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22 de fev. de 2024

Carlos Herculano Lopes é eleito para a Academia Mineira de Letras











Foto: DSETTE/divulgação AML 


A Academia Mineira de Letras acaba de eleger o novo integrante da instituição, Carlos Herculano Lopes – jornalista, romancista, cronista e contista mineiro, de Coluna (MG), no Vale do Rio Doce, que ocupará a cadeira de nº 37 da AML. 

Segundo a comissão de apuração - formada pelos acadêmicos Jacyntho Lins Brandão e J. D. Vital, e a gestora da Academia Inês Rabelo, - o escritor disputou com outros sete candidatos, e foi eleito pela maioria com 27 votos, 2 brancos, em um total de 35 votantes. 

A cadeira de nº 37 foi  fundada por Olympio Rodrigues de Araújo e tem como patrono Manoel Basílio Furtado. Já foi ocupada por Affonso Aníbal de Mattos, Edgard de Vasconcellos Barros e, mais recentemente, por quase 20 anos, pelo poeta e contista mineiro Olavo Celso Romano, falecido em novembro do ano passado.


15 de fev. de 2024

Conceição Evaristo é eleita imortal da AML

 

Foto: Leo Martins 

A Academia Mineira de LETRAS - AML acaba de eleger a ensaísta e ficcionista Conceição Evaristo, para a cadeira número 40.

Aplaudimos essa justa representatividade: Conceição Evaristo é uma expoente da literatura contemporânea. Romancista, poeta e contista, homenageada como Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti 2019 e vencedora do Prêmio Jabuti 2015. É mestra em Literatura Brasileira e doutora em Literatura Comparada.

Segundo a comissão de apuração, formada pelos acadêmicos Antonieta Cunha, J. D. Vital, Luis Giffoni, a escritora foi eleita com 30 votos, entre 34 votantes.

Conceição ocupará a cadeira de nº 40, que foi pertencente à professora doutora, ensaísta, romancista, poeta e crítica literária Maria José de Queiroz, falecida em novembro do ano passado.

18 de jul. de 2014

DALÍ: AQUI EM BH

 Obras de Salvador Dalí inspiradas na"Divina Comédia" estão em exposição em Belo Horizonte a partir de 18 de julho 
As 100 gravuras que retratam a obra prima de Dante Alighieri podem ser vistas até 17 agosto, com entrada gratuita, na Academia Mineira de Letras

Belo Horizonte recebe a partir de 18 de julho a exposição "Dalí - A Divina Comédia". Em cartaz na Academia Mineira de Letras até 17 de agosto, a mostra conta com 100 ilustrações do mestre do surrealismo, Salvador Dalí, para uma das principais obras da literatura universal, "A Divina Comédia", de Dante Alighieri
Salvador Dalí (1904-1989) criou uma centena de aquarelas - uma para cada um dos poemas épicos que compõem a obra - entre 1950 e 1960 por encomenda do governo italiano, no âmbito das comemorações dos 700 anos do nascimento de Dante(1265-1321). As gravuras percorrem a viagem imaginária do poeta, desde os círculos infernais, acompanhado por Virgílio, até ao centro da terra, onde encontra Lúcifer. Depois regressando à superfície terrestre, sobe a montanha do purgatório para, guiado pela sua amada Beatriz, ser admitido no paraíso.


(fotos: Márcia Francisco) 

A proposta visual da exposição respeitou a estrutura sequencial dos cantos do Poema Sagrado de Dante. A primeira sala é dedicada ao Inferno, com 34 imagens, um segundo espaço corresponde ao Purgatório, e o terceiro ao Paraíso, com 33 quadros cada. Proveniente de uma coleção privada da Espanha, o acervo de gravuras pretende conduzir o público a uma viagem a partir desse diálogo enriquecedor entre literatura e artes visuais.
A Divina Comédia - Dante e Dalí
Para Dante, homem-síntese da Idade Média, a finalidade da vida humana era buscar o bem e a verdade, que só em Deus se encontravam - a obra seria uma forma de despertar nos homens valores morais e a consciência da redenção.O olhar de Dalí, por sua vez,não fica limitado a uma interpretaçãoliteral da história do texto, mas explora o potencial metafórico das palavras de Dante, que é expandido para um fluxo de imaginaçãopróprio do pintor catalão, que tanto rompe padrões como combina harmoniosamente estilos que vão do classicismo greco-romano aobarroco e surrealismo, criandoseu próprio universo da Divina Comédia.
Dalí pintou as obras e trabalhou por cinco anos em um sistema para que estas pudessem ser reproduzidas mecanicamente. Para issoteve ajuda dos gravadores Raymond Jacquet e Jean Taricco, que fizeram 35 placas com 3500 blocos xilográficos para reproduzir as aquarelas peça por peça. Nos anos 60, as xilogravuras foram publicadas em forma de livro por uma editora francesa ilustrando em seis volumes as obras completas com o texto de Dante.Essa exposição é realizada com o exemplar 283 desse conjunto de ilustrações.
"Dalí - A Divina Comédia", que estreou em julho de 2012no Rio de Janeiro - passando posteriormente por Curitiba, Recife, São Paulo e Salvador -, é uma rara oportunidade de ver o trabalho do artista espanhol, que também retratou outras obras da literatura de autores como André Breton e Miguel de Cervantes ("Dom Quixote"). Se aprofundar mais na poética de Dante, cuja "Divina Comédia" também já foi retratada por mestres como Botticelli, Doré, Bouguereau e Barceló, ajuda a entender a força e a permanência de imagens poéticas presentes no imaginário popular e que tiveram origem na obra do italiano.
A exposição conta com patrocínio da White Martins e apoio da Academia Mineira de Letras.
Dalí - A Divina Comédia
Quando: 18 de julho a 17 de agosto, visitação de quarta a domingo, de 9hàs 19h
Onde: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia,1466 – Centro)
Quanto: entrada gratuita
Classificação: livre
Informações adicionais: (31) 3222-5764

