8 de mai. de 2023

SÉRGIO MOREIRA E PATRÍCIA AHMARAL CANTAM SÉRGIO SAMPAIO

 


O show abre as homenagens ao artista, pelos 30 anos de saudade, a se completarem em 2024

No dia 25 de maio, quinta-feira, às 20h30, na Casa Outono (Rua Outono, 571 – Carmo – BH – MG), Sérgio Moreira e Patrícia Ahmaral cantam Sérgio Sampaio.  O show abre as homenagens ao artista, pelos 30 anos de saudade do cantor e compositor, a se completarem em 2024 e conta com as participações virtuais de Kiko Ferreira, Déa Trancoso e Zeca Baleiro. No palco, com Moreira e Patrícia, o músico convidado: Rogério Delayon.

Os ingressos para o espetáculo -  R$50,00 (cinquenta reais) -   já estão à venda pelo Sympla: https://bit.ly/3NPon36

Informações adicionais: 31 999060624

SÉRGIO SAMPAIO

Sérgio Moraes Sampaio foi um cantor e compositor brasileiro, era filho de um maestro de banda, o Sr. Raul Sampaio, que além de maestro, mantinha sua família com uma pequena fábrica de tamancos onde Sérgio Sampaio também trabalhou. A influência musical veio do pai, que era enérgico, e da mãe, dona Maria de Lourdes que era professora primária.

Atravessaram momentos difíceis com a falência da fábrica e Sampaio então foi trabalhar em Rádio, talvez nesse período, a música se concretizou na vida dele.

 Suas composições passeiam por vários estilos musicais, indo do samba e choro, ao rock'n roll, blues e balada. Sobre a poética de suas composições, em que se vê elementos de Franz Kafka e Augusto dos Anjos, que lia e apreciava, declarou num estudo Jorge Luiz do Nascimento.
Começou a gravar, em 1972, ano em que sua canção "Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua" participou do IV Festival Internacional da Canção e integrou um compacto do festival, que graças a ela vende 500 mil cópias, tornando-se sucesso no carnaval de 1973, e rendendo a Sérgio Sampaio o Troféu Imprensa como revelação de 1972, na Rede Globo, emissora em que trabalhava o apresentador Silvio Santos.

Em 1973 lançou seu primeiro LP pela Philips, produzido por Raul Seixas e com o nome da canção de sucesso, com vários músicos de renome. O disco não foi um sucesso de vendas, mas produziu uma imensa legião de seguidores e admiradores que se multiplicam a todo tempo.
Sérgio Sampaio casou-se em 1974 com a também capixaba Maria Verônica Martins, afastando-se da carreira por algum tempo. Tinha lançado, neste ano, com produção de Roberto Menescal, um compacto em que reverencia e critica o conterrâneo Roberto Carlos.

Em 1975 lançou, agora pela gravadora Continental, outro compacto. No ano seguinte gravou seu segundo LP, chamado "Tem Que Acontecer", e que contou com participações de artistas como Altamiro Carrilho e Abel Ferreira.

Em 1977 mais um compacto pela Continental, "Ninguém Vive Por Mim", último por essa gravadora. Realizou shows e teve composições gravadas por artistas como Zizi Possi, Marcos Moran e Erasmo Carlos, ficando cinco anos longe dos estúdios.

Novamente se casa em 1981, com a arquiteta Ângela Breitschaft, com quem teve o filho João, afilhado de Xangai, separando-se em 1986. Ainda em 81 produz o LP “Sinceramente” e faz alguns shows de lançamento em várias cidades.

Afastado da mídia, após a separação voltou para a casa paterna e em seguida para o Rio de Janeiro. A carreira só experimentou um recomeço quando se mudou, no começo da década de 90 para a Bahia, por intermédio do compadre Xangai, quando velhos sucessos foram novamente lançados por Elba Ramalho, Luiz Melodia, Roupa Nova e outros cantores.

Em 1994 acertou com a gravadora Baratos Afins o lançamento de um disco com músicas inéditas, mas infelizmente faleceu vítima de pancreatite antes de concretizar o projeto. 

