disco.  As músicas foram nascendo com claro propósito de conexão entre si. Cada contexto, na minha visão de compositor permitiu a escolha dos elementos musicais. Me interessa instigar sensações emotivas diversas e possíveis aos ouvintes. Isso é algo que me interessa muito e tem muita importância para mim. A conexão entre as faixas, nesta "nuance" passeia pelo contexto das trilhas sonoras.

TRAJETÓRIA DO ARTISTA
Nasci em Lavras/MG. Iniciei meus estudos musicais com meu pai. Aos 12 anos, comecei a tocar na orquestra de baile criada por ele. E foi aí que se deu meu contato real com a Música  Popular. 
Entre 15 e 22 anos, estudei Música Erudita com a professora Eldah Rezende e o pianista Flávio Augusto. Ambos me  prepararam para diversos concursos brasileiros deste gênero musical. 
Entre 1996 e 2007, morei em Belo Horizonte. Então, segui para São Paulo, onde permaneci até 2010, retornando à Lavras, minha terra natal. Em 2017, escolhi a capital mineira para fixar residência. 
As experiências musicais fervilharam em interpretação e criação, durante todos estes anos. 
Aos 29 anos, comecei  a tocar com o grande saxofonista Vinicius Dorin. Juntos, estivemos em diversos festivais pelo país. Esta vivência resultou na gravação  do álbum “Revoada”, de autoria do artista. 
Foi em 2007, que ingressei no grupo do grandioso baterista Nenê – o Nenê trio. Então, gravei seis discos de autoria deste respeitável artista:  “Outono”, “Inverno”, “Verão”, “Primavera” e  “Mudando de rumo”. 
Em 2021, lancei  o disco Jamba Trio, em  parceria com o baixista Enéias Xavier, premiado como melhor disco no Prêmio BDMG Cultural de Música Instrumental – Marco Antônio Araújo.  O trio  se completa com um  baterista convidado. Nele, apresentações em importantes festivais como Savassi Festival, Tim Jazz Festival, Ipatinga Live Jazz e Savassi Jazz Festival. Além de projetos diversos como Seis e Meia e casas brasileiras de Jazz, como o Clube de Jazz do Café e Conservatório UFMG. 
Em minha trajetória contínua, além de Nenê e Dorin, toquei com nomes luminosos da Música. Entre eles: Toninho Horta, Carlos Malta, Marcio Bahia, Itiberê, Márcio Montarroyos.
Como compositor, meus caminhos de influência são vastos e passam pela Música Erudita, pelo Jazz Contemporâneo, pela Música Brasileira e pelo Rock.
John Coltrane, Herbie Hancock, Maccoy Taynner, Egberto  Gismonti, Tom Jobim, Milton Nascimento, Beethoven, Bach, Stravinsky,  Debussy e Brahms, estão entre os pilares admiráveis que me inspiram. 
Mas, percebo que as criações autorais fluem através de parâmetros harmônicos, melódicos e estruturais bem próprios. Penso que a minha música soma o conhecimento às as influências. É  fruto de um caminho de vida. Algo que vivi, influencia. Talvez, isso seja o que dá mais profundidade. Mais verdade. Porque, sempre, podemos colocar mais verdade. E o que eu vivo, portanto, expresso com minha música. 
Me interessa o que soma sentimento e alma. Essa sensação é muito superior a tudo: a dinheiro, ego, vaidade... Vai muito além disso tudo. E é uma coisa única. É espiritual. Fecho os olhos e, ao lado do conhecimento, das experiências e influências, abro portas e a coisa vem. Nessa essência e verdade, o que eu fiz naquele momento - a nota - , foi o que senti ali. Em outro, será outra coisa. E, assim, nascem improvisos, composições...
Um dos meus trabalhos autorais – “Nuance”, composto em 2011, ganhou show, com casa lotada no  Amazonas Green Festival – Festival que reúne os principais nomes do Jazz nacional e mundial na Amazônia - , no Theatro Amazonas, além de me apresentar na Argentina e em São Paulo, através Projeto Sesc Instrumental, entre outros eventos. Este trabalho,  já documentado em áudio no Estudo Cachuera (SP), está sendo adequado para levar a vocês, em breve, ao lado de outras  produções recentes. 
A Moda chegou para mim, há pouco tempo. Mas, não por acaso. Meu estilo de vida e hábitos ritualizados há anos, foram gerando uma assinatura visual que têm despertado interesse deste universo artístico. As tatuagens chegaram, fortalecendo um estilo que se une à minha expressão física, à escolha peculiar de me vestir, aos parâmetros comportamentais e à minha personalidade. 
É especial, no entanto, ver que apesar de, aparentemente, específico, meu perfil chega para a Moda e agências em visão capilar e abrangente. Se com o visual esportivo, tatuagens, traços, corpo e rosto atendo a um público, faixa etária, campanha ou cliente, ao colocar um terno, por exemplo, a visão executiva ou formal se instala. Tatuagens ocultas, vestuário afim...  E tudo muda. O modelo aqui, camaleão,  dialoga com a diversidade e possibilidades incontáveis. E isso é bom.   
No encontro das Artes, uma agrega à outra e este artista segue atento ao que melhor possa expressar em essência. 
Írio Júnior - pianista | compositor | modelo
IG @iriojunioroficial 