NOTA ARCO-IRIS GERAIS:
"Aberta na noite de ontem, a exposição "Dali - A Divina Comédia", em cartaz na Academia Mineira de Letras, é imperdível. Obras que, certamente, nós, o público geral, não teria acesso. A forma própria como ele recria aspectos da "Divina Comédia" dantesca, mostra um artista único, muito além da proposta de um simples ilustrador. Um mestre. Assim são os mestres. Olhando a sequência, mergulhada no universo do artista, quase aludi a uma autobiografia. Será? Seja como for, é de emocionar. E, o Olavo Romano brilhando na gestão da AML. A galeria concebida por Gustavo Penna, há anos, finalmente inaugurada. Com louvor. Nós (e a Cultura mineira) agradecemos." (Márcia Francisco, jornalista e escritora - editora Arco-Iris Gerais)

6 de dez. de 2013

VÍSCERAS DA MEMÓRIA

O escritor memorialista Pedro Nava é tema do minicurso de Antônio Sérgio Bueno, com participação especial de Matheus Nava, na Academia Mineira de Letras

Professor Antônio Sérgio Bueno realiza curso na AML

A convite do presidente da Academia Mineira de Letras, Olavo Romano, o professor Antônio Sérgio Bueno realiza, no dia 12 de dezembro, quinta-feira, às 19h, no Auditório Vivaldi Moreira (Rua da Bahia, 1466 – Centro - BH), o minicurso "Vísceras da Memória", uma leitura da obra do escritor Pedro Nava.
O evento contará com a presença e participação especial em breve exposição do sobrinho-neto do memorialista, Matheus Nava – arquiteto e artista plástico, guardador oficial do memorial Pedro Nava.

O minicurso “Vísceras da Memória” traduz uma visão sintética da grande obra memorialística de Pedro Nava, através de um eixo teórico que privilegia a visualidade: ESPAÇO - CORPO – FIGURAÇÂO:
 O ESPAÇO contempla os lugares nos quais o memorialista viveu: Juiz de Fora, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O CORPO é o objeto  privilegiado da observação do excelente reumatologista que foi Pedro Nava. E a FIGURAÇÃO volta-se para a linguagem plástica do autor, que foi também pintor de ótimo nível Os trechos da obra de Nava a serem comentados  foram criteriosamente escolhidos nos 6 volumes publicados em vida do autor,   sem esquecer das páginas de CERA DAS ALMAS, interrompidas pela morte   de Pedro Nava.

Antônio Sérgio Bueno é professor de Literatura brasileira da UFMG por 30 anos, mestre em Literatura Brasileira pela UFMG; Doutor em Literatura Comparada pela UFMG; autor de centenas de artigos e ensaios publicados em jornais e  revistas e autor de 3 livros publicados pela Editora da UFMG: Modernismo em Belo Horizonte, Affonso Ávila e Vísceras da Memória.

As inscrições devem ser na AML, através do telefone (31) 3222-5764. Investimento: R$50,00 (cinquenta reais).

7 de nov. de 2013

ROUANET em BH, no dia 13 de novembro


O autor na Academia”, projeto realizado pela Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 – Centro, com o apoio da FIAT, receberá no dia 13 de novembro, quarta-feira, às 19h, o  diplomata, filósofo, tradutor e ensaísta Sérgio Paulo Rouanet, da Academia Brasileira de Letras, que falará sobre "As correspondências de Machado de Assis" -  tema do projeto editorial a que se dedica atualmente.

AS CORRESPONDÊNCIAS:
Desde 1929 vêm sendo publicadas cartas  de Machado de Assis. Foram iniciativas importantes, mas que tiveram seus inconvenientes. Assim, o epistolário  da Jackson, publicado em 1937,  tem a desvantagem de ser uma simples seleção, reduzindo drasticamente o número de cartas e correspondentes. A editora Aguilar optou por publicar somente a correspondência ativa. Várias cartas com correspondentes isolados foram publicadas em revistas e jornais, desaparecendo com isso a visão de conjunto do fluxo epistolar. De algumas cartas,  transcritas em biografias, como a de Luís Viana Filho e a de R. Magalhães Jr.,  foram selecionadas apenas exemplares  e trechos considerados relevantes pelo autor. Por tudo isso, a  Academia Brasileira de Letras decidiu publicar a correspondência completa do grande escritor, segundo uma ordem cronológica que abarcasse tanto a correspondência ativa quanto a passiva, e tanto a já publicada  quanto a ainda inédita. Já foram lançados  quatro tomos, abrangendo o período 1860-1904. O quinto e último,  de 1905 a 1908, será lançado proximamente.