Sampaio voltaria em 2006 com um álbum póstumo, “CrueL’, lançado pelo selo Saravá , numa bela produção do cantor e compositor Zeca Baleiro.

“Algumas informações desse release foram retiradas do dicionário Cravo Albim e do livro “Eu quero é botar meu Bloco na rua biografia de Sérgio Sampaio” do autor Rodrigo Moreira.

SÉRGIO MOREIRA E SÉRGIO SAMPAIO

“A primeira vez que vi e ouvi Sergio Sampaio foi em 1972 no IV Festival internacional da Canção, onde muitos grandes artistas foram revelados. Sérgio Sampaio deixou uma marca em mim, desde então e, logo, tomei conhecimento da sua obra. Suas canções começaram a permear o meu repertório e a influenciar minha maneira de compor.

Eu o conheci pessoalmente no Rio de Janeiro em 1982 quando realizei uns shows num bar chamado Bar do Violeiro no Leblon, quem o levou ao meu show e me apresentou foi meu amigo de longa data e grande artista Xangai.

Em Belo Horizonte realizamos shows no Pro Arte, mas ele esteve também no Cabaré Mineiro e algumas outras cidades de Minas.

Sempre achei o Sampaio muito autêntico, inteligente e originalíssimo, em suas letras de conteúdo existencial, ora irônico, ora romântico, indo do iê iê iê ao samba, a bossa nova, ao samba canção, ao experimental e tudo que está ligado ao seu grande conhecimento do ser humano”. (Sérgio Moreira)

“Em Belo Horizonte, alguns conhecem melhor o seu trabalho  e ninguém mais do que Sérgio Moreira, jovem cantor e compositor que está sempre interpretando músicas de Sérgio Sampaio.”

(Carlos Felipe, jornalista, Jornal Estado de Minas ,  1982 – in “Entre nós e o Sérgio Sampaio”)

O SHOW

“Eu me sinto muito à vontade para interpretar Sampaio, pois é algo amalgamado em mim e o faço com prazer. Isso, porque, a cada vez que canto, surge algo revelador em suas canções.

Há vários anos, homenageio o artista, através de shows, ao lado de artistas   convidados que se identificam com o Sampaio.  Dessa vez, tenho o prazer de estar com Patrícia Ahmaral, cantora e compositora de atitude forte em seus projetos e fiel representante da alma feminina de Sérgio Sampaio.

O desenho do show conta com as participações especiais virtuais plenas em significado e coerência, para abrir frente aos 30 anos de saudade desse artista eternizado, por história, obra e ser”.

(Sérgio Moreira)

 

foto: Mônica da Pieve

SÉRGIO MOREIRA

Sérgio Moreira nasceu em Teófilo Otoni, mas foi na cidade de Nanuque, que iniciou sua carreira profissional. Em 69 trabalhava na então recém inaugurada Raádio Difusora de Nanuque, ali seu contato com a música foi intenso e em 1970 tornou-se crooner do conjunto da cidade o “Rota 70”.

Em 1972, aos 17 anos mudou-se para Belo Horizonte e aqui definiu seu caminho pela música. Foi estudar no Colégio Estadual Central, lugar de efervescência cultural de BH na primeira metade dos anos 70, ali conheceu músicos da cena da época, do Clube da Esquina ao Rock e música regional. Sua primeira banda de rock progressivo em 1973, “A Nuvem de Gafanhotos” foi censurada, mas fez algumas apresentações, em 1974 o seu primeiro grupo de música mais regional o “Ingazeira”. Em 1980 ele parte para a carreira solo e em 81 torna-se diretor artístico da casa de shows “Pro Arte”, por onde passaram importantes nomes da música de Minas e do Brasil. 1986 lança seu primeiro álbum homônimo, “Sergio Moreira”

Em 1991, lançou seu segundo cd “Transparente”, em 2005, lança o CD “Negro”. Produziu e participou de dezenas de shows, discos, movimentos culturais e festivais emMinas e pelo país. Em 2006 produziu juntamente com o Percussionista Bill Lucas a trilha sonora para a ONG Corpo Cidadão, do Grupo Corpo, “Corpo pra que serve”. Em 2008 foi outra vez convidado para produzir nova trilha com Bill Lucas, “Linguagens”, ambas lançadas em