O PIANISTA TATUADO 
A força e a coragem de Írio Júnior para cravar a pele com agulhas e vestir-se na capa de um super herói de si mesmo, traduz muito sobre alguém que, comprometido com a retidão de caráter e índole, poderia parar aí. Mas, sua conduta é abrangente, segue os passos com olhar para o todo, para o ser, para os seres e além deles. Isso habita distante da vaidade e do ego. 
Entender a arte como um processo de construção ininterrupta, onde o ser se revela em conexão com a plenitude e a essência do universo... Se o artista parte da academia, passeia, incansável pela experiência do traço em seu fazer. Conhecendo e recebendo influências da ancestralidade histórica da Música, que determina estilos, gêneros e tendências de cada tempo, Írio edifica e se desconstrói, tantas vezes, a si próprio, até compor, em contemporaneidade, algo que transcenda o ordinário. Evoca e faz lembrar essa ou aquela influência, sem, contudo, apropriar-se ou dela fazer a condução da melodia. Aperfeiçoa a palavra final, com propriedade que, sim, abre espaço para sutis referências, mas, se faz presente por si mesmo, criando, executando, emocionando. 
Como um pintor que domina ferramentas, conhecimento acadêmicos e cada vez mais refina o traço, seu abstrato, definitivamente, não é rabisco. É evolução de conceitos próprios, aliados à intensidade que tem consigo o intelecto, os estudos e seu exercício ostensivo. Até que a esponja ou o pincel que deslizam sobre papel ou qualquer outro suporte, imprimam a conexão do conhecimento com a essência de uma expressão. A arte toca, assim, o mais profundo do ser, transcende o ordinário, transforma, cura, cria sua rubrica e nos presenteia. E, claro, é atemporal.  Improvisos tornam-se irretocáveis e podem ser transcritos, integralmente, tornando-se novas composições. 
A execução, aqui, faz o pianista ser mais que um, com o instrumento que escolheu. É como se veias se estendessem dos seus dedos cravando - feito teias e raizes -, teclas e madeiras do piano, cauda afora. É assim que vejo e escuto, Írio Júnior e cada nuance deste grande, virtuoso, sensível, disponível em experiência, verdadeiro em suas conexões e notável artista. 
Em seu tempo, Írio Júnior é sua marca e nos entrega algo, profundamente novo, diverso, intenso na força ou na suavidade, preciso, incomum na verborragia dos tempos das plataformas digitais, necessário como referência contemporânea legitima. Faz e é Música. 
(MÁRCIA FRANCISCO, jornalista e escritora)

NUANCE, FAIXA A FAIXA, por Írio Júnior 
Dois contra três 
A música que abre o disco chega diferente das demais, que têm contexto mais dramático. Alegre, carrega elementos da música brasileira. 
Quimera
Essa música evoca a era do Romantismo. 
Visionário 
Nessa composição direciono aspectos que se desenvolvem para alcançar o ápice. Neste ponto, a música ganha vigor máximo na execução. Nele, exploro a sonoridade mais intensa do piano, onde surge o visionário. 
Espera 
Inspirada numa espera, destas que nem sempre se consumam como a expectativa do sujeito.  O ritmo repetitivo da introdução evoca a sensação da espera. O aspecto harmônico e a melodia sempre passam pelo mesmo caminho. Poucas mudanças rítmicas se instalam sem, contudo, afastar a música de seu objetivo primordial. 
Enigma
Essa música retrata muito o Impressionismo. Exploro o mistério, através da tensão em notas e execução, na densidade da intenção. Mas, a estrutura evolui, sem que o enigma seja desvendado.  O mistério me revela, no estilo que me conduz, inclusive, na assinatura visual. 
Nuance 
Música de difícil interpretação, exatamente, por passar por várias nuances e sonoridades. Isso tange os aspectos suaves e dramáticos presentes na dinâmica, onde busco coloridos diversos. Na intenção, meu sentimento quer explorar e tocar algo mais profundo e legítimo, que possa traduzir o que é sensação. É sutil. A definição virá a partir de cada ouvinte. 
Sentido contrário 
É a única música do disco que revela um piano mais virtuoso.  Uma frase de difícil execução técnica - mão esquerda -, se repete muitas vezes. Em paralelo, a mão direita apresenta polirritmia contrária à mão esquerda. 

IMPRESSÕES:
"Ouvir o Írio é meio como olhar pro mar: dá vontade de viver e de morrer... Sentimento do Todo, da Maravilha e do Horror. Arte."  (MATHEUS NACHTERGAELE, ator, diretor e  autor) 

"O pianista e educador Irio Júnior é um músico surpreendente. Alia sua destreza técnica e a dinâmica performática do clássico pelos dedos, com a liberdade mental e criativa do jazz, porém de forma orgânica e natural. 
Há pouco tempo descobri o seu lado de compositor brilhante, com ideias melódicas futurísticas em harmonias avançadas. 
O Irio tem uma alma pura, que busca o aperfeiçoamento e sofisticação musical através de seu estilo incomum, do carisma à sua  simplicidade humana.” (TONINHO HORTA, guitarrista, compositor e cantor) 

“Irio Júnior é um músico que traz vigor e sensibilidade na apresentação de peças clássicas e contemporâneas, interagindo com classe e domínio técnico em improvisações complexas, modernas e sensoriais. Um artista com profundo conhecimento harmônico, cruzando  fronteiras criativas e emocionantes, numa simbiose com um instrumento tão completo como o piano. Uma grande expressão artística  que só os músicos talentosos são capazes de apresentar.”

(FRED MAYRINK, Diretor Artístico de TV e Cantor – Tributo a Frank Sinatra)

 "Já faz bastante tempo que não ouvia um artista com tanta sensibilidade musical. Quando conheci Irio Júnior, fiquei impressionado com o seu talento único. Ele é um artista sensacional, cuja sensibilidade, técnica e amor pela arte transparecem em cada uma de suas composições e performances. Guardem bem este nome: Irio Júnior, um verdadeiro sinônimo de brasilidade em cada nota que toca. Agradeço a Deus por nos presentear com esse talento tão genial." (CELSO RANGEL, Produtor, Diretor Musical, Guitarrista, Compositor e Engenheiro de Som, Membro do Grammy Latino) 

“Írio Júnior, um Hendrix do piano, alta frequência e volume”  (JOTABÊ MEDEIROS, jornalista, crítico de música e escritor)

“ Há muito tempo, um pianista não me desperta curiosidade do bem como agora, quando acabo de ouvir o trabalho de Irio Júnior. O título “Nuance” traduz bem o espírito do álbum que está sendo lançado. Vale a pena ouvir e se emocionar.”
(KIKO FERREIRA, jornalista, crítico musical, poeta e compositor) 



10 de nov. de 2023

Thelmo Lins em dose dupla

 


No dia 8 de novembro o cantor e compositor Thelmo Lins lançou o clipe “Ai, não me deixes não!” – nome da faixa que integra seu novo álbum “Aguaceiro” que, por sua vez, será lançado nas principais plataformas digitais, no dia 18 de novembro.