No evento do dia 13 de novembro, Sérgio Paulo Rouanet vai descrever as várias etapas desse trabalho, realizado essencialmente, pelas pesquisadoras Irene Moutinho e Silvia Eleuterio. Ele se desdobrou em três atividades principais: a coleta dos documentos, com base essencialmente no rico acervo da ABL,  sua transcrição e anotação.  Durante esse percurso, apareceram várias cartas inéditas, e foram corrigidos erros de transcrição  em muitas das epístolas já publicadas. 

No dia do evento, 100 (cem) exemplares do livro "Riso e Melancolia”, de Sérgio Paulo Rouanet - Ed. Cia das Letras, estarão à venda pelo preço simbólico de R$5,00 (cinco reais), cada.  Um exemplar será sorteado entre os presentes. Universitários recebem certificado de participação com discriminação de carga horária.  O escritor estará disponível para autógrafos.
O autor na Academia” tem entrada franca e visa aproximar o público leitor da realidade dos autores, por meio da  da Academia Mineira de Letras,  que abre suas portas para compartilhar cultura e arte.  Informações adicionais: 3222 5764.
SÉRGIO PAULO ROUANET

Nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1934. Formou-se em direito pela PUC do Rio. Fez cursos de pós-graduação em economia (George Washington University) ciência política (Georgetown University) e filosofia (New School for Social Research). Doutorou-se em ciência política pela USP. Diplomata de carreira, formado pelo Instituto Rio Branco. Entre outros postos, foi  Cônsul-Geral em Zurique e em Berlim,  e Embaixador em Copenhague e Praga. Quando Secretário Nacional de Cultura, elaborou o projeto da  lei de incentivo à cultura que leva seu nome. Professor na Universidade de Brasília. Ministrou curso em 2004 na Universidade de Oxford. Autor de vários livros, entre os quais se destacam “Imaginário e dominação”;  “Édipo e o anjo - itinerários freudianos em Walter Benjamin”; “A razão cativa”; “Teoria crítica e psicanálise”; “As razões do Iluminismo”; “O espectador noturno”;  e “Mal-Estar na Modernidade”. Em 2003, lançou “Os dez amigos de Freud” (2 volumes);  “Interrogações”;  e “Idéias”. Em  2007, publicou “Riso e melancolia.” Atualmente está coordenando a publicação da correspondência completa, ativa e passiva, de Machado de Assis. Membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia Brasileira de Filosofia,  do Instituto Histórico e Geográfico e do Pen Clube. 

8 de out. de 2013

EVANILDO BECHARA NA AML


“O autor na Academia”, projeto realizado pela nossa Academia Mineira de Letras com o apoio da FIAT, receberá no dia 9 de outubro, quarta-feira, às 19h, o professor Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, que falará sobre o tema "A Língua Portuguesa do Brasil no atual panorama da Lusofonia internacional" - um passeio pela história da língua portuguesa, pelas suas riquezas e pelo compromisso de seus donos para garantir a ela papel decisivo no próximo sistema mundial. Evanildo Bechara é o representante da Academia Brasileira de Letras para a adoção do novo Acordo Ortográfico.
“O autor na Academia” tem entrada franca e visa aproximar o público leitor da realidade dos autores, através da Academia Mineira de Letras que abre suas portas para compartilhar cultura e arte. Vale registrar que estudantes universitários recebem certificado de participação com inclusão de carga horária.
  
No dia do evento, 100 (cem) exemplares do livro “Gramática Escolar da Língua Portuguesa”, de Evanildo Bechara, Editora Nova Fronteira - edição 2010: ampliada e atualizada pelo novo acordo ortográfico -   estarão à venda pelo preço simbólico de R$5,00 (cinco reais), cada.  Um exemplar será sorteado entre os presentes. O escritor estará disponível para autógrafos.   

30 de set. de 2013

HOMENAGEM A SOARES DA CUNHA


Acontecerá no dia 1º de outubro, terça-feira, às 19h, a sessão solene especial da Academia Mineira de Letras – AML, em homenagem à memória do poeta Soares da Cunha. Com entrada franca, a celebração acontecerá no Auditório Vivaldi Moreira, da Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 – Lourdes -  BH – MG).  Esta é uma  tradição da Academia Brasileira de Letras, que o atual presidente da AML, Olavo Romano está restabelecendo e Minas,  com o objetivo de homenagear os acadêmicos falecidos e estreitar os laços das familias com a entidade. Por delegação do presidente da Academia Mineira de Letras, a homenagem foi especialmente organizada pela acadêmica Carmem Schneider Guimarães, com a participação de  familiares do escritor. 

Na programação, às 19h, abertura do evento pelo Presidente da AML, Olavo Romano; leitura: “Origem das Trovas”, pela acadêmica Elizabeth Rennó; oração laudatória ao poeta Soares da Cunha, pela acadêmica Carmen Schneider Guimarães; leitura: "Prefácio do saudoso acadêmico José Bento Teixeira de Salles ao livro Sonetos (de ontem)", do homenageado, em leitura de Aloísio Garcia; atos de saudade da família: apresentação de vídeos e fotos, com homenagem da filha Christiana Lobo em background do vídeo -  música composta para o pai. Execução de música por Beto Assumpção,  para o  soneto  Metempsicose,  de Soares da Cunha. Texto musicado por Jorge Novaes

Tela de Bax, que registra o rosto de Soares da Cunha, amigo pessoal do artista, ficará exposta no Auditório, durante a solenidade.

PAI
letra e música: Christiana Lobo

Pai
Trova a dor
Trova a saudade
Em toda vida
Pesa a suavidade
Pai
Com tanta força
Trova alegria
Em boca  roxa
De vinho, a euforia
Pai
Trova em som
Soneto em cada canto
Suas palavras
Tem tanto encanto
Pai
Trova o amor
Trova a justeza
Seja em qualquer andar
Olhar nosso à tua beleza


OSWALDO SOARES DA CUNHA
Oswaldo Soares da Cunha nasceu em Baguary, município de Figueira do Rio Doce, hoje Governador Valadares (Minas Gerais), em 25 de fevereiro de 1921. Filho de Octávio Soares Ferreira e Guiomar Soares da Cunha foi o primogênito de uma família de dez filhos.  Em 1934 veio para a capital estudar em regime interno no “Ginásio Arnaldo”, onde, logo ao chegar destacou-se como primeiro aluno do Colégio, conseguindo assim uma bolsa integral para o ano seguinte. Bacharel em Direito pela UFMG (1947), exerceu advocacia apenas por um ano em Governador Valadares.   Entretanto, tangido pelo calor da terra natal retornou a  Belo Horizonte.  Durante o governo do Presidente Juscelino Kubitschek foi oficial de gabinete do então Ministro da Educação Dr.Clóvis Salgado no Rio de Janeiro. Desta forma acompanhou a construção e a inauguração da nova capital Brasília. Posteriormente retornou a  Belo Horizonte tendo sido nomeado Inspetor de Ensino.  Teve a chance de ser grande amigo de personagens ilustres do cenário político  e literário Belorizontino. Dentre os amigos mais chegados citam-se José Ramos Filho, José Aparecido de Oliveira, Edison Moreira, Theódulo Pereira, Moacyr Andrade, Celso Brant, Prof. Mario Mendes Campos, Nilo Aparecida Pinto, Petrônio Bax. Tornou-se amigo de Tancredo Neves através de seu cunhado Oswaldo Guimarães Tolentino, colega de turma da faculdade e também grande amigo. Tomou gosto pelas trovas, num primeiro contato com esta forma literária a partir da leitura de “Meu coração em cantigas”, livro recém lançado na época pelo poeta capixaba Nilo Aparecida Pinto, de quem veio a ser grande amigo. Mais conhecido como cultor exímio da arte das trovas, foi também autor de poemas e sonetos, alguns dos quais figuram em antologias de poetas brasileiros. Como pensador e, tendo como vocação a habilidade para sintetizar idéias, publicou também livros de máximas.  Publicou seu primeiro livro de trovas aos dezoito anos: “Maria”.  Profundamente sensível, surpreendendo muitas vezes pelo temperamento irreverente, ingressou na Academia Mineira de Letras em 1975, pelas mãos do acadêmico Moacyr Andrade e com o apoio do amigo, poeta e já acadêmico também Edison Moreira, ocupando a cadeira numero dois.  Casado com Ivelyse Carmelita Sigismondi Lobo, desde 1950. Ivelyse, tornando-se artista plástica ilustrou alguns de seus livros. Teve cinco filhos: Bruno, Lenora, Rosana, Armando e Cristiana. Teve doze netos e sua décima segunda neta nasceu dois dias após sua passagem. Em 2009 é homenageado e recebe a Medalha Santos Dumont. Em 2011 recebe a Medalha da Inconfidência nas comemorações de 21 de abril em Ouro Preto. Falece a 30 de junho de 2013 em Belo Horizonte aos 92 anos.
Publicações:
1939 (?) - “Maria” – Trovas    
1941 -  “Sangue da Alvorada” - Poemas
1943 – “Estrela Cadente” - Poemas
1945 – “Rosa dos Ventos” - Poemas
1950 – “Quadras”
1952 – “Sonetos e Poemas”
1955 -  “Canção dos condenados da mina” - Poemas
1957 – “A Lua no Poço” - Trovas
1961 – “Mínimas”
1969 - “Pastor de Nuvens” – Trovas             
1972 -  “Torre Sonora” - Trovas
1984 – “Mínimas” - Pensamentos
1993 -  “Livro das Trovas” - Coletânea
2003 - “Trovas  de  Sêneca”     
2003 - “Mínimas”
2009 – “Sonetos (de ontem)”

"Para Soares da Cunha, o maior dos trovadores brasileiros, inteligencia arguta, sensibilidade aprimorada e esmerada cultura, autor das "Minimas" em cujos conceitos identifiquei traços da filosofia pessimista e corrosiva de grande Chamfort, com a estima e a admiração de Tancredo Neves
(dedicatória de um presente de tancredo neves para soares da cunha, posteriormente impressa, por soares da cunha, na contracapa de seu livro mínimas)


20 de set. de 2013

UMA HOMENAGEM A BAX





















a Academia Mineira de Letras – AML, através de sua Universidade Livre, realiza sessão especial em homenagem ao mestre reconhecido como um dos principais nomes das artes plásticas de Minas

Será no dia 26 de setembro, quinta-feira, às 17h, a sessão solene especial da Universidade Livre da Academia Mineira de Letras – AML, em homenagem a Bax, grande mestre das artes plásticas de Minas Gerais. Com entrada franca, a celebração acontecerá no Auditório Vivaldi Moreira, da Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 – Lourdes -  BH – MG).  

Na programação, às 17h, abertura do evento pelo Presidente da AML, Olavo Romano, que passará a condução dos trabalhos à Acadêmica Elizabeth Rennó; seguida de palestra do Prof. Roque Camêllo; às 17h30, declamação de poemas de Bax pela Academia Infanto Juvenil de Letras de Mariana/MG, um Departamento da Casa de Cultura - Academia Marianense de Letras; às 17h50, exibição de um documentário sobre Bax, em vídeo dirigido pela Prof. Jornalista Diulara Ribeiro e produzido pelas alunas do Curso de Comunicação Social - Jornalismo / UNI-BH, Merania Oliveira e Isabella Almeida  e exibição do DVD “No jardim de Bax”, dirigido por Ana Pimentel Romano.
  
Tela de Bax, que registra São Francisco de Assis, terá lugar à entrada do Auditório, durante a solenidade. A escolha da filha, Simone Bax, diz respeito à data de nascimento do Santo: 26 de setembro, mesmo dia da homenagem. Como bem diria Bax, “nada acontece por acaso, tudo tem uma razão especial.

BAX
Artista Plástico nascido em Carmópolis de Minas/MG, em 1927. Entre 1946 e 1951 estudou desenho e pintura com Guignard e em 1949 foi eleito Presidente do Diretório Acadêmico da Escola Guignard em Belo Horizonte/MG. Obteve o  prêmio em escultura e o . em pintura no X Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte realizado em 1955. Membro fundador da Academia de Letras de Divinópolis/MG, é autor de 5 livros: Espelho de Alexandra, Som de um Caramujo, Espelho das Águas, Barco-Sonho do Pintor e Das Águas ao Espírito . Está presente no Dicionário das Artes Plásticas no Brasil, 1969, de Roberto Pontual, na Enciclopédia Delta Larrouse, 1972, da Editora Delta, no Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos do MEC, 1973, Ministério da Educação e Cultura, no Suplemento Literário do "Minas Gerais", Edição Especial de 1987, da Imprensa Oficial de MG, em Artes Plásticas Brasil, 1989, de Júlio Louzada, no Dicionário de Pintores Brasileiros, 1997, de Walmir Ayala, no CD-Rom com base de dados referencial do Suplemento Literário do "Minas Gerais", da UFMG/Faculdade de Letras, 2000, e no Blog de Ana Pimentel Romano, poesiadcadadia/"No Jardim de Bax", extraído do vídeo produzido em 2006 (realização da Prefeitura de BH/MG, Fundação Municipal de Cultura e Secretaria Municipal de Educação) e postado virtualmente em julho de 2013.  Bax faleceu em novembro de 2009, aos 82 anos de idade.

A UNIVERSIDADE LIVRE DA ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS

A Universidade Livre da Academia Mineira de Letras foi idealizada pelo Presidente Perpétuo Vivaldi Moreira, que ministrou a sua primeira aula no dia 4 de março de 1993, no salão da sede antiga. É constituída de série de palestras, consideradas aulas, abrangendo diversas áreas do conhecimento: Literatura, Ciência, Economia. Escritores e poetas, diplomatas, cientistas ali proferiram palestras. Números musicais apresentam-se ocasionalmente. Vivaldi tinha grande apreço por este projeto e procurava palestrantes para ministrarem suas aulas. Quando isso não ocorria, ele mesmo proferia a palestra ou organizava mesas-redondas ou leituras de trechos de autores famosos, com a participação de alguns presentes. A Universidade Livre funciona, ininterruptamente, desde sua criação, obedecendo seu cronograma: de março a junho e de agosto a novembro. A partir de 2011, passaram as sessões a serem realizadas quinzenalmente  e não semanalmente, como a princípio. No final do ano letivo são conferidos diplomas de presença a seus ouvintes dentro de uma porcentagem de frequência.  Foram seus coordenadores ou reitores: o Presidente Vivaldi Moreira, os Acadêmicos Dario Faria Tavares, Márcio Garcia Vilela, José Crux Vieira, José Afrânio Moreira Duarte e, atualmente, desde 2000, Elizabeth Rennó.


ACADEMIA INFANTOJUVENIL DE LETRAS

Idealizada pela professora Hebe Rôla, a Academia Infantojuvenil de Letras foi fundada em 14 de agosto de 2004 como um departamento da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras. Seu público alvo é formado por crianças, adolescentes e jovens de 9 a 21 anos.  Desde o início, tem o apoio e incentivo do presidente da Academia Marianense prof. Roque Camêllo.  Semanalmente, esses jovens se encontram com membros da Academia para estudoe análise de obras, leitura, produção de textos e iniciação ao teatro. Participam de lançamentos de livros e de posses de Acadêmicos como do escritor Fernando Morais, dos jornalistas J D Vital, Ângelo Oswaldo Araújo, Gustavo Nolasco, dos escritores Luiz Tyller, Maria Beatriz de Araujo, Maria Cândida Trindade Seabra, Regina Almeida, José Anchieta da Silva,  dos poetas Anício Chaves,  Geraldo Reis, Gabriel Bicalho, S. Ferreira e outros.  A Academia Infantojuvenil mantém parceria com diversas instituições. Com a Secretaria de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), desenvolve o Projeto Contadores de Causos e Histórias, atividades que acontecem sempre na sede da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras. Com as Escolas Municipais, Estaduais e Particulares objetiva motivar seus  alunos a participarem das atividades literárias. Com o Museu Casa Alphonsus de Guimarães realiza o projeto “Cantando Alphonsus”, um sarau lítero-musical  em homenagem ao poeta simbolista que é patrono da Academia Mineira de Letras e da  cinquentenária Academia Marianense,  fundada em 1962,  pelo poeta Alphonsus Filho, pelos professores Pedro Aleixo e Wilson Chaves, pelos historiadores Waldemar Santos e Salomão de Vasconcelos e Dom Oscar de Oliveira.  Segundo Roque Camêllo, “Mariana sempre teve grande importância na História, na Literatura, nas Artes e na Economia para o Brasil. São numerosos seus filhos intelectuais do passado e do presente. Seguindo esta vocação, a Academia Infantojuvenil de Letras, nascida da inspiração da professora Hebe Rôla é um forte instrumento para preparar nossos jovens na busca de um futuro promissor”.


4 de set. de 2013

UM OUTRO ALPHONSUS:


O projeto “O autor na Academia” recebe o
escritor e membro da Academia Brasileira de Letras,
Antonio Carlos Secchin,  
na AML, para um encontro com o universo de
Alphonsus de Guimaraens

“O autor na Academia”, projeto realizado pela Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 – Centro - BH - MG), com o apoio da FIAT, receberá no dia 11 de setembro, quarta-feira, às 19h, o escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Carlos Secchin.

Na palestra “Um outro Alphonsus”, Secchin apresentará perspectivas pouco exploradas na obra de Alphonsus de Guimaraens, a partir  da leitura do poema  “A cabeça de corvo” In: GUIMARAENS, Alphonsus de. Kiriale. Porto: Typographia Universal, 1902. p.11-2.

Vale destacar que Alphonsus de Guimaraens foi um dos fundadores da Academia Mineira de Letras. O Palacete Borges da Costa, atual sede da Academia é cognominado Casa de Alphonsus de Guimaraens.

No dia do evento, 100 (cem) exemplares do livro o livro “Memórias de um leitor de poesia (2010), Editora TopBooks,  de Antônio Carlos Secchin estarão à venda pelo preço simbólico de R$5,00 (cinco reais) e o escritor estará disponível para autógrafos.
“O autor na Academia” tem entrada franca e visa aproximar o público leitor da realidade dos autores, através da Academia Mineira de Letras que abre suas portas para compartilhar cultura e arte.  O projeto concede certificado de participação para alunos universitários. Informações adicionais: 3222 5764.
ANTONIO CARLOS SECCHIN
Antonio Carlos Secchin nasceu no Rio de Janeiro.   É professor emérito da UFRJ e Doutor em Letras pela mesma Universidade. Poeta com seis livros publicados, destacando-se Todos os ventos (poesia reunida, 2002), que obteve os prêmios  da Fundação Biblioteca Nacional,  da Academia Brasileira de Letras  e do PEN Clube para melhor livro do gênero  publicado no país em 2002.  Ensaísta, autor de João Cabral; a poesia do menos, ganhador de três  prêmios nacionais, dentre eles o Sílvio Romero, atribuído pela ABL em 1987. Em 2010, publicou Memórias de um leitor de poesia. Atualmente é um dos curadores da reedição da poesia de Carlos Drummond de Andrade, publicada pela Cia.das Letras. Proferiu mais de quatrocentas palestras em vários estados do país  e no exterior. Foi Professor convidado das Universidades de Barcelona, Bordeaux, Califórnia, Lisboa, Mérida, México, Los Angeles, Nápoles, Paris (Sorbonne), Rennes e Roma. Autor de centenas de textos (poemas, contos, ensaios) publicados nos principais periódicos literários brasileiros e internacionais. Eleito em junho de 2004, tornou-se  à época   o mais  jovem membro da Academia Brasileira de Letras.

ALPHONSUS DE GUIMARAENS
Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo do escritor brasileiro Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de julho de 1870  Mariana, 15 de julho de 1921) era filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, sobrinho do poeta Bernardo de Guimarães. Matriculou-se em 1887 no curso de Engenharia. Perdeu prematuramente a prima e noiva Constança, o que o abalou moral e fisicamente. Foi, em 1894, para São Paulo, onde matriculou-se no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, voltou a Minas Gerais e formou-se em direito em 1894, na recém inaugurada Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, que na época funcionava em Ouro Preto. Em São Paulo, colaborou na imprensa e freqüentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta do qual já admirava e tornou-se amigo pessoal. Também foi juiz substituto e promotor em Conceição do Serro (MG). No ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística; ambos de nítida inspiração simbolista. Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; esta obra o projetou no universo literário, obtendo assim um reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado; consequentemente Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras.Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaboraria seu irmão o poeta Archangelus de Guimaraens, Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana, MG, para onde se transferiu com sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus (1901-44) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008).Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus 15 filhos. O apelido foi dado a ele devido ao estado de isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.
Alphonsus de Guimaraens figura, com destaque, entre os nomes dos fundadores da Academia Mineira de Letras – AML
Principais Obras de Alphonsus de Guimaraens: Setenário das Dores de Nossa Senhora, Câmara Ardente, Dona Mística, Kyriale, Mendigos, Ismália". Póstumas Pastoral aos crentes Escada de Jacó Pulvis Salmos Poesias Jesus Alponsos

A CABEÇA DE CORVO   

Alphonsus de Guimaraens
Na mesa, quando em meio à noite lenta
Escrevo antes que o sono me adormeça,
Tenho o negro tinteiro que a cabeça
De um corvo representa.

A contemplá-lo mudamente fico
E numa dor atroz mais me concentro:
E entreabrindo-lhe o grande e fino bico,
Meto-lhe a pena pela goela adentro.

E solitariamente, pouco a pouco,
De bojo tiro a pena, rasa em tinta...
E a minha mão, que treme toda, pinta
Versos próprios de um louco.
E o aberto olhar vidrado da funesta
Ave que representa o meu tinteiro
Vai-me seguindo a mão, que corre lesta,
Toda a tremer pelo papel inteiro.

Dizem-me todos que atirar eu devo
Trevas em fora este agoirento corvo,
Pois dele sangra o desespero torvo
Destes versos que escrevo.

A cabeça de corvo. In: GUIMARAENS, Alphonsus de. Kiriale. Porto: Typographia Universal, 1902. p.11-2.

Conheça e acompanhe:

16 de ago. de 2013

MORRE JOSÉ BENTO TEIXEIRA DE SALLES




José Bento, por ocasião do evento "O Autor na Academia,
 em 07 de agosto de 2013 - FOTO: Márcia Francisco



A ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS COMUNICA O FALECIMENTO do jornalista e escritor JOSE BENTO TEIXEIRA DE SALLES, nosso acadêmico, ocupante da cadeira 28. 


José Bento, 91 anos, faleceu nesta quinta-feira, 15 de agosto de 2013, em decorrência de um infarto. De acordo com a família, ele passou mal à tarde, repentinamente.

O velório aconteceu, durante o dia, na Academia Mineira de Letras. O enterro, no Cemitério do Bonfim, reuniu amigos e familiares para o último adeus.

"“A morte do acadêmico José Bento Teixeira de Salles representa uma grande perda para a cultura de Minas e do Brasil. Jornalista por muitos anos nos Diários Associados, foi ainda cronista, contista, crítico literário, biógrafo e, sobretudo, grande memorialista, na melhor tradição do nosso estado. Entre suas muitas obras devem ser lembradas a biografia do Governador Milton Campos, a quem serviu com grande dedicação e lealdade, e seus livros de memória No avarandado da memória e Passageiro do tempo. Mais do que tudo, José Bento foi um ser humano e um cidadão muito especial, marido e pai amoroso e dedicado à sua família, defensor intransigente da liberdade e da democracia, amigo leal, fraterno e sincero, de quem vamos sentir a falta irreparável.” (Amilcar Martins Vianna - presidente da AML, em exercício - (palavras de Amilcar Martins Vianna, presidente da AML, em exercício. * O presidente, Olavo Romano, encontra-se em viagem ao exterior)

Fillho de Manoel Teixeira de Salles e Marietta Moreira Teixeira de Salles, Nasceu em Santa Luzia (MG) em 30 de julho de 1922. Casado com Maria Amélia do Amaral Teixeira de Salles, deixa três filhas, oito netos e um bisneto.

Cursos
Fez o curso primário no Grupo Escolar Afonso Pena (BH) e o secundário no Colégio Santo Agostinho, onde lecionou de 1940 a 1947. Foi presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da UFMG (1944), da UEE (União Estadual de Estudantes) (1945) e Vice-Presidente da UNE (União Nacional de Estudantes) 1946, diplomando-se pela Faculdade de Direito da UFMG em 1946.

Cargos ocupados

Oficial de Gabinete do Governador Milton Campos, de 1947 a 1951. Funcionário da Imprensa Oficial de MG (1951 1977, onde foi redator e chefiou o Departamento do Minas Gerais, tendo também respondido pelo expediente da Direção da Imprensa, por duas vezes: em agosto de 1962 e de novembro de 1966 a março de 1967. Jornalista, trabalhou como redator dos jornais: Correio do Dia, Diário do Comércio, Minas Gerais, Minas em Foco e Sucursal do Globo, sendo ainda cronista do Estado de Minas. Colaborou em jornais e revistas de Minas e do Rio de Janeiro. Chefiou o Serviço de Divulgação e Imprensa da Belgo Mineira, por onde se aposentou, em 1988. Foi Conselheiro da Fundação de Arte de Ouro Preto e do Conselho Regional de Relações Públicas, integra o Conselho Estadual da Coleção Mineiriana da fundação João Pinheiro e é membro da Academia de Letras de Conselheiro Lafayette. Eleito em 5 de setembro de 1995 para a Academia Mineira de Letras, de cuja Revista foi editor geral durante seis anos.