CD pela Ong. Ainda em 2008 produziu o CD São João Del Rey Sagrada e Profana e no início de 2009 o CD São João Del Rey 50 Anos de Samba. Em 2013 teve seu trabalho reconhecido na revista “Radio em Revista”, uma publicação do Depto. de Comunicação Social da FAFICH – UFMG, com reportagem sobre sua trajetória artística e análise literária da obra. Além do seu trabalho como cantor e compositor, Sérgio Moreira é também criador e produtor de trilhas e jingles publicitários e conta hoje com mais de 1600 peças produzidas ao longo dos 40 anos dedicados a essa função. Dentre várias apresentações destaca: Concorrência Fiat, Palácio das Artes 1988, O COMPOSITOR E A CANTORA 1991, CANTORES DAQUI, DOIS NA QUINTA 2016, estes, eventos do BDMG Cultural, O SERTÃO Homenagem a Guimarães Rosa – CINE BRASIL VALOUREC 2017, CAFUZO CINE BRASIL VALOUREC 2017 – 2021 participou da Mostra Mucuri Musical, ao lado de Tau Brasil, Bilora, Beatriz Farias e Pereira da Viola. Atualmente está produzindo seu mais recente álbum, “Simplesmente 50”.

foto: Kika Antunes

 PATRÍCIA AHMARAL

Artista reconhecida dentro da produção musical belo-horizontina e com participações em projetos nacionais ao longo da carreira, como “Prata Da Casa” (Sesc Pompeia), “Novo Canto” (RJ), “Bem Brasil” (TV Cultura – SP), “Conexão Vivo” (MG e capitais no país), Patrícia Ahmaral começou a atuar nos anos 1990, na mesma efervescente cena que revelaria o saudoso VANDER LEE (1966-2016) e as bandas pop locais, de repercussão nacional, Pato Fu, Skank e Jota Quest. Entre o final dos anos 1990 e os anos 2010, lançou três discos solos de estúdio. Seu trabalho de estreia, “Ah!” (1999), foi produzido por ZECA BALEIRO, artista que conheceu ainda em início de carreira, através de uma amiga em comum, também cantora, hoje empresária do meio musical, ROSSANA DECELSO. Lançou ainda “Vitrola Alquimista” (2004), produzido por RENATO VILLAÇA e “Superpoder” (2011), produzido por FERNANDO NUNES. 

Após um hiato na carreira, em 2021, lançou nas plataformas o álbum “Ah!Vivo!”, registro do show comemorativo do tempo de atuação. Divulgou também singles de um trabalho autoral que ela prepara: “Tirania”, “Que Graça” e “Frida”, compostas por ela, no período pandêmico.

Em novembro de 2022, concluiu um sonho acalentado há anos e lançou o primeiro volume de um álbum duplo, tributo ao poeta piauiense TORQUATO NETO (1944-1972), reunindo parte de suas parcerias musicais com GILBERTO GIL, CAETANO VELOSO, JARDS MACALÉ, entre outros nomes . O volume dois do projeto será lançado no final de maio de 2023. O álbum duplo é composto pelos seguintes títulos: “Um Poeta Desfolha a Bandeira – Patricia Ahmaral canta Torquato Neto – vol.1”   e “A Coisa Mais Linda Que Existe – Patrícia Ahmaral canta Torquato Neto – vol.2”. Ela se prepara agora para circular com os shows de lançamento do trabalho, que é o primeiro songbook dedicado à regravação da obra “musical” de Torquato. O projeto tem direção artística de Zeca Baleiro e produção musical de MARION LEMONNIER, ROGÉRIO DELAYON e WALTER COSTA.  O trabalho foi gravado através de recursos da Lei Aldir Blanc (MG) e campanha crowdfunding.