 

CLIPE

Com filmagem e edição: Thelmo Lins, assistência de filmagem de Wagner Cosse, direção musical de Daniel Rodrigues e produção da TW Cultural, o clipe “Ai, não me deixes, não!”, tem música de Thelmo Lins sobre poema de Gonçalves Dias e valoriza o bicentenário de nascimento do escritor, comemorado em 2023. 

 

Foi gravado no sítio Casa de Pedra, em Córrego do Bação, Itabirito, MG. Pela relação com a cidade e seu valor literário, o lançamento do clipe aconteceu no Canal You Tube Thelmo Lins – link direto: www.youtube.com/c/ThelmoLins –, no dia 8, por ocasião da abertura da Feira do Livro de Itabirito/MG.

 

ÁLBUM

“Aguaceiro” é o décimo disco da carreira de Thelmo Lins que, em 2024, completa 40 anos, e marca a comemoração de seus 60 anos, completados em maio deste ano. O projeto tem oito músicas, em sua maioria inéditas e autorais. Do repertório, são de autoria do artista “Aguaceiro”, “Pastel de Angu”, “Não quero cantar tão só”, “Um Grito de Dor” (esta, em parceria com Wagner Cosse) e “Ai, não me deixes não”, poema de Gonçalves Dias musicado por Lins. Outras canções completam o repertório: “Habanera” (Bizet), ária da ópera “Carmen”; “Pra que chorar? (Leo Mendonza), que fez parte da trilha sonora da peça “Pluft, o Fantasminha”; e “Cuíca, Pandeiro, Tamborim...” (Custódio Mesquita), compilada da obra de Carmen Miranda.

 

O álbum tem direção musical de Daniel Rodrigues, que também atuou como arranjador e violonista. O contrabaixista Nathan Morais, o percussionista Rogério Sam, o baterista André Limão Queiroz, a pianista Júlia Carvalho, o clarinetista Junio Ferreira, o cavaquinista e bandolinista Rafael Delvaux participam do disco, que ainda conta com um quarteto de cordas, formado pelos músicos Vitor Dutra (violino), Alexandre Kanji (violino), Cleusa Nébias (viola) e Antonio Viola (violoncelo). As gravações, mixagem e masterização aconteceram no Estúdio Galvani, sob a responsabilidade de Fabrício Galvani. No vocal da faixa “Pastel de Angu”: Letícia Garcia, Paula Gallo, Pirulito da Vila, Rosane Mendonça, Serginho Barbosa e Wagner Cosse.

 

 AGUACEIRO - Faixa a faixa:

 

“Aguaceiro” (Thelmo Lins) – A canção, criada em 1998, foi incluída no show “Sons de Minas”, que Thelmo Lins e Wagner Cosse apresentaram no projeto “Sons do Horizonte”, naquele mesmo ano. A música ficou inédita desde então, quando o cantor resolveu gravá-la neste álbum comemorativo de seus 60 anos de vida. A letra fala da importância da água para a vida humana. O arranjo abre espaço para o solo do contrabaixista Nathan Morais, ganhador do prêmio Jovem Instrumentista do BDMG Cultural.

 

“Habanera” (Bizet) – A famosa ária da ópera “Carmen” ganha um registro bem brasileiro, inspirado na bossa nova. Thelmo Lins já interpretou a canção no palco, em seu formato original, quando ainda integrava a Escola de Música Padre Xavier, em sua cidade natal, Itabirito, entre o final dos anos 1980 e início dos 90. Em 2008, desenvolveu o projeto de gravação do CD “Pop Opera”, cujo repertório era formado por trechos famosos de ópera adaptados para ritmos brasileiros. Infelizmente o projeto não se concretizou. Agora, depois de todos esses anos, Thelmo Lins relembra uma das faixas, com novo arranjo e concepção, mas com a letra original, em francês.

 

“Ai, não me deixes não!” (Thelmo Lins sobre poema de Gonçalves Dias) – A poesia sempre esteve presente na obra de Thelmo Lins, em especial nos discos de poemas musicados. Drummond, Cecília Meireles, Henriqueta Lisboa, Leo Cunha, Vinicius de Moraes, Affonso Romano e Marina Colasanti foram temas de seus principais trabalhos. O drama da flor que se vê arrastada pelas águas do regato fazia parte do livro “As mais belas histórias”, usado em sua alfabetização, na escola fundamental (naquela época, primária). Recentemente, ao reler o texto, resolveu musicá-lo, em forma de chorinho.

 

“Cuíca, pandeiro, tamborim...” (Custódio Mesquita) – Esta pérola, de um dos maiores compositores brasileiros da primeira metade do século XX, integrou o repertório de Carmem Miranda (1909-55). O samba foi registrado pela Pequena Notável em maio de 1936, antes dela alcançar o estrelato internacional em Hollywood. Nesta nova versão, ele conta com a participação inspirada o percussionista Rogério Sam, que se revezou em vários instrumentos.

 

“Pra que chorar?” (Leo Mendonza) – O mineiro Leo Mendonza notabilizou-se como dramaturgo e compositor de trilhas sonoras para o teatro. Uma de suas obras é a trilha para a versão da peça “Pluft, o Fantasminha”, de Maria Clara Machado, realizada pela Copas Produções. A montagem estreou em 2012, na capital mineira. Thelmo assistiu à peça e imediatamente se apaixonou por esta canção. Ainda inédita, neste álbum, ela ganha seu primeiro registro fonográfico. Na gravação, a música recebeu uma roupagem sofisticada, com o apoio de um quarteto de cordas.

 

“Pastel de Angu” (Thelmo Lins) – A famosa iguaria, criada pelas escravas Maria Conga e Filó, no século XIX, é o prato típico de Itabirito, terra natal do cantor. A canção traz a receita do famoso pastel, inspirada nos no samba de roda do Recôncavo Baiano, com direito, inclusiva, à percussão feita com prato e faca.

 

“Um Grito de Dor” (Thelmo Lins e Wagner Cosse) – Os versos de Wagner Cosse para a música de Thelmo Lins falam da opressão sofrida pelos povos originários brasileiros, em especial na recente chacina dos Yanomamis. Contra a devastação, um canto de compaixão em formato de oração. Participação especial do violoncelista Antonio Viola e do baterista André “Limão” Queiroz.

 

“Não quero cantar tão só” (Thelmo Lins) – Esta canção foi composta em 2021, para o show “Palco Iluminado”, que Thelmo fez ao lado do cantor Serginho Barbosa e dos músicos Daniel Rodrigues e Júlia Carvalho e registrado em vídeo, sem plateia. A gravação, ao vivo, está disponibilizada nas principais plataformas musicais. A música relata as dificuldades enfrentadas durante o isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19. Nesta versão, em formato de blues, a canção ganha novo arranjo com o piano de Júlia Carvalho e o clarinete de Junio Ferreira, dois jovens talentos que despontam na cena musical mineira.

16 de ago. de 2021

RITA LEE FAZ BEM À SAÚDE


Elaine Anunan lança música, composta em 2020, em homenagem à rainha do Rock

 


Dando sequência às celebrações de 25 anos de carreira, a cantora, violonista, arranjadora e produtora, Elaine Anunan  lança a música “Rita Lee faz bem à saúde”,  em homenagem à Rainha do Rock.  A estreia acontece nas principais plataformas digitais, no dia 31 de agosto, terça-feira.

 

“Composta e gravada no ano passado, no auge da pandemia, "Rita Lee faz bem à saúde" é a minha homenagem à Rainha do Rock. Demorou, mas, agora vem a público. 

Desde 1973, quando ganhei o meu primeiro violão de natal, soube que aquilo iria me trazer uma enorme alegria. 

E começou-se a minha jornada de tocar tudo aquilo que gostava. 

Ouvia os bolachões – era assim que chamávamos os LP’s, os vinis. 

Minha vida era ouvi-los e tirar as músicas que me interessavam. 

Nesta leva, chegou Rita Lee com “Ovelha Negra” e “Esse Tal de Roquenrow.” 

Eu assistia ao "Sábado Som", programa que ia ao ar após o "Jornal Hoje" e comandado pelo Nelsinho Motta e que um dia trouxe Rita, para o meu deleite. 

Um primo tinha este disco e me emprestou. 

Daí, “tirei” a música, mas sabia que o buraco era mais embaixo...o som dos acordes era outro bem diferente daquele que os meus ouvidos tão primários, ainda ouviam. 

Onde Rita aparecia, lá estava eu grudada na TV, tentando aprender com ela. 

E fui ficando cada vez mais encantada com essa artista, tão completa, tão criativa, tão linda, que tocava violão e guitarra!

E assim nasceu a minha idolatria por ela. 

Seus hits fazem parte do meu repertório pessoal e profissional. 

Agora, é a minha vez de, à luz da gratidão, mesmo à distância, oferecer a ela, as energias dessa composição, influenciada pela sua arte, pela sua “pegada” rock e por todo amor pela música, que ela tanto ajudou a nutrir. 

Sim, Rita Lee Faz Bem à Saúde!”

Elaine Anunan

 

 

RITA LEE FAZ BEM À SAÚDE

Elaine Anunan

 

Minha linda senhora

Rainha do Rock, nossa Bwana

Que nos salva e nos chama pra dançar e amar

Oh yeah!

Sempre foi levada da breca

Corista de rock, um caso sério

Saiu de casa com o retrato do gato

E foi pega no flagra

Sem muito recato

Oh Yeah  

 

Rita Lee faz bem à saúde

Abala de Paris ao Xingu

Outra no mundo não há

Nem lá em Shangri-La

Por você vou roubar os anéis

E usar tudo

Nada de lixo

Só luxo

 

Padroeira dos malucos

Sois a beleza

Um cuerpo caliente

Prato de sobremesa

 

FICHA TÉCNICA:

Bateria, Baixo,Teclado, Guitarra, Percussão: Márcio Monteiro

Voz: Elaine Anunan

Backing vocals: Elaine Anunan

Técnico de gravação: Márcio Monteiro

Arranjo: Márcio Monteiro

Produção executiva: Elaine Anunan

Projeto gráfico: Luiza Marilac Horta

Arte final: Mariana Fonseca

Foto: Silvia Godinho

 

Instagram:@elaineanunan

Facebook: elaineanunanoficial

YouTube: Elaine Anunan – http://youtube.com/user/anunan

2 de ago. de 2021

SAMBA É AMOR!


Marcelo Kamargo celebra 20 anos de carreira musical,

com disco pela gravadora Kuarup e novo clipe chegando

 

O cantor, compositor e violonista Marcelo Kamargo celebra 20 anos de carreira musical. A comemoração é em grande estilo. Já está nas plataformas digitais, “Samba é amor”, quinto  álbum do artista. Ele chega pela gravadora e produtora Kuarup.


A festa não para por aí. No dia 20 de agosto, sexta-feira, 20h, acontece o lançamento do clipe “Cintilante” (faixa integrante do novo disco), no YouTube do músico.  Cintilante é um samba lúdico, bossa nova, com sofisticadas melodias do violoncelo de Sérgio Rabelo e do piano de Ricardo Gomes. Participação da cantora Ana Espí, cuja voz de agudo límpido e suave completa uma perfeita sintonia de duetos com Marcelo Kamargo.


SAMBA É AMOR – MARCELO CAMARGO -  LOBO MUSIC & KUARUP

Samba é amor é o quinto disco de Marcelo Kamargo, compositor, violonista e intérprete mineiro, natural de Coronel Fabriciano/MG e residente em Belo Horizonte. Marcelo estreou em 2001 com o disco Clarão da Noite. Desde então, lançou Zerundá (2004) e Além do Sol (2008) e Marcelo Kamargo – 10 anos, ao vivo (2011). No formato independente, o artista revelou um marcante ecletismo nas mais variadas vertentes da MPB. Nesse novo projeto, Marcelo Kamargo se reconecta com suas raízes ancestrais e se entrega de corpo e alma ao samba.  O disco é um tributo aos grandes sambistas brasileiros, que foram sua referência nesse gênero musical.

Samba É Amor nasceu a partir de três sambas compostos por Marcelo Kamargo (Aprendiz, Samba Até Cair, Um Filme De Amor), e um encontro com Ricardo Gomes (Samba É Amor, Embriagado Com A Solidão). Iniciada a produção, o projeto foi apresentado ao violeiro Chico Lobo que, encantado e como curador profissional, enviou o trabalho à gravadora e produtora Kuarup.

A aventura bem-sucedida de Marcelo Kamargo transita entre o samba mais tradicional, em composições influenciadas por Nelson Cavaquinho, Cartola, Adoniram Barbosa, Pinxinguinha, entre outros e faz uma ponte com os bossa novistas Paulinho Nogueira, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Toquinho. As gerações seguintes de sambistas não ficaram à margem desse processo criativo. Assíduo ouvinte de Ruy Maurity, Benito de Paula, Paulinho da Viola, João Nogueira, Paulo César Pinheiro, Gonzaguinha, João Bosco, Aldir Blanc, Chico Buarque e Zeca Pagodinho, integram as referências no repertório do “Samba é amor”. Nesse trabalho, Marcelo Kamargo consolida a parceria com o músico e produtor Ricardo Gomes, em duas faixas.

Ricardo Gomes assina, além da produção e arranjos: os baixos, teclados e violão nylon. Além dele, “Samba é amor”: Léo Pires, na bateria; Fernando Bento, no cavaquinho; Gustavo Monteiro, no violão de sete cordas; Duduzinho Aguiar, no acordeom; Diego Panda, Analu Braga e Rafael Leite, nas percussões; Edson Morais, no saxofone; Neco Bone, no trombone; Ana Espí, Luísa Espí e Sofia Espí nos coros; e Sérgio Rabello no violoncelo. As cantoras Ana Espí e Celinha Braga fizeram participações especiais.  O disco foi gravado no Estúdio Ricardo Gomes. Mixagem e Masterização - Alessandro Tavares/Arte Nossa Estúdio- BH.Fotografia - Ricardo Gomes. Arte: Kuarup.

 

Um grande CD de sambas(...)Ler os nomes que inspiraram Kamargo foi suficiente para atestar que um trabalho como esse não tem como não ser singular. Ouvir o álbum, iniciado pelos três sambas aqui citados, foi o que me bastou para decidir comentar Samba é Amor. (...) Compondo canções que revelam mestres de ontem, de hoje e do futuro à alma dos brasileiros, cada vez mais solidificarão e manterão a nossa música como a melhor do mundo. Assim, ó: numa boa, ouçam Marcelo Kamargo! Se puderem, comprem o CD, se não puderem, busquem o disco na internet.”

(JB, Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4)

 

CURIOSIDADES:

O disco “Samba é Amor” é um reconhecimento do samba como um dos mais ricos tesouros culturais do planeta, que nos identifica enquanto povo brasileiro em qualquer lugar do mundo. O artista Marcelo Kamargo quis trazer sua contribuição, como compositor e intérprete, ao demarcar seu espaço para a preservação do samba em nosso cenário cultural.

Um fato marcante para Marcelo Kamargo foi constatar que “o processo de composição desse gênero reflete a técnica peculiar de escrita,  harmonização e interpretação. Inegável que a experiência vivencial e musical de cada artista se incorpora na obra. Parece lugar comum dizer isso, mas não é, sobretudo quando o tema é o samba. Cada compositor imprime sua personalidade e revela um marcante formato de existir, soar e entregar seu conteúdo”.


FAIXA A FAIXA, por Marcelo Kamargo

1-    Samba é amor: “Sambar é reinar, sambar é brincar, sambar é gostar de você, sambar é viver bem querer” abre o álbum, revelando a influência de Zeca Pagodinho e Toninho Geraes nessa parceria de Marcelo Kamargo e Ricardo Gomes. A canção ressalta que o samba é uma força que vibra a emoção e pode ser leve, nobre, ágape amor.

2-    Natural é o amor: É um samba ligeiro, que inicia num flerte de solo do cavaquinho de Fernando Bento com o instrumental “Moendo Café”, de José Manzo e Mário Albanese.  Faz uma irônica crítica à atual onda de conservadorismo que prega a abstinência sexual.

3-    Não há mal que o samba não cure: Inspirado em Paulo César Pinheiro e João Nogueira, este é um samba raiz. A base tradicional do cavaquinho, violão de sete cordas e percussão, foram capitaneados, com requinte, por Fernando Bento, Gustavo Monteiro e Diego Panda. Envolvente arranjo de Ricardo Gomes na linda música e letra de Marcelo Kamargo.

4-    Um filme de amor: É um samba bossa que conta a história de um amor não correspondido. Aquele que habita as fantasias de uma personagem, que não perde a esperança de se entregar ao seu novo amor. A referência musical nessa composição foi o artista Paulinho Nogueira.

5-    Samba da primavera: Música que nasceu inspirada nas belas imagens de casamentos assistidos por Marcelo Kamargo. Nela, o artista imagina o noivo no encanto do universo cerimonial, revelando seus sentimentos.

6-    Embriagado com a solidão: Parceria de Marcelo Kamargo e Ricardo Gomes que conta a história do fim de um romance. O cenário, é a zona boêmia de Belo Horizonte, da Rua da Bahia, antigo recanto de poetas, assim como Noel Rosa.

7-    Brilhar mais uma vez: Canção especialmente elaborada para a intérprete Celinha Braga. A inspiração foi em Nelson Cavaquinho: poucos acordes e palavras, sintetizam comoventes histórias de amor.

8-    Aprendiz: Esse samba nasceu com sotaque paulista, influenciado pela estrutura de composição de Adorinan Barbosa, com arranjos de Ricardo Gomes visando esse objetivo.

9-    O Que o amor deixou em mim: É um samba jazz de letra romântica. Mistura melancolia poética com uma harmonia em acordes de tons menores. A história apresenta um lindo desfecho, em que prevalece a lealdade ao amor impossível, protagonizado por um anônimo personagem apaixonado. Neste samba, Marcelo Kamargo reconhece as influências que recebeu de Gonzaguinha, João Bosco e Aldir Blanc.

10-  Cintilante: É um samba lúdico, bossa nova, com sofisticadas melodias do violoncelo de Sérgio Rabelo e do piano de Ricardo Gomes. Participação da cantora Ana Espí, cuja voz de agudo límpido e suave completa uma perfeita sintonia de duetos com Marcelo Kamargo.

11-  Samba até cair: É o samba pulsante que fecha o álbum e traz a mensagem atualíssima da esperança de dias melhores. Nele, cabe uma bateria inteira de escola de samba. Extrai-se dos seus versos a força que o samba traz para avivar a esperança em tempos difíceis. Resistir e viver se permitindo ser feliz...afinal, ninguém sabe quando a vida termina.

“Vinte anos é um marco de muitas alegrias para mim. Tudo começou com o CD Clarão da Noite (2001), produção independente e culmina, agora no lançamento do CD Samba é amor, pela gravadora e produtora Kuarup & Lobo Music. Os anos passaram, com descobertas e inspiração para novas composições. Me ensinaram o valor da simplicidade, permitindo, sobretudo, ecoar em minhas letras a paz e amor. Vislumbro uma sociedade mais igualitária e fraterna em minhas canções. Sigo nessa trilha, de coração aberto, no desejo de chegar aos trinta, quarenta ou, quem sabe, cinquenta anos de carreira. O reconhecimento do bom trabalho realizado já está acontecendo. Que as boas energias continuem comigo e com vocês, em crescente comunhão para um mundo melhor!”
(Marcelo Kamargo)

 

O CLIPE

“Cintilante” foi gravado em 07 de julho de 2021, no Click Studio.   Com Direção e Produção artística de Marcos Neves e Ricardo Gomes, iluminação: Gustavo Gurgel, câmeras: Marcos Neves, o clipe teve a produção executiva: Marcelo Kamargo. Interpretes: Marcelo Kamargo feat Ana Espí. O áudio é faixa integrante do álbum “Samba é amor”, de Marcelo Kamargo (Kuarup):

Intérprete - Marcelo Kamargo e Ana Espi 

Cordas/Cellos: Sérgio Rabello Baixo/Piano/Violão Nylon: Ricardo Gomes

Percussão: Diego Panda 

Bateria: Léo Pires


MARCELO KAMARGO

Natural de Coronel Fabriciano, Marcelo Kamargo nasceu numa família de músicos. Aos sete anos mudou-se para Belo Horizonte/MG, onde vive até hoje. Seguindo os passos do lado paterno da família, ingressou no aprendizado dos acordes do violão aos 11 anos, principalmente, por influência de seu pai, o cavaquinhista Mestre Jonas. Desde pequeno participava dos encontros musicais rotineiros da família, pois seus tios, tios-avôs e primos tocavam violão popular e o canto ficava por conta de sua mãe Dalva, tias e primas.

Aos dezessete anos começou sua trajetória em busca de aperfeiçoamento,   ingressando na Escola Cantorum do Palácio das Artes, no curso de teoria musical. Em seguida, cursou canto popular, primeiro com a cantora lírica Mary Armendani e depois com a Professora Celinha Braga. O aprendizado do violão popular e erudito, no início, foi com seu tio Sebastião Marcelino e depois, como autodidata.

Gravou quatro CDs independentes, cujo repertório abrange a fase romântica (Clarão da Noite, 2001), a fase de celebração das raízes afro do artista (Zerundá, 2004), e a fase pop/jazzística/instrumental (Além do Sol, 2008).

O trabalho do artista Marcelo Kamargo é eclético, contudo, com influências que vão desde o Clube da Esquina, Vale do Jequitinhonha, Tropicália, Chico Buarque, até as bandas de rock dos anos setenta (Beatles, Led Zeppelin, Focus, Triunvirat, Emerson, Lake e Palmer etc).

Instagram: @marcelokamargo (demais links na bio)

KUARUP

Especializada em música brasileira de alta qualidade, o seu acervo concentra a maior coleção de Villa-Lobos em catálogo no país, além dos principais e mais importantes trabalhos de choro, música nordestina, caipira e sertaneja, MPB, samba e música instrumental em geral, com artistas como Baden Powell, Renato Teixeira, Ney Matogrosso, Wagner Tiso, Rolando Boldrin, Paulo Moura, Raphael Rabello, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Elomar, Pena Branca & Xavantinho e Arthur Moreira Lima, entre outros.  Mais: www.kuarup.com.br

MARCELO KAMARGO – 20 ANOS DE CARREIRA MUSICAL

Lançamento do álbum “Samba é amor” (Lobo Music & Kuarup)

Já nas principais plataformas digitais. Ouça agora:

http://orcd.co/b08rabe

 

Lançamento do clipe “Cintilante”

20 de agosto, sexta-feira,20h

http://www.youtube.com/c/MarceloKamargo

 


30 de jun. de 2021

ELAINE ANUNAN CELEBRA 25 ANOS DE CARREIRA

A artista estréia como compositora e lança  o single e  o clipe "A manha que eu perseguia".

 

FOTO: SILVIA GODINHO


A cantora, violonista, arranjadora e produtora, Elaine Anunan celebra 25 anos de carreira musical.

As bodas de prata vêm coroadas com o lançamento do single “ A manhã que eu perseguia”, no You Tube e plataformas digitais, no dia 16 de julho.  No dia 23, é a vez do clipe da artista que ganha, também, o YouTube.

E não para por aí, ainda neste semestre, Elaine prevê mais dois lançamentos - 1 single e 1 EP, revelando quatro músicas assinadas por ela. As datas serão reveladas, em breve.

Elaine Anunan começou a compor há cerca de um ano. O repertório autoral traz a identidade da cantora que define a sua primeira composição:

A canção é um olhar positivo que nasceu em meio à uma crise mundial, mas com forte impacto no âmbito pessoal. A ‘manhã’ é um chamado para viver este momento único de respirar e olhar a vida com mais cuidado. Meu agradecimento a tudo que essa pandemia trouxe de positivo: dar o justo valor à vida, o amor, aos amigos, ao planeta e à arte!” (Elaine Anunan)

O single “A manhã que eu perseguia” foi gravado, mixado e masterizado no Estúdio Bianchi – BH, em abril de 2020 e teve a produção musical – arranjador, técnico de gravação, mixagem e masterização de Márcio Monteiro. A arte da capa é de Flávia Guimarães/Editora Rupestre. Voz e violão: Elaine Anunan. Baixo, guitarra, bateria, percussão e teclado: Márcio Monteiro.

O clipe teve direção geral e produção de Silvia Godinho/ Oficina de Criação Filmes. Assistentes de Produção: Andréia Haddad e Andréa Toledo. Foi gravado no Estúdio Bianchi e Mirante da Serra Rola Moça, em setembro de 2020. Produção executiva: Elaine Anunan.

 

A MANHÃ QUE EU PERSEGUIA

Elaine Anunan

A MANHÃ QUE EU PERSEGUIA

AMANHECEU E NÃO LUZIA

PENSEI EM COMO ISTO É POSSÍVEL

SE O SOL SEMPRE BRILHA

A MANHÃ QUE EU PERSEGUIA NÃO VINHA HÁ MUITO

ME ILUDIA

DE TANTO ESPERAR EM TÊ-LA UM DIA

SE CANSAVA, EM SER SEM SINTONIA

OUTRORA AOS BERROS BRADARIA

VENHA LOGO!

ACORDANDO TODO DIA

ACREDITANDO QUE A TERIA,

POR UM SEGUNDO...A ALEGRIA

MAS O TEMPO SE MUDOU NUM DIA

O DIA VIROU NOITE,

E A VIDA, ARREDIA

A MANHÃ QUE TANTO EU QUERIA

NÃO ERA MAIS, TÃO FUGIDIA

SE FEZ REAL, SE FEZ PRESENTE

TÃO DIFERENTE, DAQUELA UTOPIA

POUCAS SERÃO AS REMINISCÊNCIAS

DAQUELE MUNDO DE APARÊNCIAS

DOS CÉUS AGORA UMA CARTILHA

UM NOVO EPÍLOGO

NO CENÁRIO DESTA PANDEMIA

A MANHÃ, ENFIM, VIROU DIA

VEIO COMO, ACREDITEI QUE VIRIA

 

TRAJETÓRIA

Cantora, violonista, arranjadora e produtora, Elaine Anunan, natural de Belo Horizonte tem uma história em várias cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo.

Foi a Líder e cofundadora da banda do VOZ E CORDAS que atuou no cenário musical mineiro de 1998 a 2004. Neste período, a banda se apresentou em várias casas de Belo Horizonte, como BERLIN BEER, NO FUNDO DO BAÚ, NUTREAL, CHOPPERIA TAPAS e MANHATTAN GRILL, além de diversos eventos dentro e fora da capital mineira.

De maio a setembro de 2002, a banda participou do projeto TRILHAS DA CULTURA, patrocinado pela fundação BELGOMNEIRA, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, quando percorreu nove cidades com o Show PELO MUNDO.

São memoráveis, as suas apresentações em casas noturnas como Nutreal (Nova Lima), São Firmino Botequim (Belo Horizonte), No Fundo do Baú (Belo Horizonte), Giru’s disco club (Pará de Minas).

Apresentou-se na abertura da 8ª mostra de cinema de Tiradentes, em janeiro de 2005, e na abertura da 1ª MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO, em Julho de 2006.

Gravou o C  “TODA COR, TODA LUZ”, patrocinado pela FUNDAÇÃO BELGOMINEIRA, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, em julho de 2006.

Como cantora, integrou a banda CONTINENTAL CLUB BAND, em 2008 e foi selecionada pelo Projeto Cantoras Daqui, promovido pelo BDMG, em 2005.

Como violonista já tocou com MARINA MACHADO no SESC Ribeirão Preto, em 2005. Em 2004, apresentou-se em DENVER, COLORADO (EUA), a convite da PARTNERS OF AMERICAS, onde administrou oficinas de violão e música popular brasileira para estudantes de música e público em geral. Lá se apresentou ao público em eventos diversos, promovidos pela entidade.

Em 2003, foi convidada pelas cantoras BETH LEIVAS E MÔNICA TAVARES, para atuar como violonista e cantora, no show “O QUE DEUS FEZ TÁ FEITO”, no Teatro da Praça, em Belo Horizonte.

Em 2000 e 2001, atuou como cantora, violonista e arranjadora nas duas temporadas do espetáculo “EH, VIVA!”, do projeto CONSTRUINDO UM SHOW, da BABAYA ESCOLA DE CANTO, no Teatro Isabella Hendrix, Belo Horizonte.

Em 2001, fez participação especial como cantora e instrumentista no show SÁ RAINHA, da cantora TITANE, no Teatro Alterosa, em Belo Horizonte.

Integra desde 2002, o grupo feminino HARÉM DA IMAGINAÇÃO, liderado por Rosana Brito e Isabella Ladeira (Lúdica Música). Neste grupo, fez apresentações no CINE TEATRO BRASIL VALOUREC, CASA OUTONO, UTÓPICA MARCENARIA e em outras casas em Belo Horizonte. Apresentou-se no Festival de Inverno de Corais, em dezembro de 2007, em Belo Horizonte; participou da gravação do DVD do grupo “LÚDICA MÚSICA”, em novembro de 2007 e Festival de Inverno de Congonhas, em julho de 2007. Participou do projeto “TRILHAS DA CULTURA”, patrocinado pela FUNDAÇÃO BELGO MINEIRA, em 2004. Neste projeto, o grupo se apresentou em Bom Despacho, João Monlevade, Contagem e Belo Horizonte.

Sua trajetória que, também, transita pela realização de eventos corporativos e particulares com sua banda, em todo o Brasil, guarda, entre os clientes: Fundação Dom Cabral, Sociedade Mineira de Pediatria – SMP, NUTREAL, FIAT.

Elaine tem realizado lives semanais no Instagram e YouTube, enquanto se prepara para os lançamentos desse mês.

Mais:

Instagram:@elaineanunan

Facebook: elaineanunanoficial

YouTube: Elaine Anunan – http://youtube.com/user/anunan

4 de mar. de 2020

VIOLA DE QUELUZ


Em uma noite musical no interior da província mineira no ano de 1881, na antiga Real Vila de Queluz, recém elevada a Cidade de Queluz, um som chamou a atenção do imperador Dom Pedro II, que lá se encontrava em viagem com destino a Ouro Preto, para inauguração de um ramal ferroviário ligado à estrada real.

                   Entre outros cortejos, uma serenata foi oferecida à comitiva real, incluindo o imperador e sua esposa Tereza Cristina. Dela participaram dois violeiros. José de Souza Salgado, também luthier e construtor das famosas Violas de Queluz e Luiz Dias de Souza, que tocou na viola que pertencia ao Capitão Francisco Furtado, ex-tabelião do 1º Ofício de Queluz, enquanto José de Souza Salgado tocou na viola do Barão de Queluz. O fato mereceu elogios e destaque no diário de viagem do Imperador e, a partir de então, a Corte Imperial passou a fazer encomendas das Violas de Queluz, que ganharam reconhecimento por seu esmero e refinamento estético e acústico, marcando o tempo e a história da música de viola em Minas e no Brasil.

                   Quase 150 anos depois, uma das duas violas que foram utilizadas na serenata para o Imperador Dom Pedro II naquela noite, mais precisamente a que pertencia ao Capitão Francisco Furtado, é encontrada e trazida de volta a Minas Gerais pelas mãos do luthier Max Rosa. Max, além de reconhecido nacionalmente como um dos grandes luthiers de violões de cordas de aço, é também restaurador e detentor de precioso acervo composto por diversos exemplares de Violas de Queluz, todas autênticas e construídas por diferentes gerações de artesãos entre 1860 e 1940, na antiga cidade de Queluz de Minas, atual Conselheiro Lafaiete. A importância da viola para a cultura de Minas Gerais inclusive foi reconhecida pelo IEPHA que, no ano de 2018, declarou a Viola, em suas formas de se fazer e tocar, como patrimônio imaterial do Estado de Minas Gerais.

                   Max Rosa realiza então minuciosa restauração neste emblemático instrumento, para que o mesmo possa nos mostrar novamente o som que encantou D. Pedro II.

                   Para contar esta história, Max Rosa convida o parceiro e violeiro Rodrigo Delagecom quatro discos lançados e uma história musical fortemente ligada às Violas de Queluz, para a empreitada de criar, compor e gravar em estúdio a “viola imperial”. Surge daí, a música “Viola de Queluz”, single lançado recentemente e que já se encontra disponível em todas as plataformas digitais.

                   Rodrigo Delage lançou, no ano de 2002, seu primeiro disco, o “Viola Caipira Instrumental”, que teve na capa e encartes, fotos e detalhes de uma Viola de Queluz fabricada por José de Souza Salgado nas primeiras décadas do Século XX. Neste disco, Delage grava e compõe a faixa “Entardecendo no Sertão” com a mencionada viola, sendo este dos primeiros registros em disco do som autêntico das afamadas Violas de Queluz. Aludido álbum foi premiado em 2003 como melhor disco no Prêmio Nacional de Excelência da Viola. Delage lançou posteriormente mais três discos, “Águas de uma Saudade” em 2008 (Melhor Disco – Prêmio Rozini de Viola 2013), “Imaginário Roseano” em 2008, com João Araújo e Geraldo Vianna e “Périplo – Viola Caipira” em 2014. Em todos os seus álbuns Delage utilizou registros visuais, com fotos nos encartes, e sonoros, com gravações de faixas utilizando antigas violas de Minas Gerais, seja a Viola de Queluz de José de Souza Salgado, sejam violas de fabricação do grande violeiro Zé Côco do Riachão.

                   Com arranjos e direção musical de Geraldo Viannao single “Viola de Queluz”, mostra-se uma homenagem e um registro primoroso do som das violas de Minas, em especial da “Viola Imperial” que novamente volta a nos mostrar seus antigos timbres que marcaram um tempo. A letra é uma poética narrativa da trajetória destas míticas violas, desde o moldar das madeiras em sua construção até seu incerto destino final, levadas pelas mãos dos romeiros, tropeiros e violeiros das Minas e dos Gerais. Junto dos timbres das violas explorados por Delage, a faixa conta com os lindos vocais do próprio Max Rosa, além de luxuosa participação especial do acordeom de Célio Balona, contando ainda com os músicos Leo Pires e Sérgio Rabello. Trata-se de uma definitiva contribuição para a história da viola, instrumento que se insere de forma determinante na cultura do povo mineiro, como registro valioso de, como faz menção a música, “um tempo que não volta mais, nosso eterno tesouro das Minas Gerais”.

OUÇA AQUI:






Ficha Técnica:
Single: Viola de Queluz (Max Rosa e Rodrigo Delage)
Distribuição: Tratore
Direção Musical: Geraldo Vianna
Gravação e Mixagem: Estúdio Bemol / novembro de 2019
Vocais: Max Rosa
Violas e Vocais: Rodrigo Delage
Acordeom: Célio Balona
Bateria: Leo Pires
Baixo: Sérgio Rabello
Masterização: Estúdio Engenho / dezembro de 2019