Homenagens

Condecorado com a Insígnia da Inconfidência (1982), Medalha “Santos Dumont” (1993), Diploma do Centenário da Imprensa Oficial (1991) e Medalha de “Antônio de Castro Silva”, da Prefeitura Municipal de Santa Luzia.

Obras

Tem nove livros publicados: Milton Campos – Uma vocação liberal (três edições); Liberta que serás também: Fábulas atuais; Brumoso, o rato que virou porco: Fábulas mineiras; Tarde Manhã; de co-autoria com sua filha Maria Beatriz Teixeira de Salles, No avarandado da memória; Vigília (crônicas); Velho mundo novo (crônicas de viagem); Rua da Bahia e A Estrela Verde (crônicas)


*nota Arco-Iris Gerais: Gratidão a este mestre do jornalismo, atleticano de coração, pessoa de luz  e carisma, elegância e honestidade de ser. Uma honra conhecer. (MF)

2 de ago. de 2013

O AUTOR NA ACADEMIA


José Murilo de Carvalho é o convidado
da primeira edição do projeto da
ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS

Com o apoio da FIAT, a Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 - Centro - BH - MG), realiza o evento "O Autor na Academia". O novo presidente da entidade, Olavo Romano, convida para a primeira edição do projeto que acontecerá no dia 7 de agosto, quarta-feira, às 19h e trará o acadêmico, sociólogo e históriador mineiro José Murilo de Carvalho, ocupante da cadeira nº 5, na Academia Brasileira de Letras.
José Murilo vai abordar o tema: "A emergência do povo político no Brasil", focalizado em seu livro "Cidadania no Brasil, o longo caminho", publicado pela Editora Civilização Brasileira.
No livro, lançado em 2001, o autor relata os anos do processo de cidadania no país, focando nos direitos civis, sociais e políticos. José Murilo de Carvalho descreve o processo de independência do Brasil, assim como o significado do voto e o Movimento Sem Terra (MST).
No dia do evento, 100 (cem) exemplares livros estarão à venda pelo preço simbólico de R$5,00 (cinco reais) e o escritor estará disponível para autógrafos.
"O Autor na Academia" tem entrada franca e visa aproximar o público leitor da realidade dos autores, através da Academia Mineira de Letras que abre suas portas para compartilhar cultura  e arte.  Informações adicionais: 3222 5764.
JOSÉ MURILO DE CARVALHO
Biografia
Nascido em 1939 em Piedade do Rio Grande, Minas Gerais, é bacharel em Sociologia e Política pela Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG em 1965, mestre e Ph. D. em Ciência Política pela Universidade de Stanford, em 1969 e 1975, respectivamente. Foi professor da Universidade Federal de Minas Gerais de 1969 a 1978; do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, de 1978 a 1997; professor visitante das universidades de Stanford, Califórnia (Irvine), Notre Dame, Oxford, Londres, Leiden e da École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, além de pesquisador do Instituto de Estudos Avançados de Princeton. Atualmente, é professor titular de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia Brasileira de Ciências, do Instituto Histórico e Geográfico Bras ileiro e do Pen Clube do Brasil. Publicou 11 livros, dois dos quais traduzidos para o espanhol e um para o francês, e cerca de 100 artigos em revistas acadêmicas do Brasil e do exterior. Entre os livros, listam-se A construção da ordem e Teatro de sombras (Civilização Brasileira, 2003), Os bestializados (Cia. das Letras, 1987),  A formação das almas (Cia. das Letras, 1990),Un théâtre d´ombres: la politique impériale au Brésil (Paris: Maison des Sciences de l´Homme, 1990), La formación de las almas: el imaginario de la República en el Brasil (Quilmes: Universidad Nacional de Quilmes, 1997), Pontos e bordados: escritos de História e Política (UFMG, 1999), e A Cidadania no Brasil: o longo caminho (Civilização Brasileira, 2001); Forças Armadas e política no Bras il (Zahar, 2005), D. Pedro II (São Paulo: Cia. das Letras, 2007.  Recebeu os seguintes prêmios: em 1987, de Melhor Livro em Ciências Sociais concedido pela Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais para Os bestializados; em 1991, Jabuti da Câmara Brasileira do Livro e Banorte de Cultura Brasileira para  A Formação das almas; em 2004, prêmio Casa de las Américas para A cidadania no Brasil: o longo caminho. Possui as medalhas de Santos Dumont, da Inconfidência, de Comendador da Ordem de Rio Branco,  da Ordem Nacional do Mérito Científico, de Honra da Universidade Federal de Minas Gerais, de Rui Barbosa e de Grande Oficial do Mérito Aeronáutico.