Em seus discos anteriores, Patrícia interpreta com personalidade obras de compositores como SÉRGIO SAMPAIO, WALTER FRANCO, RAUL SEIXAS, ALCEU VALENÇA, LUCINHA TURNBULL, entre outros e os une a nomes da cena independente, como MATHILDA KÓVAK, SUELY MESQUITA, KALIC, LUÍS CAPUCHO, EDVALDO SANTANA e a compositores expoentes de sua geração, como FERNANDA TAKAI, ZECA BALEIRO, VANDER LEE e CHICO CÉSAR. Destaque para suas releituras de clássicos, como “Não Creio Em Mais Nada” (Totó) e “A Volta Do Boêmio” (Adelino Moreira), em arranjos inspiradíssimos, respectivamente de SASHA AMBACK e CELSO PENNINI. 

Anterior ao período pandêmico, a artista vinha se apresentando com o show “A Outra Beleza”, ao lado dos músicos ROGÉRIO DELAYON e EGLER BRUNO, celebrando a poesia e a atitude marcantes nas obras de nomes como: WALTER FRANCO, ITAMAR ASSUNÇÃO, ALICE RUIZ, PAULO LEMINSKI, BELCHIOR, RAUL SEIXAS, ZÉ RODRIX e as somando a belas canções de artistas da cena independente contemporânea, como SÉRGIO MOREIRA e ROSA BARROSO.

ROGÉRIO DELAYON

Rogério Delayon, nascido em Ipatinga – MG, é multi-instrumentista, arranjador, produtor musical e engenheiro de som. Com atuação marcante em inúmeros trabalhos de intérpretes e compositores em Minas e também no país, vem se consolidando cada vez mais como um dos principais instrumentistas e produtores musicais da cena brasileira.

Guitarrista de formação, mas dominando vários instrumentos, Delayon já colaborou em shows e projetos de Zizi Possi, Zeca Baleiro, Fábio Júnior, Flávio Venturini, Vanessa da Mata , Vander Lee, Beto Guedes, Sá, Rodrix & Guarabira, Sandy & Júnior, Armandinho, Verônica Sabino, Ceumar, Rita Benneditto, Zélia Duncan, Leila Pinheiro, Victor & Leo, Paul Gilbert (Mr. BIG), Eric Martin (Mr. BIG), Ângela Roro, Mônica Salmaso, Steve Vai, entre outros.

É dele a produção musical do aclamado álbum infantil “Zureta - Volume II”, de Zeca Baleiro, de quem também produziu as faixas “Zás”, do álbum “O Disco do Ano” e “Balada do Oitavo Andar” para o álbum “Era Domingo“, do artista. Em Minas, Delayon assina a produção musical em diversos álbuns de artista locais, como “Canções de Bolso”, de Sérgio Pererê, “O Campo Das Vertentes”, DVD da cantora Titane, ”Aranã”, álbum de Emíllio Víctor e “O Que Será Que Está Na Moda” e “Minha Festa”, álbuns da cantora Selmma Carvalho. Entre outros trabalhos, dedica-se no momento à produção de álbum tributo ao poeta piauiense Torquato Neto (1944-1972), que está sendo gravado pela cantora Patrícia Ahmaral. Dentre suas participações em festivais internacionais, destacam-se, entre outros, grandes festivais na Europa com o cantor Zeca Baleiro (Portugal, Alemanha, Bélgica), e o Brazilian Day (Espanha) com Victor & Leo. Como guitarrista, a turnê do cantor da Banda Mr. BIG (Eric Martin), no Brasil (Belo Horizonte, Rio De Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Paraguai). Atualmente, permanece trabalhando como músico freelancer acompanhando Flávio Venturini e Zeca Baleiro e atua como engenheiro de som e produtor musical.

SÉRGIO MOREIRA E PATRÍCIA AHMARAL CANTAM SÉRGIO SAMPAIO

25 de maio, quinta-feira, às 20h30

Casa Outono

Rua Outono, 571 – Carmo – BH – MG

Ingressos: R$50,00 (cinquenta reais) pelo Sympla:

 Informações adicionais: 31 999060624

Nenhum comentário: